
Mesas Girantes, por Orson Carrara
“O que podemos antecipar é que Nosso Lar 2 – Os mensageiros –
vem aí! Continuamos a contar a história do Dr. André Luiz, desta vez a partir
do segundo livro de sua série A vida no mundo Espiritual. Em Nosso Lar, pudemos
apresentar um filme para os que não conheciam nada da história que falava
sobre a vida depois da vida, os diferentes estágios do Espírito depois de
desencarnar, as relações mais imediatas com os que ficaram na Terra. Era uma
“apresentação”. Agora, temos a chance de aprofundar essas relações.”
Confira a íntegra da entrevista realizada com o diretor dos filmes Nosso Lar,
Chico para sempre e Nosso Lar 2 – Os mensageiros, entre outros, Wagner de Assis,
para o Reformador. A matéria estará na edição de junho da revista, que pode ser
adquirida no site: www.febeditora.com.br.
Assista ao bate-papo no perfil da FEB Editora no Instagram com todos os detalhes
desta edição: https://www.instagram.com/p/Cd_LZjsJ0KA/
Chico para sempre
Wagner de Assis | contato@cineticafilmes.com.br
Reformador: O Espiritismo é tema de diversos produtos audiovisuais desde meados
do século passado. Ainda na década de 1970, diversas novelas já o abordaram
em suas tramas. Tendo em vista interesses de diversos agentes do mercado
internacional de cinema, como a Fox, Sony e Disney, podemos considerar uma
temática espírita instigante para o mercado audiovisual? Como a
representação espírita nos cinemas pode ampliar a divulgação da Doutrina
para além do Movimento Espírita?
Os temas que a Doutrina Espírita oferece para os meios audiovisuais são sempre
muito bem aproveitados desde os primeiros filmes feitos. É um manancial de boas
histórias que precisa ser bem compreendido para ser adaptado adequadamente.
Não adianta também apenas tentar “traduzir” o que está nos livros. É preciso
compreender o meio para o qual estamos adaptando e, aí sim, tentar tirar o
maior proveito dos potenciais dramáticos.
O que isso vai proporcionar cada vez mais? Uma nova forma de entender assuntos
ligados à Espiritualidade e uma ressignificação de imagens, por exemplo, o
que ajuda as pessoas a compreenderem as realidades paralelas – são apenas
algumas das inúmeras coisas que são geradas quando se conta uma história
audiovisual com temas espirituais – com respeito aos postulados da Doutrina, é
bem verdade.
Entendo, assim, que estes projetos sejam acréscimos à imaginação e ofertas
de reflexão para as pessoas, alimentos emocionais e, também, questões para as
quais as perguntas são pessoais e intransferíveis. Ver filmes que mexam com
nossas memórias atávicas, com nosso histórico espiritual, mexe com lugares em
nossa mente que normalmente não são acessados por produtos audiovisuais. Isso
é muito positivo, porém, de nada adiantará se não lembrarmos que a reforma
íntima é pressuposto básico para a vida na Terra. É muito positivo também
para o Movimento Espírita, sem dúvida, porque o tema é atraente,
interessante, infinito em suas verdades e conhecimentos.
Reformador: Chico para sempre, filme e série com previsão de lançamento para
junho, contará com mais de 100 depoimentos de diversas personalidades ligadas
à vida e obra do médium mineiro. O que podemos esperar desta produção e como
ela pretende marcar a memória do público sobre Chico Xavier?
Queremos estrear o filme no dia 30 de junho, que marca a data da desencarnação
do Chico – vinte anos atrás. É um projeto que nasce da vontade de termos, se
possível, um filme no qual pudéssemos ver a maior quantidade possível de
assuntos relacionados ao Chico. Fizemos um esforço enorme de entrevistas, mas
também de pesquisa de imagens, para que possamos acompanhar também as
andanças do médium e todas as histórias importantes ligadas a ele.
Ao mesmo tempo, percebemos que é realmente quase impossível conseguir
sintetizar o Chico. Quase impossível ter tudo o que ele viveu apenas num filme
de duas horas de duração. Assim, percebemos que uma série de episódios seria
um bom complemento para explorarmos ao máximo temas como mediunidade, os
“causos”, o legado, as obras. Por isso, montamos uma série de oito episódios
que ajudam a ter um Chico o mais completo possível para quem o conhece e
também para quem não o conhece. Fato é, incontestável, que existe muito mais
Chico no Brasil do que imaginam os próprios brasileiros. Há muito Chico neste
país, tanto que talvez jamais saibamos mensurar. Então, resta-nos aprender,
lembrar, reviver o que pudermos da jornada de vida deste homem singular na
história de nosso país. Chico para sempre é uma homenagem sim, mas também um
local onde poderemos ver o quão grande, importante e relevante ele é para
todos nós.
Reformador: No ano em que rememoramos os 20 anos de desencarnação de Chico
Xavier, lembramos diversos aspectos de sua vida e obra. E não podemos deixar de
também celebrar André Luiz, Emmanuel, Espíritos que conduziram Chico a
diversas produções literárias e ações de bem. Quais os desafios de retratar
estas personalidades nas telas com toda a grandiosidade que representam?
Um desafio enorme. Que parece intransponível num primeiro momento, mas que, aos
poucos, quando conhecemos mais e mais sobre eles, se torna viável porque são
seres como nós – já estiveram em diversas vidas, conhecem os dramas humanos na
Terra, nos ajudam justamente porque têm empatia completa com nossas jornadas. O
que não evita que tenhamos também que fazer valer todas as técnicas e
aspectos artísticos de produção, para que todos os momentos tenham
credibilidade, emocionem e façam pensar. Como uma boa obra de arte, que suas
histórias possam tocar os espíritos dos espectadores.
