
Mesas Girantes, por Orson Carrara
As oportunidades contidas nos livros são incontáveis, mas para acessá-los, antes de qualquer coisa, é fundamental o hábito e interesse pela leitura. Equivocadamente, muitos pais associam o livro ao aprendizado escolar, deixando para essa etapa da vida da criança os primeiros contatos com um instrumento educativo tão rico. Assim, para várias crianças, eles estão associados a uma exigência escolar, tornando-se objeto de avaliações.
A vertente do aprendizado é importante, mas existem muitas outras oportunidades
contidas nas páginas dos livros. Para as crianças que não tiveram muito contato
com eles na primeira infância, é possível reverter possíveis associações
negativas.
Basta estimular e introduzir em seus hábitos o gosto pelos textos literários.
Para isso, é fundamental criar momentos culturais, livres e prazerosos, de
leitura de histórias, contos e poesias, de acordo com suas preferências.
Mas o ideal é que o livro seja sempre parte do cotidiano de nossos filhos. Desde
os primeiros meses, é importante colocar livros, de plástico ou tecido, no meio
dos brinquedos do bebê, para que comece a se familiarizar com eles. Porém, como
comentamos em outras oportunidades, o aprendizado da criança se dá
principalmente através da observação dos atos daqueles que a cercam. Ao ver o
papai, a mamãe ou sua babá lendo livros ou folheando revistas, certamente
tentarão manuseá-los desde cedo.
Existem livros apropriados para crianças pequenas, já que os livros comuns podem
machucá-las ou serem estragados com essas pequenas mãos pouco “delicadas” em
seus atos. Satisfeita essa particularidade, o livro será uma forma bastante rica
do brincar. Mesmo os livros mais simples, trazem um número muito grande de
informações, em forma de figuras, cores, texturas, sons, letras, números e
cheiros; todo tipo de estimulação necessária ao bom desenvolvimento intelectual
da criança.
Em um primeiro momento, servirão para que o bebê tenha acesso a estímulos
variados. Depois, serão instrumento para que escute o adulto contar-lhe
histórias, que por mais simples que sejam, ajudarão a começar a correlacionar as
figuras com seus nomes, ampliando seu vocabulário. Mais adiante, a criança
aprende a conhecer a existência das letras. Aos poucos, vai se dando conta que
estas se juntam formando as palavras que o adulto lê, o que já é um início do
processo de alfabetização. Já alfabetizadas, o livro é fonte inesgotável de
conhecimento e fantasia para a criança. Eles serão as bases que lhes darão
ferramentas para mudar o mundo.
Os caminhos que essas mudanças seguirão dependerão daquilo que lhes oferecermos.
Desde cedo, é nas histórias contadas ou lidas que encontram mecanismos para
lidar com emoções e momentos desagradáveis. Também é daí que encontram os
exemplos a seguir. Assim, dentro de uma linguagem adequada à compreensão de cada
faixa etária, essa é a oportunidade de plantar em seus corações as sementes do
Evangelho de Cristo. Suas lições, no futuro, certamente as direcionarão na
construção de um mundo muito melhor. Também poderão anular algumas
características menos iluminadas que esse espírito traga de outras experiências
na crosta terrestre.
Não existe uma técnica certa para a leitura de livros com crianças. Os adultos
apenas precisam ter disposição para dar mais esta atenção a elas. Cada um
descobre a sua própria maneira de explorar melhor a hora da leitura. Ao final, é
importante comentar com as crianças a história, ajudando-as a firmar as lições
que esta traz.
Os adultos perceberão que as crianças geralmente pedem que lhes seja contada a
mesma história muitas vezes seguida. Se mudarmos alguma coisa no texto, isto
logo é percebido por elas, que nos corrigem ou se irritam. Isto acontece porque
a repetição as ajuda a compreender melhor os sentimentos que aquela história
lhes despertou. Assim, essas emoções vão sendo experimentadas, melhor
compreendidas e elaboradas através do final feliz.
Também é fundamental estimular as crianças a criarem suas próprias histórias,
usando a imaginação. Elas só serão capazes disso após terem aprendido o bom
hábito de ouvir as histórias contadas por um adulto. Compreendendo a estrutura
da narrativa: como se inicia, se desenrola e termina uma história, conseguem
introduzir seus próprios conteúdos. Desta forma, falarão de seus sentimentos e
das coisas que são importantes para elas naquele momento, dando pistas do que
lhes vai à mente.
Um bom hábito a ser inserido à rotina das crianças pode ser a "hora do conto",
geralmente útil no momento de dormir. Serve para acalmar os ânimos, abaixar as
energias e incentivar a ida para a cama, o que para alguns costuma acontecer sob
protestos. Se a leitura tiver um conteúdo moral, ajudará a criança a estabelecer
um padrão mental elevado. Isso permitirá que durante o sono haja o descanso
completo de seu corpo e espírito, ao aproximá-la daqueles que lhe desejam
ajudar. É ferramenta importante, por exemplo, nos casos onde a criança tem
dificuldade para dormir por causa de pesadelos ou “visões” em seu quarto.
Cada família adaptará a sugestão da forma mais conveniente. Geralmente, os
educadores orientam que se deixe a criança folhear uns poucos livros por alguns
minutos, o que lhe ajuda a criar os bons hábitos da concentração e da
independência. Então, o adulto lê a história que a criança escolher. É preciso
compreender, no entanto, que este hábito só é saudável se não for imposto e nem
rígido. Ele pode ser modificado de acordo com os interesses da criança.
Dra. Cristiane Ribeiro Assis, ginecologista e obstetra, com especialização em
Medicina Fetal, membro da AME-SP
Matéria publicada na Folha Espírita em fevereiro de 2007
Dia 01 de 1880
Nasce na cidade de Sacramento, MG, Eurípedes Barsanulfo. Desencarna em 1º de
novembro de 1918.
Dia 01 de 1985
Divaldo Pereira Franco concede entrevista de 15 minutos à Rádio Paralelo 22, de
Johannesburg, África do Sul.
Dia 02 de 1827
Nasce em Tulle, França, Pierre-Gaëtan Leymarie. Desencarna em 10 de abril de
1901, em Paris.
Dia 02 de 1980
Em São Paulo, SP, desencarna Silvino Canuto de Abreu, jornalista, escritor,
conferencista e pesquisador espírita. Nascido em Taubaté, SP, em 19 de janeiro
de 1892.
Dia 02 de 1981
Divaldo Pereira Franco recebe o título de cidadão honorário de Uberlândia, MG.
Dia 02 de 1995
Divaldo Pereira Franco concede entrevista à TV C. 12 de Cochabamba, Bolívia.
Dia 03 de 1944
Nasce em Apucarana, PR, Milton Gonçalves, trabalhador espírita da região
noroeste do Estado. Foi Presidente da 8ª União Regional Espírita, sediada em
Paranavaí, onde desencarna em 2 de outubro de 1994.
Dia 03 de 1949
Em Liège, Bélgica, desencarna José Lhome, divulgador do Espiritismo, Presidente
da Federação Espírita da Bélgica. Nascido na mesma cidade, em 14 de junho de
1881.
Dia 04 de 1978
Em Teresópolis, RJ, o Grupo Espírita Isabel, a Redentora realiza a Primeira
Semana Espírita da cidade,... Saiba mais...