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Freme, na Lampadosa, a turba em longas filas.
Estandartes... Clarins... A praça tumultua...
Tiradentes, o herói, ante os gritos da rua,
Entra guardando a cruz nas magras mãos tranqüilas.

-“ Morra a conjuração da sombra em que te asilas!”
-“ Morte ao traidor do reino!...” -- É a gentalha que estua.
E ele sobe, sereno, à forca estranha e nua,
Trazendo o sol da a inflamar-lhe as pupulas.

Logo após, é o baraço, o extremo desengano...
O mártir pensa em Cristo e envia ao povo insano
Um gesto de piedade e um olhar de amor puro.

Age o carrasco, enfim... O apóstolo balança...
E Tiradentes morre, entre o sonho e a esperança,
Contemplando, elevado, o Brasil do futuro.


Por: Olavo Bilac, Caso tenha ou possua, envie-nos a referência desse texto.


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