
Vê, Pois, por Emmanuel
Confira entrevista realizada com Marcel Souto Maior,
jornalista, escritor e autor brasileiro de diversos livros , a exemplo de Kardec
– a biografia, obra utilizada como base para o filme Kardec.
1 – Marcel, você como jornalista apura e levanta dados e fatos sobre os temas
trabalhados. Na Doutrina Espírita o que de fato lhe intrigou mais em todos estes
anos de estudo e descobertas?
O que mais me impressiona na doutrina é a rede de apoio que ela propaga em todo
o país e no exterior. Encaro cada casa espírita como um núcleo de estudos e um
polo de solidariedade, bastante alinhados com os valores centrais defendidos por
Kardec.
“Fora da Caridade Não Há Salvação”, ele declarou e – com cuidado de fiscal e
entusiasmo de divulgador da doutrina, missões difíceis de conciliar – deu início
a esta rede de “trabalho em favor do outro”, que encontrou aqui no Brasil o
terreno mais fértil para prosperar, graças a exemplos vivos como os de Chico
Xavier.
Ao declarar que a vida continua para além do corpo e atestar que somos a soma de
experiências ou vivências passadas, o Espiritismo aumenta a responsabilidade de
quem encara esta passagem por aqui como uma oportunidade de evolução e
aprendizado.
Esta lógica do Espiritismo – baseada no trabalho e no cuidado com o outro – me
atrai mais do que os fenômenos mediúnicos, sujeitos a fraudes ou autossugestão.
Neste ponto – e em muitos outros – eu me identifico com o professor Rivail.
Talvez por isto mesmo, por me identificar com ele, mergulhei no estudo de sua
vida.
O que me moveu, durante todo o tempo, foi uma pergunta-chave: o que fez o
educador cético – que rejeitou, a princípio, fenômenos como as mesas girantes –
mudar de vida e de nome, aos 53 anos, para dar voz aos espíritos?
O que o transformou no principal divulgador e fiscal do movimento e o fez
enfrentar adversários da Imprensa, da Igreja e das Ciências, ao longo de mais de
uma década de trabalho duro e incessante?
2 – Vamos encontrar respostas a estas perguntas nas telas do cinema?
Sim. O filme de Wagner de Assis reconstitui os principais marcos da
transformação do professor Hippolyte Léon Denizard Rivail em Allan Kardec. A
descrença dos primeiros tempos (quando definia as “almas do outro mundo” como
meras superstições), sua resistência a investigar as “mesas girantes” (que
encarava como truques de ilusionismo), sua decisão de usar métodos científicos
para por a prova as mais diversas médiuns de diferentes idades e classes sociais
e, finalmente, sua convicção na presença e influência dos espíritos, a quem
passa a “entrevistar” para gerar a obra fundadora da doutrina: “O Livro dos
Espíritos”. Não por acaso o slogan do filme é “A História por trás do Nome”. É
esta história – a história do “nascimento” de Allan Kardec – que o filme
reconstituiu.
3 – Nas pesquisas realizadas na Biblioteca Nacional apontaria alguma descoberta
inusitada no trabalho da revelação da doutrina dos Espíritos trazido por Kardec?
Quando mergulhei na leitura e releitura das edições originais da “Revista
Espírita”, fiquei muito impactado por alguns dos textos assinados por Kardec.
Textos de missionário (divulgador da doutrina) e de fiscal também. Um deles, em
especial, me marcou bastante. Foi uma resposta de Kardec aos ataques à doutrina,
feitos por integrantes da Imprensa e das Ciências, muitos deles marcados por
ironia. Respaldado por cartas vindas de todo o mundo – algumas delas assinadas
por leitores que desistiram de se matar depois de ler obras como “O Livro dos
Espíritos” – , Kardec desabafou em seu artigo: “Vocês estão rindo de que? Será
que não percebem? O materialismo mata!” Neste mesmo texto, ele disse que
trocaria todos os títulos, diplomas e honras da carreira de professor e
ex-membro da Academia de Ciências por uma única carta destas. Testemunhos de
quem encontrou novos sentidos e significados para a própria vida ao entrar em
contato com o Espiritismo.
4 – Professor Denizard Rivail sendo levado às telas de todo o país. O que
podemos esperar desta história?
Transformação. Espero que muita gente saia do cinema e vá às livrarias adquirir
as obras de Kardec. Que respostas ele conseguiu trazer “do mundo de lá”? Como
ele conseguiu traduzir, em seus livros, a dinâmica e a lógica do chamado Mundo
Invisível? O filme tem tudo para despertar a curiosidade do público leigo e
estimular ainda mais os estudos e práticas dos discípulos de Kardec.
5 – Na dedicatória do livro Kardec já traz a aspiração para transformar a obra
em filme. Como é para o autor ver seus livros sendo base para produções
cinematográficas?
Fico muito feliz – honrado mesmo -, mas tomo muito cuidado para ficar com os
“pés no chão”. O mérito por estas adaptações não é meu. É de Chico Xavier e de
Kardec, que construíram trajetórias únicas ao longo de suas jornadas.
Trajetórias marcadas por dois sentidos raros, que exigem foco e coragem: o
sentido de Missão e o sentido de Doação. Só missionários como eles constroem
trajetórias assim. Histórias de vida que merecem filmes com a qualidade, e o
requinte de reconstituição histórica, de “Kardec – a história por trás do nome”.
Fonte: FEB
Dia 01 de 1885
Nasce Hildebrando César de Souza Araújo, em Imbituva, Paraná. Desencarna a 15 de
setembro de 1948.
Dia 01 de 1961
Fundada a Creche Josefina Rocha, Departamento da Federação Espírita do Paraná.
Atual denominação Centro de Educação Infantil Josefina Rocha.
Dia 02 de 1926
Nasce em Pedreiras, MA, o trabalhador espírita Antenor de Lima Costa. Desencarna
em Guarulhos, SP, em 1989.
Dia 02 de 1978
Em Lisboa, Portugal, desencarna José Francisco Cabrita, da Federação Espírita
Portuguesa. Nasce na Vila de Lagos, Algarve, Portugal, em 16 de setembro de
1892.
Dia 02 de 1990
Primeira palestra de Divaldo Pereira Franco, na República Checa, em Praga.
Dia 02 de 1997
Divaldo Pereira Franco recebe o título de cidadão honorário de São Bernardo do
Campo, São Paulo.
Dia 03 de 1925
Em Juvisy, França, desencarna o médium, astrônomo, escritor e pesquisador
espírita Camille Flammarion. Nasce em Montigny-le-Roy, Alto Marne, França, em 26
de fevereiro de 1842.
Dia 03 de 1987
Primeira entrevista de Divaldo Pereira Franco à cadeia de rádio Voz da América,
em Washington, EUA.
Dia 03 de 1993
Primeira palestra de Divaldo Pereira Franco na ONU, Departamento de Viena,
Áustria.
Dia 03 de 1993
Primeira palestra de... Saiba mais...