Chico Xavier vai ao cinema

O maior dos médiuns terá sua história contada por Daniel Filho em filme que promete arrebatar
Felipe Branco Cruz

Três filmes sobre Chico Xavier serão lançados até 2 abril do ano que vem, quando o médium faria cem anos. O trabalho que está com a produção mais avançada é o longa Chico Xavier, que será dirigido por Daniel Filho e é baseado em biografias como As Vidas de Chico Xavier, escrito pelo jornalista Marcel Souto Maior. As outras duas produções também prometem. Uma delas é a adaptação do best-seller de Chico, Nosso Lar, que já teve os direitos cedidos pela FEB (Federação Espírita Brasileira) e deverá ser distribuído pela Fox. O outro vem do empresário Luis Eduardo Girão, que no ano passado financiou Bezerra de Menezes e, agora, lançará As Mães de Chico Xavier.

O único nome do elenco confirmado para o filme de Daniel Filho é o do ator Nelson Xavier, que interpretará Chico adulto. Atores-mirins de Minas Gerais, terra do médium, deverão ser privilegiados na escolha do elenco. O roteiro, escrito por Marcos Bernstein (de Central do Brasil), já está pronto. Bruno Wainer, diretor da Downtown Filmes, parceira da produção, disse que o filme está orçado em R$ 7 milhões.

Marcel Souto Maior, autor da biografia, aprovou o roteiro de Bernstein. “Eu e o Daniel Filho chegamos a ler outros dois roteiros, mas o de Bernstein ficou a altura da história.” Enquanto os atores não são escolhidos, a leitura do roteiro foi feita há 20 dias com mais de dez atores presentes, entre eles Tony Ramos, Cristiane Torloni e Camila Pitanga.

Antes mesmo de ser filmado, o filme já causa polêmica. Eurípedes Humberto Higino dos Reis, filho de Chico e detentor da marca ‘Chico Xavier’, diz ao JT que o filme não será baseado apenas na biografia de Marcel. “Até por isso, o filme se chamará apenas Chico Xavier”, diz. “Meu pai teve mais de 30 biografias, seria uma injustiça deixar que apenas uma pessoa o retratasse.” Reis, apesar de ainda não ter lido o roteiro, confirmou que já fez reuniões com Daniel e que o filme vai realmente ser filmado. “Vou assistir ao filme antes de ser lançado. Ensinamentos como ‘fora da caridade não há salvação’ deverão estar presentes.” Sobre a declaração de Reis, Marcel defendeu-se dizendo que seu livro é a base do roteiro. “O roteirista tem a liberdade de se informar em diversas fontes. O universo de Chico é vasto e ele deve, sim, ter lido outros textos.”

Marcel, que nasceu no mesmo dia em que Chico, lembra que as pessoas faziam chacota quando ele dizia que escreveria sobre a história do médium. “Falavam: ‘tem certeza de que não é a biografia do Chico Buarque, Chico Anysio ou Chico Mendes?’ Acho que se eu falasse que escreveria sobre o Chico Bento, receberia mais apoio.”

O autor adiantou passagens sobre a vida do espírita que serão retratadas. “A traumática infância e o sofrimento de uma mãe em busca de informações sobre o filho vão emocionar. Antes de se tornar o mineiro do século, ele foi ridicularizado pela imprensa”, lembra. “Como no caso em que o jornalista da revista O Cruzeiro, David Nasser, e o fotógrafo Jean Manzon fingiram ser jornalistas estrangeiros e fizeram fotos do Chico até tomando banho de banheira. Quando o Chico viu a revista, ficou envergonhado e começou a chorar copiosamente. O espírito guia de Chico, Emmanuel, o alfinetou dizendo ‘pare de chorar. Jesus foi parar na cruz e você apenas no Cruzeiro’.” Outra passagem que também deverá ser lembrada é uma em que Chico se desesperou quando o avião em que estava entrou em uma zona de turbulência. “Emmanuel, ao vê-lo desesperado, disse para ele: ‘Se vai morrer, que morra com educação’. E Chico respondeu: ‘Onde já se viu morrer com educação?’.” Além disso, parte das três entrevistas que o médium deu para o programa Pinga Fogo, da TV Tupi, na década de 70, serão recriadas.


Notícia publicada no Jornal da Tarde, em 28 de fevereiro de 2009.


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