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Descoberto em 1901 por um arqueólogo francês, o Código de Hamurabi encontra-se exposto no Museu do Louvre, em Paris.

Hamurabi, rei da Babilônia no século XVIII antes da Era Cristã, é autor de duzentas e oitenta e duas leis, baseadas na Lei de Talião, que punia o malfeitor ou o criminoso de forma semelhante ao mal cometido.

Olho por olho, dente por dente, era a base de qualquer justiça à época.

Se uma pessoa arrombar a casa alheia, deverá ser condenada à morte e ser enterrada na parte da frente do local do arrombamento.

Se alguém acusa o outro, mas não pode prová-lo, o acusador será morto. E assim por diante.

Dura lei. Dos tempos de barbárie. Vigorou em épocas diferentes. Épocas de necessidade de rigidez absurda para se manter o mínimo controle entre as relações numa sociedade.

No entanto, a Humanidade foi convocada a uma mudança, com a vinda de Jesus.

Ele mesmo cita a lei antiga e decreta um novo momento, um novo patamar:

Ouvistes o que foi dito: olho por olho, dente por dente.

Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal. Mas, se qualquer vos bater na face direita, oferecei-lhe também a outra.

E, ao que quiser exigir e tirar-vos a túnica, largai-lhe também a capa.

Se alguém vos obrigar a caminhar uma milha, ide duas com ele.

Dai a quem vos pedir. Não vos desvieis daquele que quiser que lhe empresteis.

Ouvistes o que foi dito: Amareis o vosso próximo, e odiareis o vosso inimigo.

Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem.

Se amardes os que vos amam, que galardão, que recompensa tereis? Não fazem as pessoas de má vida também o mesmo?

Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso pai que está nos céus.

Lembrando esses ensinos de Jesus, respiramos fundo, olhamos em volta, olhamos o mundo e também para dentro de nós mesmos e pensamos: Como estamos longe disso...

O Código de Hamurabi ainda parece reger as nossas relações.

Não precisamos nos defender? - Argumentamos.

E aos nossos amores, nossa família?

Por que sentimos essa necessidade de reagir atacando, quando somos atacados?

Como podemos amá-los? - É o que indagamos a nós mesmos.

Jesus compreende nosso tempo. Compreende nossa dor. Deu-nos apenas o melhor caminho para vivermos melhor num mundo de tanta violência. Apresentou o amor como a mais adequada solução para tudo.

A vingança não cura, a vingança não resolve. O Homem de Nazaré nos aponta outro caminho: não resistir ao mal.

Quando ele nos atingir, apresentemos uma resposta grandiosa, que será capaz de calá-lo: a resposta da compreensão, da compaixão, da paciência.

Enquanto o olho por olho só alimenta a fogueira com mais combustível, ou como tão bem disse Gandhi: Apenas faz o mundo todo cego, a proposta de Jesus é bem mais inteligente.

Estudemos Jesus, entendamos o que Ele quis dizer ao nos propor Amar os inimigos, não resistir ao mal ou mesmo apresentar a outra face.

Só a proposta do Mestre pode nos dar alento em dias tão difíceis como esses que atravessamos.


Por: Momento Espírita, Redação do Momento Espírita. Do site: https://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=7036&stat=0


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