Educar para a Cooperação, por Orson Carrara
Como vai o movimento espírita na interiorana Mococa
Espírita desde 1997, Joana d´Arc da Silva Camargo é natural de Arceburgo
(MG), mas reside na cidade de Mococa (SP). Técnica em contabilidade na ativa, é
a atual vice-presidente do Núcleo Espírita Bezerra de Menezes, situado na cidade
do seu domicílio. Na entrevista que gentilmente nos concedeu, ela nos fala sobre
o movimento espírita de sua cidade.
Fale-nos sobre o movimento espírita em Mococa.
Mococa é uma cidade relativamente pequena, em torno de setenta e cinco mil
habitantes, localizada na divisa com o Sul de Minas Gerais. Mococa possui um
movimento espírita bem discreto (para meu “aborrecimento”), isso em função da
cidade ainda possuir resquícios do coronelismo que manipulava a população,
transformando o catolicismo a religião central da cidade, e infelizmente alguns
párocos ainda fazem críticas acirradas às demais denominações religiosas da
cidade.
Quando a instituição a que se vincula foi fundada e por quem?
O Núcleo Espírita Bezerra de Menezes foi fundado em 13 de julho de 1987 por
Júlio César Cilino, Sílvia Lilian Delduca Cilino e Sirene Marche Moraes, estes
ainda atuantes na casa, dentre outros irmãos que já não atuam na casa, mas
continuam nas lides espíritas.
Quanto à presença da Rede Boa Nova de Rádio e TV Mundo Maior na cidade, qual a
sua avaliação? Desde quando são sintonizadas na cidade?
A Rede Boa Nova de Rádio esteve presente na cidade de 2009 a 2017 através de
ondas curtas de uma rádio local e veio trazer um esclarecimento muito importante
sobre a doutrina espírita aos leigos e preconceituosos. Atualmente temos acesso
à Rádio e a TV Mundo Maior apenas via internet.
Da história espírita da cidade o que mais lhe chama atenção? Por quê?
Chama-me atenção na história espírita da cidade a perseverança daqueles que
realmente abraçam a doutrina, porque, apesar dos preconceitos que às vezes
enfrentamos, fico a imaginar o que, setenta ou oitenta anos atrás, os espíritas
da cidade enfrentaram. Isso demonstra a grandeza e a verdade da doutrina
espírita.
De suas lembranças pessoais nas atividades espíritas, o que gostaria de
destacar?
Tenho boas lembranças das atividades ao longo dos anos, primeiro como
frequentadora, quando ainda era criança, indo com minha saudosa mãe. A casa que
ela frequentava até hoje realiza reuniões mediúnicas abertas ao público. Minha
mãe sentava-se à mesa para trabalhar e eu, como era muito apegada a ela, ia pra
debaixo da mesa, sentava-me nos pés dela, me agarrava em suas pernas, e só assim
me sentia segura! Me recordo também, depois de adulta, das tarefas de entrega da
sopa fraterna, porque trabalhava bastante, às vezes das 7h às 13h, e não me
sentia cansada!
Sobre a proximidade da cidade com Minas Gerais, o que você pode dizer?
Acho Mococa meio que perdida e parada no tempo, pois as cidades da região,
algumas bem menores que Mococa, têm um movimento espírita muito mais intenso;
por outro lado amo esta terra, sem contar que estou mais próxima de minhas
origens, às quais tenho muita gratidão e amor.
Algo marcante que gostaria de relatar de suas experiências nas lides espíritas?
Sim, tenho muitas coisas marcantes, como a que ocorreu um ano atrás, quando
recebi na Comunidade onde militavam meus grandes amigos Ismael e Joana, na
cidade de Guaxupé (MG), uma psicografia de meu pai, que não “conheci”, pois ele
desencarnou pela via do suicídio há cinquenta e dois anos. Mas procuro me deixar
marcar pelos ensinamentos que a abençoada doutrina me trouxe e continua
trazendo.
Algo mais que gostaria de acrescentar?
Apesar de algumas limitações de minha pessoa, sou muito feliz por militar na
doutrina que abracei.
Suas palavras finais.
Agradeço o convite do irmão e amigo Orson e, como ele mesmo diz: PROSSIGA! Paz e
Luz a todos.
Autor: Joana d'Arc da Silva Camargo
Todo esse material provém dos sites: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo e da Revista Eletrônica O Consolador.
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