Apreciando Satélites, por Irmão X
Lei de Sintonia
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O cidadão comum que preserva os valores éticos e comporta-se conforme a
crença moral que lhe é agradável atrai, inevitavelmente, a presença dos bons
Espíritos que se comprazem em assisti-los.
Sendo possuidor de faculdade mediúnica, abrem-se-lhe as portas da caridade que
pode exercer mediante os sentimentos que lhe são naturais.
No caso em tópico, aqueles Espíritos inamistosos, a princípio zombam do seu
comportamento, logo depois, ante a natural demonstração dos atos dignificantes,
sensibilizam-se, tornam-se-lhe simpáticos e aderem aos postulados de que se
contagiam.
Trata-se da lei de sintonia, através da qual os semelhantes se atraem.
A melhor terapêutica, portanto, para os graves problemas das desordens
obsessivas é o bem proceder.
Quando examinamos a mensagem de Jesus, identificamos em todos os momentos a
superioridade do amor que inspira os pensamentos e os atos nobres, induzindo à
vivência saudável.
O amor, portanto, emite ondas de vibrações elevadas, que ensejam a não
violência, a resistência pacífica.
A tragédia do cotidiano entre as criaturas humanas deflui da inadvertência de
pessoas e grupos que optam pela dominação arbitrária dos outros e tentam, a seu
talante, submeter todos quantos se lhe acercam.
A lei de sintonia propõe a transformação moral do ser humano e logo advêm as
consequências pacíficas e pacificadoras.
No começo do século XX, Leon Tolstói, que se houvera tornado cristão sem
designação religiosa, mas conforme o Evangelho, acompanhando a miséria que
reinava na sua pátria - a Rússia - escreveu uma carta ao czar Nicolau II,
chamando-o de irmão e amigo para adverti-lo da crueldade do seu governo sobre os
cem milhões de súditos. Advertia-o das ciladas e das manobras dos seus
auxiliares, daqueles que o cercavam, polícia e exército, informando-o ser amado
e aplaudido por aqueles miseráveis que o detestavam no abandono e na forme a que
estavam atirados ...
Falou-lhe da força inexorável do amor e do bem que lhe cabia praticar na missão
que Deus lhe confiara de conduzir o povo esfaimado e sofrido.
Vaticinou que, por certo, não teria ocasião de vê-la sofrer as consequências da
violência na qual se apoiava, com resultados devastadores, em razão da sua idade
avançada.
Apelava para a bondade e a justiça, eliminando a pena de morte das leis severas
que mantinham nos cárceres abarrotados por mais de cem mil prisioneiros tidos
como revolucionários, porque insatisfeitos com a maneira como eram tratados ...
De fato, mais tarde, quando estourou a revolução comunista, ele foi deposto e
enviado com a família para o exílio na Sibéria, sendo submetido a inclementes
humilhações, fuzilado logo depois, num espetáculo doloroso.
Tolstói houvera desencarnado antes e foi sepultado humildemente entre as árvores
que ele próprio plantara, num singelo túmulo, tão humilde quanto ele, em Yasnaya
Polyana.
Deixou-nos, entre outras, a sua obra que ele considerava prima, O reino de Deus
está em vós.
Nesse ínterim, na África do Sul, um jovem advogado indiano que lera a sua
magnífica obra sobre a mensagem de Jesus em tomo do Reino dos Céus dentro de
nós, alterou a vida e dedicou-a, a princípio, a dignificar o seu povo odiado e
perseguido naquele país. Preso e condenado por pedir igualdade para todos,
iniciou a cruzada por libertar a Índia e o Paquistão do cárcere do Império
britânico.
Tratava-se de Mohandas Karamchand Gandhi.
Viveu o Evangelho em toda a sua pureza, no amor e no jejum, na resistência
pacífica, na oração e, sobretudo, em a não violência.
Assassinado por um fanático, chamou por Deus sorrindo e imortalizou-se.
Parece difícil, nestes dias, a vivência íntegra do amor, tais as circunstâncias
e as conquistas bélicas, as forças da violência, o poder das armas ... No
entanto, nos dias de Jesus, não eram diferentes as condições, e por isso Ele foi
crucificado.
Tolstói teve algumas das suas obras proibidas de circularem nas terras da Mãe
Rússia, e a pobreza suprema a que ele se submeteu permitiu que fosse escarnecido
e desprezado e que tivesse problemas domésticos, ao renunciar ao título de
Conde.
Gandhi, admirado e perseguido, insistiu nos objetivos a que entregou a
existência e, conforme esperava, tomou-se vítima da violência, deixando o seu
legado de paz que ainda comove o mundo.
Talvez não logres alcançar o nível desses missionários, o que não é importante,
desde que te dediques ao humilde trabalho de aplainar a estrada, melhorar os
caminhos por onde marcharão os apóstolos do amanhã que virão pacificar a Terra.
Faze a tua parte: ama!
Exercita o não revide, a não violência, a resistência pacífica.
Esses elementos são o alicerce sobre o qual o Senhor está construindo o mundo
melhor de amanhã.
As tremendas provações que ora se abatem sobre a humanidade: guerras, epidemias,
violência, desagregação do ser, perda de sentido existencial, atraem Espíritos
também infelizes que se mesclam com os indivíduos e as massas, provocando o
caos.
A mesma lei de afinidade atrai os seres nobres da Espiritualidade, os gênios, os
sábios, os mártires e os santos para a edificação da felicidade dos corações
mesmo durante estes afligentes momentos ...
Pensa no amor e ascende aos páramos da Luz Divina da qual procedes.
Por: Joanna de Ângelis, Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica de 3 de fevereiro de 2016, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia. Do site: http://divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=450
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