Reformador: Desde o seu lançamento, Nosso Lar se tornou um sucesso entre os
leitores e simpatizantes da Doutrina Espírita. Como você vem percebendo do
público a expectativa da continuação do filme e que novidades podemos
antecipar aos nossos leitores?
O que podemos antecipar é que Nosso Lar 2 – Os mensageiros – vem aí!
Continuamos a contar a história do Dr. André Luiz, desta vez a partir do
segundo livro de sua série A vida no mundo Espiritual. Em Nosso Lar, pudemos
apresentar um filme para os que não conheciam nada da história que falava
sobre a vida depois da vida, os diferentes estágios do Espírito depois de
desencarnar, as relações mais imediatas com os que ficaram na Terra. Era uma
“apresentação”.
Agora, temos a chance de aprofundar essas relações. De contar sobre projetos
de vida que fracassam, das relações entre mensageiros, mentores, companheiros
de jornadas que nos acompanham. E, sempre, saber mais dos aspectos da vida no
Mundo Espiritual, com o Dr. André nos contando sobre processos de
desencarnação, sobre famílias espirituais, enfim, o humano-espiritual agora
é mais relevante para esta segunda história da franquia.
Desta vez, além do apoio e coprodução da Federação Espírita Brasileira
(FEB), temos uma parceria com a Star+, que é a nova marca da Disney Company.
Eles serão nossos parceiros nessa realização.
Reformador: Doze anos se passaram desde a estreia de Nosso Lar nas grandes
telas. O que mudou no mercado de cinema, no Movimento Espírita e no diretor
Wagner de Assis ao longo deste tempo? E como estas mudanças impactarão Nosso
Lar 2?
Boa pergunta! Sobre o mercado de cinema, posso dizer que ele mudou radicalmente.
Os streamings, que são as plataformas de vídeos transmitidas para dentro de
nossas casas, preponderam. Mas ir ao cinema ainda é a maior diversão e
apostamos na relevância dos projetos e seus valores artísticos e de produção
para voltar a ter grandes públicos nas salas mágicas dos cinemas.
Sobre o Movimento Espírita, não sou a pessoa mais indicada para falar, mas
imagino que continuamos com os mes-mos desafios de sempre – unidade, raízes
firmes na Doutrina de Kardec, um olho aberto às suas atualizações com as
novidades da Ciência, e, sim, uma potência de comunicação que nunca vimos
antes – isso nos coloca num lugar de termos à disposição mecanismos
tecnológicos que nos abrem literalmente o mundo como uma via de expressão.
Isso, sem dúvida, é muito poderoso.
Quanto a mim, bem, menos cabelos, mais peso (argh!) e muito mais gratidão por
ter a chance de conseguir contar histórias no cinema que alimentam a minh’alma
antes de tudo. Isso só aumenta com o tempo. O resto é trabalho.
Reformador: FEB Cinema é o novo selo da Federação Espírita Brasileira,
voltado às produções audiovisuais – como o cinema, streaming e novelas –, com
base nos mais de 600 títulos da Editora. Qual a importância desta iniciativa
para o mercado de cinema nacional e para o Movimento Espírita?
Grande importância por reconhecer a força do audiovisual que vem complementar
a literatura, respeitando-se mutuamente e suas formas de expressão. Há tantas
histórias boas que merecem e poderão ser contadas em audiovisual que só nos
resta trabalhar e conseguir os parceiros e, também, entender as formas corretas
de contá-las. Mas, isso, só o tempo, a experiência e o exercício de cada
projeto nos ensinarão mais e mais. O importante é jamais parar de dizer
Ação!
Dia 01 de 1880
Nasce na cidade de Sacramento, MG, Eurípedes Barsanulfo. Desencarna em 1º de
novembro de 1918.
Dia 01 de 1985
Divaldo Pereira Franco concede entrevista de 15 minutos à Rádio Paralelo 22, de
Johannesburg, África do Sul.
Dia 02 de 1827
Nasce em Tulle, França, Pierre-Gaëtan Leymarie. Desencarna em 10 de abril de
1901, em Paris.
Dia 02 de 1980
Em São Paulo, SP, desencarna Silvino Canuto de Abreu, jornalista, escritor,
conferencista e pesquisador espírita. Nascido em Taubaté, SP, em 19 de janeiro
de 1892.
Dia 02 de 1981
Divaldo Pereira Franco recebe o título de cidadão honorário de Uberlândia, MG.
Dia 02 de 1995
Divaldo Pereira Franco concede entrevista à TV C. 12 de Cochabamba, Bolívia.
Dia 03 de 1944
Nasce em Apucarana, PR, Milton Gonçalves, trabalhador espírita da região
noroeste do Estado. Foi Presidente da 8ª União Regional Espírita, sediada em
Paranavaí, onde desencarna em 2 de outubro de 1994.
Dia 03 de 1949
Em Liège, Bélgica, desencarna José Lhome, divulgador do Espiritismo, Presidente
da Federação Espírita da Bélgica. Nascido na mesma cidade, em 14 de junho de
1881.
Dia 04 de 1978
Em Teresópolis, RJ, o Grupo Espírita Isabel, a Redentora realiza a Primeira
Semana Espírita da cidade,... Saiba mais...