Intercâmbio Internacional, por Orson Carrara
Tremendo Cirurgião ou Cirurgião Tremendo
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Costumamos muitas vezes, abusando do idioma ou com correta adjetivação, para
referirmo-nos a pessoas que se destacam em sua área de atuação – profissional ou
não – usar palavras como “brilhante”, “nota dez”, “top de linha”, “competente”,
“talentoso”, “muito capacitado” e até mesmo “tremendo”. Então, já que usamos a
palavra no título, vamos explorá-la.
É prática comum dizermos que aquele médico é um “tremendo cirurgião”, como
poderíamos dizer um “tremendo atleta” ou “tremendo profissional”. Isso porque
reconhecemos a capacidade da pessoa em sua área profissional ou mesmo fora dela.
O indivíduo destaca-se pela especialização em sua área, sendo na maioria das
vezes reconhecido com homenagens, boa remuneração no caso profissional e há
exemplos, inclusive, que viraram motivação para filmes, como é o caso do
belíssimo filme “Mãos talentosas”, com a história real do médico neurocirurgião
Benjamin Carson, que fez a primeira cirurgia bem sucedida de separação de gêmeos
siameses grudados pela cabeça. Sua vida de origem humilde, sendo negro e pobre,
virou filme. É um exemplo real de um “tremendo cirurgião”.
Por que a temática? Ah porque envolve compromissos....
Um “tremendo cirurgião” ou qualquer outro “tremendo” em sua prática usual de
vida, não é fruto do acaso. É fruto, como fácil de reconhecer, de muito esforço,
dedicação plena, perseverança, inúmeras vezes sacrifícios variados difíceis de
serem dimensionados. Mas igualmente é planejamento antes da vinda ao planeta, no
processo de reencarnação, trazendo bagagens já acumuladas de experiências
anteriores. Ninguém é “tremendo” no que faz sem esforços continuados através do
tempo. Tempo que não se resume a uma ou duas existências. Na maioria dos casos,
um planejamento de reencarnação se efetua levando-se em conta as bagagens
anteriores (todas elas reunindo intelecto, moralidade, habilidades e mesmo os
aspectos psicológicos e emocionais), mas, é claro, as tarefas vindouras,
atendendo as carências e necessidades do protagonista e envolvidos com o
compromisso assumido pelo grupo de espíritos que juntos programam o retorno à
vida carnal. Sugerimos ao leitor buscar o livro “Missionários da Luz”,
especialmente nos capítulos 12 a 15.
Ressalte-se que nas e para as especialidades específicas com que se apresentam
os lidadores das profissões variadas ou outras atuações voluntárias há, pois,
todo um preparo carinhosamente acompanhado pelos benfeitores espirituais para
que a empreitada a ser levada a efeito tenha bom êxito.
Quando, porém, ainda não temos experiência nas decisões e ações a que venhamos a
nos dedicar, convenhamos que poderemos ser um “cirurgião tremendo” com a falta
de habilidade. O que também ocorre com outras profissões ou na direção de
instituições e mesmo no diálogo com os espíritos em reuniões mediúnicas ou
atendendo o público, onde poderemos ser um “esclarecedor tremendo” ou um
“atendente tremendo”.
Quando o “tremendo” vem depois é a falta de experiência (no primeiro emprego ou
em tantas outras situações), que vamos adquirir com o tempo (oriunda da
dedicação, do esforço ou das bagagens) para que o “tremendo” venha antes....
Como aconteceu também com o “tremendão” Erasmo Carlos, no Brasil, ou com o
garoto “Endrick”, entre outros craques mirins do futebol e mesmo os gênios
precoces da matemática, da música, de talentosas crianças que muito cedo
surpreendem pela sabedoria e habilidade em áreas que não tiveram tempo ainda de
aprender ou desenvolver.
Para aprofundar o assunto sugerimos também estudo das questões 222 (que é um
capítulo inteiro), mas especialmente as questões 258 a 273, de O Livro dos
Espíritos. O assunto é dinâmico, envolvente e muito didático na questão da
realidade das encarnações e dos desafios de aprendizado, mas também das
especializações que se apresentam.
Muitos autores já se dedicaram à pesquisa da reencarnação, inclusive não
espíritas. Mas com o Espiritismo, a questão do PLANEJAMENTO e o aproveitamento
das bagagens que permanecem, o assunto se amplia de maneira extraordinária.
Por: Orson Carrara, Texto enviado pelo autor para publicação em nosso site
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