Em Louvor da Caridade, por Fabiano de Cristo
Da Sabedoria Popular
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Evita o excesso de adorno.
De ovelha muito louçã
Toda gente se aproxima
E todos desejam lã.
Quando ouvires descrições
De dinheiro e santidade,
Escreve as anotações
Na metade da metade.
Deus te guarde de boi manso
Que até hoje vive em paz,
Que do touro bruto e bravo
Tu mesmo te guardarás.
Procura falar no fim,
Espera... Ao cair dos muros
Aparecem, muitas vezes,
Serpentes, pedras, monturos.
Quem, na casa paternal,
Nunca sofre, nem atura,
Em chegando ao mundo vasto
Espere por desventura.
Não peças à Providencia
Muito almoço, muita ceia,
Que de carne farta e gorda
A sepultura está cheia.
De nada valem bons verbos
E códigos de bom-tom,
Se viveres falando a esmo
Sem praticar o que é bom.
No serviço edificante
Seja onde for, sê bem-vindo!
Recorda que enquanto dormes
Teu trabalho está dormindo.
Não te dês à bajulice,
O mais infeliz cortezão
Perde a paz da vida livre
E acaba na escravidão.
Se resistires à verdade,
Sarcástico, altivo e forte,
Serás por ela esperado
No campo de dor da morte.
Por: Casimiro Cunha, Do livro: Coletânea do Além, Médium: Francisco Cândido Xavier
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