O Regresso de Simão Pedro, por Maria Dolores
Levar o Amor
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Que eu leve o amor... a mim, em primeiro lugar.
Que eu leve o amor para dentro de mim, e que todo auto-ódio se converta em
chance, em nova chance.
Que eu me dê novas chances... de amar de novo, de acertar de novo, de dar ao
menos um pequeno passo adiante, afastando-me da estagnação.
Onde houver ódio em mim, que eu leve o amor; não esse amor de plástico,
disfarçado de complacência, que mais me engana do que me enobrece.
Que seja um amor maduro, que proclama seguro: Eu sei quem sou! Eu sei quem quero
ser!
Que eu leve o amor... à minha família.
Onde houver ódio em minha família, que eu leve o amor...
Que eu seja a luz, mesmo que pequenina, a iluminar a escuridão dos dias difíceis
em meu lar.
Que eu leve o amor aos que sofrem em silêncio e não querem falar de suas
mazelas. Que minhas preces e meu sorriso os guarde em paz...
Que eu leve o amor quando seja ofendido, maltratado, menosprezado, esquecido.
Que eu lembre de oferecer a outra face do ensino do Cristo.
Que eu leve o amor quando meus filhos sejam ingratos. Que minha ternura não
seque tão facilmente.
Que eu leve o amor quando meus pais não me compreendam e não sejam os pais que
gostaria de ter.
Que minha compreensão desperte de seu sono e perceba que eles buscam acertar,
que buscam dar o melhor de si, embora nem sempre tenham êxito.
São os pais que preciso. São os pais que me amam.
Que eu leve o amor quando o romance esfriar e algumas farpas de gelo me ferirem
o coração.
São os espinhos da convivência. Não precisam se transformar em ódio se o amor
assim desejar.
Que eu leve o amor... aos meus inimigos.
Que eu leve o amor mesmo a quem não me tem amor.
Que eu respeite. Que eu compreenda. Que eu não me entregue ao ódio tão
facilmente.
Que eu leve o amor aos que me querem mal, evitando aumentar seu ódio com meu
revide, com minha altivez.
Que ore por eles. Que lhes peça perdão em prece, mesmo muitas vezes não
recordando dos equívocos que macularam seus corações.
Que lhes mostre que ontem errei, mas que hoje estou diferente, renovado,
disposto a reconstruir o que destruí.
Que eu leve o amor... a minha sociedade.
Que eu leve o amor aos que não conheço, mas que fazem parte de meu mundo.
Que eu aprenda a chamá-los todos de irmãos...
Que eu leve o amor ao mundo, perfumando a Terra com bons pensamentos, com
otimismo, com alegria.
Que eu leve o amor aos viciados em más notícias, aos pessimistas, aos que já se
entregaram à derrota.
Que meu amor os faça ver a beleza da vida, das leis de Deus, do mundo em
progresso gerido por leis de amor Maior.
Que eu leve o amor aos carentes, do corpo e da alma. Que meu sorriso seja a
lembrança de que ainda há tempo para mudar, para transformar.
Sou agente transformador. Sou agente iluminador. Sou instrumento da paz no
mundo.
Que eu leve o amor...
Por: Momento Espírita, Redação do Momento Espírita. Disponível no CD Momento Espírita, v. 22 e no livro Momento Espírita, v. 9, ed. FEP. Do site: http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=4671&stat=0
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