
Vê, Pois, por Emmanuel
A imprensa deu destaque no início de novembro de 2006 ao alerta contido nos estudos do cientista inglês James Lovelock sobre o risco real de a Humanidade praticamente desaparecer até o ano 2100. Aumento de temperatura média de até 8º C, já por volta de 2040, provocará escassez de água e, por consequência, queda na produção de alimentos e fome. Segundo ele só a redução da queima de comustíveis fóssseis não é mais suficiente para reverter o processo. O problema, portanto, é mais crítico do que muitos imaginam.
Por outro lado, centenas de outros esudos têm sido divulgados denunciando a
irresponsabilidade do homem no trato com a natureza. Não são somente as emissões
de gás poluente lideradas pela insensibilidade e egoísmo americanos que se
negaram a assinar o Tratado de Kyoto. A Amazônia perdeu 1,3 bilhão de árvores em
12 meses, entre 2004 e 2004. Quando não, vira cinzas.
Há ameaças de esgotamento dos recursos hídricos, da fauna marinha em todo o
mundo e muito mais. Os efeitos dos abusos humanos são diretos e indiretos, de
curto, médio e longo prazos. Por isso muito deles já se fazem sentir.
Nos diretos, por exemplo, a poluição do ar, dos rios e mares, a extinção de
espécies animais e vegetais, a exaustão de certos recursos naturais. Dos
indiretos o aumento de catástrofes naturais devida às mudanças climáticas:
furacões e tufões, inundações e secas cada vez mais frequentes e intensas. Como
se não bastasse as que, aparentemente, eclodem sem a interferência da vontade
humana.
Mas, afinal, estamos ou não enfrentando riscos graves de extinção da vida
biológica no Planeta?
Verdade que os espíritas isoladamente pouco fazem para alterar o quadro. Nem por
isso podem cruzar os braços e relaxar nas praias explêncidas - das poucas que
escapam à poluição - para admirar as belezas naturais na confiança de que Deus
simplesmente vai tolerar indefinidamente a nossa negligência e ambição.
Este texto não tem por finalidade aprofundar a discussão sobre as causas e
consequências das agressões ecológicas ou sugerir fórmulas de preservação na
natureza. Objetiva, sim, chamar a atenção sobre a necessidade dos espíritas se
ocuparem mais com o assunto. Em nossas palestras públicas, nos grupos de
estudos, nas aulas de educação infanto-juvenil temos que falar mais, discutir e
imbuir os frequentadores dos Centros Espíritas para importância do tema.
Mas nossa atuação vai além desse ambiente, estabelecendo conexões com o
dia-a-dia no meio social em vários locais e circusntâncias: nas escolas de
nossos filhos, na universidade, no trabalho, na convivência com familiares,
amigos e vizinhos. Recordemos as palavras de Allan Kardec em A Gênese, cap.
XVIII, item 25: "Não é o Espiritismo que cria a renovação social, é a maturidade
de Humanidade que faz de tal renovação uma necessidade. Cada um de nós pode e
deve ser um agente de mudanças, fazendo os princípios espíritas permear o corpo
social. Minoria ou não, capazes de maior ou menos influência, façamos a nossa
parte."
Especialmente aos que se propõem falar sobre Espiritismo é fundamental não
conhecer bem os tópicos desenvolvidos a patir da questão 728 de O Livro dos
Espíritos (Lei de Destruição) e "As Expiações Coletivas", em Obras Póstumas,
além de evidentemente, consultar outros autores encarnados e desencarnados.
É preciso ir além e inteirar-se melhor sobre estudos como os de James Lovelock.
Vamos confiar cegamente na suposição de que o Apocalipse não passa de simbologia
e que o Planeta será poupado gras a intervenção Divina, apesar do livre-arbítrio
humano destrambelhado? Podemos nos tranquilizar com a idéia de que as
transformações aguradadas são apenas de ordem social e moral quando o que mais
se vê é o homem agir insanamente contra os meios de sua própria sobrevivência e
a Terra transformada num lixão cósmico?
"Espíritas, instrui-vos", recomendou o Espírito Verdade. Instrução que abrange
os períodos em que necessita estar unido ao corpo físico. Precisamos conhecer
nossa origem, natureza e destino.
Mas entre a primeira e o último, há o presente a ser vivido. Achar que Deus vai
resolver tudo por nós, neutralizando nosso egoísmo e irresponsabilidade é pura
ingenuidade. O homem, tão sábio para tantas coisas, prova que já deixou para
trás a infânica espiritual.
Que aprenda a se comportar como adulto, assumindo as conseqüências de seus atos
físicos, sociais e morais.
Alaor F.Gusman
Fonte: Informação Revista Espírita Mensal - Ano XXXI - nº 366 - Abril 2007
Dia 01 de 1885
Nasce Hildebrando César de Souza Araújo, em Imbituva, Paraná. Desencarna a 15 de
setembro de 1948.
Dia 01 de 1961
Fundada a Creche Josefina Rocha, Departamento da Federação Espírita do Paraná.
Atual denominação Centro de Educação Infantil Josefina Rocha.
Dia 02 de 1926
Nasce em Pedreiras, MA, o trabalhador espírita Antenor de Lima Costa. Desencarna
em Guarulhos, SP, em 1989.
Dia 02 de 1978
Em Lisboa, Portugal, desencarna José Francisco Cabrita, da Federação Espírita
Portuguesa. Nasce na Vila de Lagos, Algarve, Portugal, em 16 de setembro de
1892.
Dia 02 de 1990
Primeira palestra de Divaldo Pereira Franco, na República Checa, em Praga.
Dia 02 de 1997
Divaldo Pereira Franco recebe o título de cidadão honorário de São Bernardo do
Campo, São Paulo.
Dia 03 de 1925
Em Juvisy, França, desencarna o médium, astrônomo, escritor e pesquisador
espírita Camille Flammarion. Nasce em Montigny-le-Roy, Alto Marne, França, em 26
de fevereiro de 1842.
Dia 03 de 1987
Primeira entrevista de Divaldo Pereira Franco à cadeia de rádio Voz da América,
em Washington, EUA.
Dia 03 de 1993
Primeira palestra de Divaldo Pereira Franco na ONU, Departamento de Viena,
Áustria.
Dia 03 de 1993
Primeira palestra de... Saiba mais...