Além da Tela: O violino do meu pai

Özlem (Gülizar Nisa Uray) é uma criança carismática e entusiasmada com a vida. Aos oito anos de idade, trabalha com o pai nas ruas da Turquia, recolhendo dinheiro das colaborações realizadas pelos passantes, enquanto ele toca violino. Inesperadamente, se vê órfã e, com isso, é conduzida a morar com tio Mehmet (Engin Altan Düzyatan), irmão de seu pai com quem não tinha convívio. Em meio ao drama da separação e conflitos familiares, marcados pelo orgulho dos irmãos violonistas, o filme O violino do meu pai nos traz o valor da retidão e do perdão.

O desenvolvimento da história toca no tema da humildade e sua importância nas relações mais íntimas, como a família. Lembrando as palavras de Kardec: “Para o orgulhoso é um suplício ver colocados acima dele, cheios de glória e cercados de todas as atenções, o que na Terra havia desprezado, enquanto ele é relegado aos últimos lugares”. O filme representa, nesta nova dinâmica de relação entre tio e sobrinha, as marcas do orgulho e egoísmo do passado aos poucos se tornando barreiras, transponíveis somente por meio do perdão, primeiro de si, depois para com o outro.

Na obra O céu e o inferno – Primeira parte, Capítulo 7, Código penal da vida futura [1] –, Kardec aprofunda sobre estes aspectos: “O único meio de evitar ou atenuar as consequências futuras de uma falta é desfazer-se o mais possível dos seus defeitos na vida presente, reparando aqui mesmo o mal praticado para não ter de repará-lo mais tarde e de maneira mais terrível. Quanto mais demorarmos em combater os nossos defeitos, tanto mais rigorosas e penosas serão as consequências e a reparação que tivermos de fazer”. Que esta história possa ultrapassar a barreira da tela e seja bem recebida, proporcionando reflexão no convívio do lar. Um bom filme a todos.

Serviço
O violino do meu pai (2022)
Elenco: Engin Altan Düzyatan, Belçim Bilgin, Gülizar Nisa Uray.
12 | Drama | 1h52min
Disponível na Netflix


NB [1]: KARDEC, Allan. O céu e o inferno. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. Brasília: FEB, 2013. Primeira parte, Capítulo 7, Código penal da vida futura, p. 94.


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13/6/2022

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Dia 01 de 1972
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Dia 01 de 1994
Aberto o 3º Encontro Confraternativo de Juventudes Espíritas do Paraná, em Campo Largo, com Raul Teixeira. Tema: A busca da identidade. Evento encerrado em 3 de abril de 1994.
Dia 01 de 2001
Encerramento do 5º Simpósio Paranaense de Espiritismo, no Ginásio de Esportes do Círculo Militar do Paraná, em Curitiba, com o tema Espiritismo, educação para a paz, com a coordenação de Divaldo Pereira Franco e Raul Teixeira. Abertura no dia 30 de março de 2001.
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