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Não existe mal em possuir o dinheiro.

O mal decorre da invigilância, quando permitimos na Terra que o dinheiro nos possua.

A fortuna é responsabilidade.

A moeda é instrumento.

Certo que o ouro transviado garante furna brilhante ao vício; contudo, não é menos certo que o ouro dignamente conduzido assegura pouso à atividade edificante.

A finança que patrocina os excessos da mesa é igual aquela outra que se faz pão em socorro dos companheiros que enlanguescem de fome.

Recursos materiais que favorecem o mercado de entorpecentes, são aqueles mesmos que alimentam a forja bendita da indústria.

Orientemos o dinheiro na direção da caridade e se transfigurará ele em sementeira de bênçãos.

Empreguemos simples migalha de que possamos dispor, em benefício dos semelhantes e verificaremos que alguns cruzeiros realizam vasta lavoura de simpatia e cooperação que os mais alentados créditos bancários não conseguiriam comprar.

Observemos a fonte que espalha os tesouros da natureza.

Se prossegue no curso traçado, será sempre a base da vida, nas se frustrada na tarefa que lhe cabe cumprir, gera o pântano, que canaliza a morte.

Dinheiro será sempre um agente do bem para que o mal desapareça da Terra. O essencial é que venhamos a utilizá-lo a serviço do próximo, na direção da felicidade de todos.

À vista disso, se podes amparar alguém com o dinheiro que te foi confiado, não adies para amanhã o trabalho de fraternidade que pretendes fazer.


Por: André Luiz, Do livro: Marcas do Caminho, Médium: Francisco Cândido Xavier - Espíritos diversos


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