Hospital Albert Einsten (SP) promove excelência em suporte espiritual

 A médica Ana Cláudia Arantes é geriatra formada pela Universidade de São Paulo (USP), com residência médica na mesma especialidade no Hospital das Clínicas da FMUSP. Ainda na faculdade se interessou por Cuidados Paliativos, mas, pela falta de especialização na área, optou pela Geriatria. Porém, sua antiga paixão não foi deixada de lado e acabou levando-a para o setor de Cuidados Paliativos, que hoje coordena, de um dos mais importantes hospitais do País, o israelita Albert Einstein. E é justamente esse setor que está adotando uma política institucional de assistência a pacientes em fase terminal de doença incurável.

Segundo Ana Cláudia, o hospital passa periodicamente por um processo de “acreditação” de uma entidade internacional chamada Joint Comission. Feita a cada três anos – a primeira ocorreu em 1999 –, ela recomenda procedimentos necessários para uma adequada assistência aos pacientes. “Em 2005, uma das exigências era com relação à dor, na qual nos saímos muito bem. Mas, na ocasião, outro ponto discutido foi a assistência a pacientes terminais, o que fez o Einstein sair na frente. Agora, temos uma política institucional de assistência a pacientes em fase terminal de doença incurável, que preserva os direitos do paciente em relação ao alívio de sintomas e suporte às suas necessidades como ser humano, incluindo as espirituais”, explica.

Apesar de ainda não estar totalmente implantado, o chamado “fluxo de atendimento do suporte espiritual” já foi estabelecido e será supervisionado pelo Serviço de Cuidados Paliativos, que, há aproximadamente quatro meses, foi oficializado como um serviço da instituição. Segundo Ana Cláudia, o fluxo foi estabelecido para pacientes internados na semi-intensiva e UTI, Oncologia e Pediatria, assim como para seus familiares, além de assistir pacientes em fase terminal de doença incurável. “Por enquanto, o que funciona efetivamente é o trabalho das voluntárias do hospital em suporte à religião judaica. A equipe da Hospitalidade do hospital possui uma lista de retaguarda de líderes religiosos que são acionados quando algum paciente ou família solicita”, revela.

Implantação é um desafio
Para se implantar um serviço pioneiro como esse, de acordo com a geriatra, é preciso desafiar o senso comum. Isso porque muitos acreditam que a Medicina deve estar desvinculada do suporte espiritual, caso contrário deixaria de ser ciência. “É por isso que priorizamos aquelas situações em que é indiscutível a presença da espiritualidade como fator de benefício e conforto”, explica.

A idéia, segundo Ana Cláudia, é estruturar o atendimento, utilizando o recurso da enfermaria, voluntárias e líderes religiosos para visitar os pacientes selecionados e oferecer o suporte de maneira mais ativa, de forma ecumênica, já que, conforme diz, a “espiritualidade não segue dogmas”.

A responsável pelo setor de Cuidados Paliativos afirma que o principal resultado esperado com esse tipo de atendimento, inédito em hospitais privados – os públicos em geral possuem a capelania, que supre as necessidades de maneira mais abrangente –, é a melhora na qualidade de assistência ao paciente atendido na instituição, cuidando de todas as suas necessidades como ser humano. “Os serviços de Cuidados Paliativos do mundo todo experimentam essa necessidade de maneira muito espontânea e valorizam a atuação do suporte espiritual. Passamos por um momento muito especial em Cuidados Paliativos no Brasil e estamos conseguindo vencer muitas barreiras. Mas é preciso manter nosso propósito firme e direcionado, pois ainda temos muito a trabalhar. Espero que mais profissionais da Saúde se sensibilizem com relação às necessidades espirituais de seus pacientes, sem dogmas ou julgamentos, mas em atitude de acolhimento e compreensão”, finaliza.


Cláudia Santos (matéria publicada na Folha Espírita em outubro de 2006)


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