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Se nos voltarmos ao nosso Mestre Jesus e quisermos saber o que significa caridade, sem máscaras, sem dependência de contexto cultural ou época, descobriremos que o verdadeiro sentido é benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.

Três itens. Um mundo em três proposições de vida.

Foquemos no primeiro elemento, na benevolência.

Todos os anos, o World Happiness Report - relatório mundial da felicidade - apresenta uma série de dados a respeito da percepção de felicidade em todos os países do mundo.

A pesquisa considera múltiplos elementos e chega a diversas conclusões. Mostra, por exemplo, uma espécie de ranking dos países mais felizes.

Nesse ranking, figuram sempre os países nórdicos ocupando os primeiros lugares.

Mais importante, porém, são algumas constatações que o relatório traz a respeito das causas de felicidade para as pessoas, independentemente de suas crenças ou culturas.

O relatório de 2025, referente ao ano anterior, conta que as pessoas em geral ainda são muito pessimistas no que diz respeito à benevolência dos outros.

Uma das experiências do relatório foi deixar carteiras perdidas, com dinheiro e documentos, e verificar se seriam devolvidas.

O estudo aponta que a proporção de carteiras devolvidas foi muito maior do que as pessoas esperavam.

Isso é encorajador, mostrando que somos capazes de fazer mais do que nós mesmos esperamos. Por outro lado, mostra que andamos ressentidos, precavidos.

Isso nos deve levar a pensar como devemos alterar nossa forma de ver o mundo, as pessoas, os comportamentos.

O estudo revela, ainda, que a felicidade depende fundamentalmente das conexões que as pessoas fazem.

Compartilhar, dividir, ajudar são palavras-chave que aparecem diversas vezes.

O trabalho voluntário é um dos índices do ranking, mostrando quanto tempo as pessoas doam para os outros em atividades não remuneradas.

Nesse particular, o relatório demonstra que a benevolência aumentou consideravelmente durante o período da pandemia.

As pessoas precisavam de mais ajuda e inúmeras foram as respostas.

Esse aumento da benevolência tem sido sustentado desde então. Os atos benevolentes estão cerca de dez por cento acima dos níveis pré-pandêmicos.

Isso assinala que a caridade nos conduz para a felicidade. Algo que as grandes almas nos haviam dito há muito tempo agora se mostra evidente.

A benevolência é o que irá salvar o mundo nestes dias tão difíceis.

É a benevolência que resolverá a questão do isolamento social, do egoísmo e do vazio existencial.

A conclusão é que, se nos dedicarmos aos trabalhos do bem, perceberemos que o envolvimento com o outro, em tarefas edificantes, trará para nossa alma uma paz nunca antes sentida.

Dessa maneira, reprisemos o conceito de Jesus a respeito do que seja a verdadeira caridade: benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.