
Potências da Natureza, por Orson Carrara
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Outrora, os mártires sofreram nos circos para doar ao mundo a gloria da
Revelação. Através de fogueiras e sacrifícios, traçaram um roteiro de luz para o
mundo paganizado; em seguida, quando as trevas da Idade Média consagravam a
autocracia do poder, os cristãos livres experimentaram a perseguição, a morte e
o anátema para restaurarem a senda luminosa, conferindo à Terra as bênçãos da
Verdade.
Hoje, porém, meus amigos, os seguidores do Mestre Divino, irmanados em torno da
cruz redentora, foram chamados à doação da Fraternidade às criaturas. Amparados
pela evolução dos códigos, que se tocaram das claridades sublimes da Boa-Nova,
através dos séculos, desfrutam de liberdade relativa para concretizarem a divina
missão de que foram cometidos.
Antigamente, dolorosa renunciação era exigida aos companheiros do Mestre
Nazareno, de fora para dentro; agora, contudo, é a luta renovadora do santuário
íntimo para o mundo externo. Não é o circo do martírio que se abre na praça
pública, nem a fogueira dos auto-de-fé, instaladas dentro de povos livres e
robustos em nome das confissões religiosas. A autoridade reclama corações
consagrados ao Senhor na esfera de si mesmos. A fraternidade constituir-se-á
abençoado clima de trabalho e realização, dentro do Espiritismo evangélico, ou
permaneceremos na mesma expectação inoperante do princípio quando o material
divino da Revelação e da Verdade não encontrava acesso em nossos espíritos
irredimidos.
Formemos não somente grupos de indagação intelectual ou de crítica nem sempre
reconstrutiva, mas, sobretudo, ergamos um templo interior à bondade, porque sem
espírito de amor todas as nossas obras falham na base, ameaçadas pela vaga
incessante que caracteriza o campo falível das formas transitórias.
"Amêmo-nos uns aos outros", segundo a palavra do Mestre que nos reúne, sem
desarmonia, sem discussões ruinosas, sem desinteligências destrutivas, sem perda
de tempo nos comentários vagos e inoportunos, amparando-nos, reciprocamente,
pelo trabalho, pela tolerância salvadora, pela fé viva e imperecível.
Se nos encontramos realmente empenhados no Espiritismo que melhora e regenera,
que esclarece e redime, que salva e ilumina, sob a égide de Jesus, recordemos as
palavras do Código Divino, para vivê-las na acústica de nossa alma, seguindo o
Senhor em sua exemplificação de sacrifício, de solidariedade e de amor: — "Eu
sou o Caminho, a Verdade e a Vida". "Ninguém irá até o Pai, senão por Mim".
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