Em Louvor da Caridade, por Fabiano de Cristo
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São muitos os que atravessamos a existência na Terra sem muitas preocupações
com os próprios atos.
Vivemos como se o nosso agir, a nossa postura perante a vida não fosse nossa
exclusiva responsabilidade.
Por esse motivo, despreocupados com qualquer tipo de consequência, vivemos com o
único propósito de amealhar, tirar vantagens pessoais.
Não falamos dos que se entregam, de forma explícita, a questões ilegais como o
roubo, o furto ou tráfico.
Dizemos de nós, os que na intimidade de grandes corporações, no luxo de
escritórios bem montados, atuamos no desvio de dinheiro público, na montagem de
balanços forjados, na estruturação de contratos fraudulentos.
Tudo porque imaginamos a vida como um grande jogo onde aquele que consegue mais
para si é o grande vencedor.
Outros de nós atuamos no mundo preocupados em agir de forma legal. Trata-se, no
entanto, de uma atuação no limite da legalidade, na preocupação de não sermos
pegos pela justiça, de não respondermos perante tribunais e juízes.
Não medimos esforços na busca de brechas na legislação, para encontrar meios de
conseguir vantagens e o que haja de melhor para nós mesmos.
Temos ciência de não estarmos contra a lei, entretanto, serão apenas códigos
humanos a nos ditar os limites de nossas ações.
Porém, não podemos nos esquecer de que a vida aqui na Terra não é patrimônio que
nos pertença.
Renascemos nas lides terrenas e retornamos à pátria espiritual sob o rigor da
lei Divina.
Dessa forma, todas as experiências terrenas estão sob a tutela dessa lei, cuja
finalidade maior é o aprendizado e o crescimento intelectual e moral de cada um
de nós.
Ao concluirmos a experiência física, seremos convidados a prestar contas de como
agimos, de todo o realizado ao longo dos anos que nos foram dados a viver.
Natural que assim seja, considerando que tudo o que dispomos na Terra, incluindo
nosso corpo físico, é a título de empréstimo. Nada nos pertence. Somos apenas
arrendatários.
Portanto, se andarmos no mundo burlando os limites da lei, haveremos de
responder, perante as leis humanas e no além túmulo.
Poderá ocorrer que, mesmo extrapolando os limites da moralidade, do correto, do
respeito ao próximo, os tribunais da Terra não nos alcancem. E poderemos nos
vangloriar de haver enganado a lei dos homens.
Mas, inevitavelmente, responderemos perante nossa consciência quando essa se
defrontar com nossos desacertos morais. Sempre haveremos de prestar conta de
nossos atos.
Diz o bom senso, então, que antes de agirmos, nos perguntemos se o que fazemos é
legal, moral.
Necessário analisar se nossos atos não prejudicam o próximo, não atribulam a
outrem, se não causam dificuldades a alguém.
Tudo que fizermos carrega o peso de nossa intencionalidade e haveremos de
responder pelas consequências.
Importante nos questionarmos a respeito de nossas próprias ações, quais os
valores que escolhemos para nossas decisões.
Afinal, serão eles que dirão da nossa felicidade ou desdita, no agora, logo mais
ou em momentos mais distantes.
Pensemos nisso.
Por: Momento Espírita, Redação do Momento Espírita. Do site: http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=4417&stat=0
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