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Muitos pais da atualidade buscam, desesperadamente, orientação para educar bem seus filhos.
Seja pela enxurrada de informações desencontradas ou pela culpa que os especialistas jogam sobre seus ombros, muitos pais estão à beira do desespero.
Sentem-se impotentes na condução desses espíritos que Deus lhes confiou, e acabam perdendo a referência do que é bom e do que é prejudicial aos seus educandos.
Há pais que fazem de tudo para agradar os filhos.
Há filhos que são verdadeiros tiranos de seus pais.
O que está acontecendo, afinal?
Importante refletir um pouco sobre esse assunto com lucidez e com disposição de buscar o acerto nessa nobre tarefa.
Há pais que têm medo dos filhos, não têm coragem de lhes perguntar aonde vão, com quem vão e a que horas voltam.
Não tocam no assunto “drogas” porque se sentem intimidados pelos olhares ameaçadores dos filhos.
Não exigem que os filhos lhes dêem satisfação de nada, não lhes mostram o caminho do respeito ao ser humano, nem lhes falam de religiosidade.
Muitos pais invertem seu papel de educadores e passam a obedecer os filhos, e esses se tornam os verdadeiros soberanos da casa.
Se o filho grita porque quer alguma coisa e ganha, estabelece-se o império da tirania. Ele percebe que consegue o que quer com gritos ou com outro tipo de violência, e passa a usar esse artifício.
E essa situação se inicia, muitas vezes, na primeira infância, quando os pais não se dão conta de que é preciso corrigir o filho desde cedo.
À medida que a criança vai crescendo, os pais vão lhe dando tudo o que ela pede e até o que ela não pede e nem precisa.
Se a criança pede cinco reais, os pais dão logo dez, porque pode faltar. E o filho se sente o único beneficiário de tudo o que os pais têm, e não se interessa em saber se eles têm, ou se estão passando necessidade para atender seus caprichos.
Quando o filho vai para universidade, os pais se esforçam para lhe dar o melhor carro. Um carro que talvez nem eles mesmos têm ou tiveram.
Alguns passam a andar a pé, de carona ou de ônibus para emprestar o carro ao filho.
E esses filhos dão cada vez menos importância aos esforços dos seus servidores fiéis e passivos.
É evidente que os pais não fazem isso porque não gostam dos filhos ou porque querem criar tiranos domésticos, não.
Os pais geralmente amam seus filhos, mas estão desorientados, equivocados, inseguros.
Têm receio de prejudicar o filho, de fazê-lo se sentir diferente dos outros jovens, que fazem o que bem entendem, a hora que desejam.
Esses pais não se dão conta de que tomar certas posturas diante dos filhos, exigir-lhes que façam o que tem que ser feito, é justamente o de que eles necessitam.
É preciso que os pais tenham segurança e firmeza na educação que estão passando.
É preciso ensinar responsabilidade.
Estabelecer a ponte do diálogo, mas saber ouvir com atenção o que o filho deseja. Incentivar o filho a falar de si mesmo, do que gosta, do que não gosta.
Passar valores sociais, valores morais, valores religiosos, sem pieguice nem afetação.
Ensinar aos filhos o respeito, a fidelidade, a honradez.
Um pai não deve temer o filho, mas amá-lo, a ponto de corrigi-lo com energia quando for necessário.
É isso que Deus faz conosco, é isso que espera que nós façamos com os espíritos que confia à nossa guarda, na condição de filhos.
Pense nisso!
A responsabilidade pela orientação dos filhos, é dos pais.
Cabe aos filhos, e não aos pais, a obediência.
A inversão desse papel é que tem trazido tantos dissabores aos lares da atualidade.
Por essa razão, é importante que os pais assumam a parte que lhes cabe, com afeto e ternura, mas com firmeza e lucidez.


Por: Momento Espírita, Texto extraido do site http://www.momento.com.br


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