
Mesas Girantes, por Orson Carrara
A+ | A- |
Imprimir |
Ouça a MSG
| Ant
| Post
Todo o senso pedagógico de Kardec aparece com muita transparência e lucidez
na Introdução de O Livro dos Espíritos. A partir do item III da citada
introdução, o Codificador adentra na velha questão que precisa ser compreendida
em sua essência para não haver confusões de entendimentos. Recomendo ao leitor
buscar esse item na obra citada.
Em tese'>síntese trata-se de movimentos que se iniciaram na América (inclusive no
Brasil) e posteriormente na Europa, sendo, porém, que a história prova que tais
fenômenos remontam à antiguidade. Como pondera o Codificador, eram ruídos,
pancadas e movimentações de objetos em circunstâncias bem estranhas – pois que
desconhecido o fenômeno gerador – e que se espalharam. Levantaram incredulidade,
mas a constância de tais ocorrências não permitiu que se levasse para o campo do
fanatismo ou da leviandade (embora isso ocorresse no início) e sim despertasse
pesquisas sérias para conhecer as causas.
É aí que entra o Prof. Rivail (mais tarde Allan Kardec), que observou que tais
ocorrências não se limitavam apenas a movimento de objetos, mas demonstravam uma
causa inteligente que se notava nas variadas circunstâncias em que se
apresentavam. Muitas causas de origem nas leis físicas conhecidas poderiam
explicar tais fenômenos. E aqui os preciosos parágrafos do citado item da
Introdução ampliarão o raciocínio dos leitores. Para não ficar meramente em
transcrições, recomendo leitura integral do já mencionado item III (com apenas
pouco mais de duas páginas) na Introdução do livro.
Chamado a observar os fenômenos, Rivail percebeu que havia algo mais na chamada
danças das mesas ou mesas girantes. Foi descartando uma a uma as possibilidades
para explicação pelas leis da matéria (físicas, químicas, entre outras) e mesmo
considerando todas as possíveis tentativas de fraudes. Fez atentas e contínuas
observações, inclusive com testes e constatou pela existência de seres
invisíveis que se auto denominaram de Espíritos, ou seja, homens e mulheres
habitantes de outra dimensão, o mundo espiritual antes e pós vida material no
planeta, guardando todas as características das bagagens intelectuais e morais,
habilidades próprias dos seres humanos. Constatou, com evidências e rígido
método científico de observação – o fenômeno se explicou – que os Espíritos são
pessoas, apenas desvestidos do corpo material, em diferentes gradações de
conhecimento e moralidade. E que mantém estreito e permanente contato com
aqueles que estão revestidos do corpo material pelo atributo da mediunidade,
comum a todas as criaturas humanas, embora variáveis em sua forma de
apresentação e grau de percepção.
E daí nasceu a Doutrina Espírita com a publicação de O Livro dos Espíritos. Isso
em 18/04/1857, em Paris, na França, espalhando-se posteriormente para o mundo
todo, sendo a obra traduzida para vários idiomas e que continua nas demais obras
da chamada Codificação Espírita. E como o próprio nome diz é fruto de uma
organização didática do assunto. Ele, o professor que adotou o pseudônimo de
Allan Kardec, organizou os ensinos que pôde colher nesses contatos que teve com
os Espíritos e como fruto de suas laboriosas observações.
Mas para bem entender isso, é preciso ler a Introdução da obra citada. Dispensar
essa leitura ou simplesmente ignorá-la é perder a oportunidade de conhecer tais
origens, o que vai levar o leitor desatento ao fanatismo e mesmo à
incredulidade, por mero desconhecimento.
Referida Introdução é riquíssima. Usei o item III, mas o texto completo que
introduz o livro é muito valioso e sua própria sequência, item a item, leva o
leitor a compreender com exatidão o que é e como surgiu o Espiritismo, para que
não tenha opiniões preconcebida e muitas vezes preconceituosas.
O item VI, por exemplo, traz uma tese'>síntese do ensino dos Espíritos. São 17 itens,
podendo ser refletido isoladamente, mas profundamente ligados na sequência entre
eles.
Busque, pois, esse texto introdutório. Vale dizer que o Espiritismo não é
invenção, criação ou imaginação de Allan Kardec. Ele é fruto de atenta
observação do fato da sobrevivência da alma e suas comunicações via faculdade
comum a todos nós.
Não se deixe levar por opiniões levianas. Vá ao texto original e conheça as
prodigiosas observações do pedagogo que mais tarde usou o pseudônimo de Allan
Kardec. Os fatos e desdobramentos estão muito além das chamadas Mesas Girantes.
A propósito dessa ocorrência no Brasil, sugiro verem o vídeo de apenas 19
minutos, que o leitor deve pesquisar no google/vídeos desta forma: MESAS
GIRANTES NO BRASIL- Luciano Klein - apenas 19 minutos ou pelo link abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=pSXsdlvfzbI
Simplicidade e Grandeza do Espiritismo: por Orson Carrara
A Tarefa Recusada: por Irmão X
Todos Somos Médiuns: por André Luiz
O Que Acha o Irmão?: por Hilário Silva
O Compromisso: por Irmão X