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O ser humano é essência daquilo que reside em seu coração, e sendo os
olhos as janelas da alma, eles lançam o que lá existe, influenciando o meio onde vive e as pessoas de seu relacionamento.
O pensamento humano constrói e destrói, mesmo em nosso meio material.
Quando a mente lança um pensamento no ar, materializa uma onda de natureza sutilíssima, cujo comprimento e vitalidade dependem da potência mental e da constância no pensar.
Esta onda pode ser captada por uma outra estação mental, quando lhe
sintonize, mantendo-se ambas em comunhão, absorvendo e fazendo-se
absorver, em troca de idéias geradores de sombras ou luminosidade, conforme seja o teor da mensagem interligada.
O pensamento possui a propriedade de modelar formas e imagens, sendo
essas passageiras ou duradouras, a depender das energias que as alimentam.
Vibrando no amor, ilumina o perispírito dando-lhe leveza, fazendo com
que tais energias dele se volatizem, sem deixar qualquer nódoa ou
mancha prejudicial.
No sentido oposto, detendo-se no ódio, as energias hostis que alimentam
o perispírito deixam resíduos indesejáveis, fuligem cáustica no tecido
perispiriual, cuja drenagem geralmente se faz através do corpo físico,
em forma de diversas doenças.
O corpo físico, funcionando qual aspirador para os fluidos densos
acumulados no perispírito, atrai para si as mazelas resultantes do descontrole do Espírito.
Pesquisadores ingleses, com a finalidade de comprovar ou não o efeito
do"mau-olhado", fizeram a seguinte experiência: colocaram dóceis
ratinhos de cidade bem próximos de ratos selvagens, muito embora, fora do alcance físico. Os ratos selvagens, então realizaram atitudes de intimidação, enviando olhares agressivos e ameaçadores. Embora sem sofrer um simples arranhão, sem possibilidade de qualquer contato físico, os ratinhos urbanos acabaram por cair mortos. Submetidos a autópsias, os ratinhos assassinados com simples olhares mostravam glândulas supra-renais dilatadas, sinal evidente de violenta pressão nervosa emocional.
O "mau-olhado" dos ratos selvagens contra os ratos da cidade provou que
é possível a agressão através do simples olhar, quando esta canaliza o
ódio ou qualquer outro sentimento menos digno.
Grande é a responsabilidade com o nosso pensar.
Quando são selecionados e sintonizados com o bem, agem como bisturis
removendo os hematomas perispirituais, em cirurgias plásticas
modeladoras.
Jamais afastaremos os hábitos antifraternos sem a renovação dos
pensamentos.
Quando pensamos de maneira altruísta abrigando a paz, a doação, a
fraternidade, nosso ser fica impregnado de energias revigorantes,
facultando pela persistência dessas a expulsão das idéias e imagens que não sintonizam com o novo estágio de evolução. Ao mesmo tempo, fechamos a porta para idéias pessimistas, que não conseguem se sobrepor à calma e à confiançae embasadas no bom ânimo da raciocinada.
Selecionar pensamentos, policiar-se, não é tentar soterrar a todo custo
a inferioridade que habitra em nós e que aflora muitas vezes ao dia. É
entender com naturalidade e com maturidade que a possuímos e envidar
esforços para diminuí-la diariamente, visto ser a evolução fruto de
milênios. É não render-se ao comodismo; o conhecer a si para mudar a si; fazer luz, modelando o perispírito em formas translúcidas e menos
vulneráveis às investidas da dor.
Comecemos culativando o otimismo, a meditação, o estudo sério e
compenetrado, o trabalho edificante e a prece, afastando as idéias
deprimentes oriundas da acomodação, das lamentações, da ignorância e da
maledicência. Caso não seja acolhido tal procedimento e a invigilância
venha a hospedar-se em nossa casa mental como soberana, ditando os velhos códigos do orgulho, egoísmo, ciúme e similares, a mente continuará viciada, incapacitada de impor a si a disciplina preventiva dos traumas, fobias e seqüelas.


Por: Luis Gonzaga Pinheiro, Caso tenha ou possua, envie-nos a referência desse texto.


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