
Mesas Girantes, por Orson Carrara
Durante os nove meses de gestação, as mudanças físicas e
emocionais que ocorrem com a mulher são tão evidentes, que acabamos deixando de lado um importante personagem desta história: o homem. Sua participação não se restringe à concepção. Além das preocupações de ordem material, passa por um delicado processo onde a figura de “filho” deverá dar lugar a de “pai”.
Inúmeros são seus questionamentos e suas incertezas, próprios da adaptação a uma nova situação. Porém, acreditando que poderiam ser interpretados como um sinal de fraqueza, muitos acabavam reprimindo tais sentimentos. Buscavam, a qualquer custo, manter a falsa imagem de “fortes protetores” da família.
Felizmente, nas últimas décadas, o papel do pai dentro do contexto familiar
sofreu algumas alterações. Como as mulheres passaram a compartilhar com seus
parceiros a tarefa de “prover” recursos para o lar, os homens sentiram-se mais a
vontade para dividirem com elas o papel de cuidadores e educadores de seus
filhos. Encontraram, também, maior facilidade para falar sobre o que sentiam.
Em agosto deste ano, a revista Crescer (edição 153) publicou relatos de homens
que contaram o que sentiram durante a gravidez de suas parceiras. Enjôo,
sonolência, desejo por determinados alimentos e ganho de peso foram algumas das
queixas apresentadas. O interessante é que tais sintomas costumam ser atribuídos
apenas às gestantes, cuja explicação estava nas alterações hormonais ocasionadas
pela presença do bebê em seu organismo.
Já em 1960, tais sintomas no homem forem descritos como componentes da Síndrome
de Couvade. Acreditava-se que sua causa estava restrita a fatores emocionais
desses pais, possuindo apenas um aspecto psicológico.
Porém, o aumento do número de casos relatados fez com que alguns cientistas se
interessassem pelo assunto. Estudo das universidades Memorial e Queens, no
Canadá, coordenado pelas pesquisadoras Anne Storey e Katherine Wynne-Edwards,
mostrou que a maioria dos futuros pais sofre modificações em seus níveis
hormonais. Ao monitorarem essas substâncias nos homens, as cientistas
constataram que em determinadas fases da gravidez, eles tinham um aumento de até
20% nos níveis de prolactina (responsável pela amamentação e em alguns pássaros
e mamíferos está ligada ao comportamento paternal). Aqueles que relatavam sentir
os mesmos sintomas da mulher eram os que apresentavam a maior quantidade desse
hormônio. Já os níveis de testosterona, abundante no sexo masculino, diminuíram
tanto na gravidez quanto nas primeiras semanas de vida do bebê. Segundo
especialistas, sua queda diminuiria a agressividade, favorecendo a cooperação
entre pais e mães.
Mas se durante a gravidez não existe contato físico direto entre os pais e os
bebês, qual seria a explicação para tais alterações na maioria dos casos,
independente de apresentarem ou não sintomas? E por que em alguns essas
modificações, assim como nas gestantes, eram mais evidentes do que em outros?
Dentro do paradigma materialista, a única explicação encontrada foi atribuir aos
feromônios a origem do que se observava. Acredita-se, assim, que essa substância
química, exalada pelo corpo da mulher, desencadearia as oscilações hormonais nos
homens. Quanto mais próximos das mulheres, maior a probabilidade de o homem
experimentar os sintomas de gravidez. Entretanto, tal justificativa está longe
de explicar o fenômeno e todas as suas nuances. Além disso, por que esse quadro
não é observado nas demais pessoas envolvidas com as gestantes?
Compreendendo o indivíduo como o produto da interação corpo-mente-espírito,
encontramos respostas mais plausíveis. Em Entre a Terra e o Céu, André Luiz
relata que as trocas entre a gestante e o bebê não se restringem ao campo
material. Existe um intercâmbio constante de sensações diversas entre esses dois
espíritos. Explica que a ciência do porvir será capaz de auxiliar as gestantes
nos quadros de náuseas intensas, quando compreender que apesar das
características de ordem fisiológicas, a origem de tais desequilíbrios é de
essência espiritual. Segundo ele, o organismo materno, absorvendo as emanações
do espírito reencarnante, funciona como um exaustor de fluidos em desintegração.
Estes nem sempre são aprazíveis ou facilmente suportáveis por ela,
encontrando-se aí, a origem dos enjôos.
Todavia, não podemos esquecer que mais um espírito tem significativo compromisso
nesse processo reencarnatório: o pai. É certo que as trocas entre a mãe e o
espírito reencarnante são mais intensas, uma vez que seus corpos estão
diretamente ligados. Porém, como nos ensina Kardec em O Livro dos Espíritos, a
comunicação entre os espíritos encarnados ou não encarnados, se estabelece pelo
contato dos fluidos que compõem seus perispíritos. Assim, o pai, em menor grau,
também está sujeito a essas influências.
E uma vez que sabemos ser a produção hormonal uma das formas de atuação do
espírito sobre o corpo, fica mais fácil compreender os resultados encontrados
nos laboratórios. Tanto para os homens, quanto para as mulheres.
Assim, buscando o alívio de tais sintomas, devemos associar à terapêutica médica
tradicional fatores que atuem diretamente na causa do problema. Para isso,
dispomos não só das leituras edificantes e da prática do Evangelho no Lar, como
também da fluidoterapia e do reequilíbrio magnético através de passes. Eles
certamente beneficiarão todos os envolvidos. O futuro pai também deve sentir-se
a vontade para compartilhar com sua parceira suas emoções. Tranqüilizando suas
mentes, juntos se prepararão para as oportunidades de aprendizado que virão.
Dra. Cristiane Ribeiro Assis, ginecologista e obstetra, com especialização em
Medicina Fetal, membro da AME-SP - matéria publicada na Folha Espírita de
dezembro de 2006
Dia 01 de 1880
Nasce na cidade de Sacramento, MG, Eurípedes Barsanulfo. Desencarna em 1º de
novembro de 1918.
Dia 01 de 1985
Divaldo Pereira Franco concede entrevista de 15 minutos à Rádio Paralelo 22, de
Johannesburg, África do Sul.
Dia 02 de 1827
Nasce em Tulle, França, Pierre-Gaëtan Leymarie. Desencarna em 10 de abril de
1901, em Paris.
Dia 02 de 1980
Em São Paulo, SP, desencarna Silvino Canuto de Abreu, jornalista, escritor,
conferencista e pesquisador espírita. Nascido em Taubaté, SP, em 19 de janeiro
de 1892.
Dia 02 de 1981
Divaldo Pereira Franco recebe o título de cidadão honorário de Uberlândia, MG.
Dia 02 de 1995
Divaldo Pereira Franco concede entrevista à TV C. 12 de Cochabamba, Bolívia.
Dia 03 de 1944
Nasce em Apucarana, PR, Milton Gonçalves, trabalhador espírita da região
noroeste do Estado. Foi Presidente da 8ª União Regional Espírita, sediada em
Paranavaí, onde desencarna em 2 de outubro de 1994.
Dia 03 de 1949
Em Liège, Bélgica, desencarna José Lhome, divulgador do Espiritismo, Presidente
da Federação Espírita da Bélgica. Nascido na mesma cidade, em 14 de junho de
1881.
Dia 04 de 1978
Em Teresópolis, RJ, o Grupo Espírita Isabel, a Redentora realiza a Primeira
Semana Espírita da cidade,... Saiba mais...