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Não há mais dúvidas, através do conhecimento trazido pela Doutrina Espírita, de que estamos reencarnados para progredir. A finalidade da vida humana é mesmo promover o crescimento intelecto-moral dos espíritos vinculados ao planeta para que, de futuro, alcancem outros patamares evolutivos.

Ora, isto é extremamente abrangente. O próprio crescimento intelectual, apesar de galopante do ponto de vista coletivo, exige permanentes esforços individuais na aquisição da cultura, de habilidades, de experiências. A esfera profissional, o aprimoramento de qualquer área cultural e mesmo o amadurecimento interior (aqui incluídos o relacionamento familiar e social), especialmente no aspecto emocional e psicológico, está a solicitar a atenta observação intelectual daqueles que percebem os altos desígnios da vida humana.

Ocorre, porém, que atrelado a tudo isto, é imperiosa também a necessidade do progresso moral. Sim, a aquisição ou o desenvolvimento de virtudes, para dotar a experiência emocional e psicológica dos valores éticos e humanitários que dignificam nossa qualidade de filhos de Deus.

Nesta luta sem tréguas e difícil, porque exige esforço e participação pessoal, está incluída a conquista da liberdade. Sim, a liberdade responsável. A liberdade de agir, com consciência, de tomar decisões, de saber discernir entre o certo e o errado, de optar por caminhos equilibrados e coerentes, sem prejuízo do próximo – é importante que se destaque; enfim, de saber conduzir-se por si mesmo, sem que isto resulte em conseqüências danosas para si ou para qualquer pessoa.

Neste processo de independência intelecto-moral (que não é total nem exclusivo, pois somos interdependentes uns dos outros), iremos gradativamente assumindo nossa autêntica herança de seres espirituais. Sem deixar-se dominar pelo medo, por condução de terceiros (especialmente quando abusiva e exploradora), por inseguranças ou traumas.

E é exatamente por esta razão, a do amadurecimento que só a experiência vivida pode oferecer, que vivemos tantas atribulações e difíceis processos de relacionamento com outras pessoas e mesmo com nossas angústias interiores. É que estamos em caminho, estamos aprendendo. E todo aprendizado é tenso, lento, e muitas vezes difícil.

Natural que seja assim. Se não sabemos, temos que aprender. Para aprender, erramos (pois não sabíamos). Por sua vez, os erros trazem conseqüências que podem significar aflições, no entanto, propiciam experiência.

É o preço da evolução. Sairemos escolados deste processo, pois conquistaremos madureza intelectual, emocional, psicológica. Tendo aprendido no calor das experiências, saberemos tomar decisões sensatas, prudentes, sábias em muitos casos. Para evitar novos desastres, novas quedas.

O preço é este: esforço, interesse, constância, confiança, coragem. Coragem de prosseguir, isto sim. Porque, em última análise, a evolução individual não será feita pelos outros, mas pelo esforço de cada filho da Criação Divina, cuja felicidade e harmonia estão condicionados pelos méritos do próprio esforço pessoal.

Algum absurdo nisto? Não, apenas justiça!


Por: Orson Carrara, Texto enviado pelo próprio autor para publicação em nosso site


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