C.E.
Caminhos de Luz |
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Oi Alma Irmã, nossas Fraternais
Saudações! |
Que esta MSG te encontre em Paz
e com Saúde!!! Obrigado pela
companhia! |
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Nem nos damos conta
da utilidade de uma
pia na cozinha. Por
décadas nos servem
na higiene de
pratos, panelas,
talheres e outros
utensílios. Com água
e esgoto encanados,
seu uso é de
validade
extraordinária na
produção e higiene
dos alimentos, antes
e depois das
refeições. Várias
vezes ao dia, desde
o café da manhã até
a leve refeição da
noite. Bem próximo
dela, nos reunimos
comumente em
família, para os
deliciosos cafés da
tarde, nos almoços e
jantares ou leves
lanches, valendo-nos
de sua presença
silenciosa e útil,
providencial e muito
oportuna.
Quantas confissões
ela já não
presenciou e
registrou, absorveu
em si mesma na
estrutura material
que lhe caracteriza,
impregnada das
vibrações de uma
família, onde a
cozinha é o local
onde mais se reúnem
as famílias para os
variados diálogos da
vida cotidiana.
Quanto lavar as
louças!!!!, diriam
maridos e esposas,
diante do dinamismo
do que se passa na
cozinha, valendo-se
dos benefícios de
uma pia que, por
mais simples ou
sofisticada que
seja, não deixa de
ser uma valorosa
companheira
familiar. Está
sempre,
continuamente,
saturada de louças,
panelas, talheres,
alimentos em preparo
ou higienizados para
a geladeira. Várias
vezes ao dia.
Podemos fazer, com
essa ideia ou
utensílio tão
esquecido, várias
comparações, a
depender da
imaginação de cada
um. Vamos aqui
compará-la ao corpo
físico que
utilizamos ou à
importância da
existência material,
no corpo, por
décadas seguidas.
Quantas situações
rotineiras,
repetidas
diariamente?!
Higiene pessoal,
afazeres domésticos
e profissionais,
repetidos
continuamente... Com
quantas pessoas,
situações e
circunstâncias tão
diversas não nos
envolvemos
diariamente?! Todas
passam por nós, com
elas aprendemos ou
ensinamos, somos
desafiados ou
desafiamos,
negligenciamos ou
nos omitimos, somos
indiferentes ou
operosos?! E lá
estamos nós,
ocupando um corpo
durante um certo
tempo, expostos à
diversidade das
ocorrências. Sempre
aprendendo algo, às
vezes desejando
fugir de algo ou
alguém, muitas vezes
temerosos e em
outras, decididos,
encorajados ou
preguiçosos,
acomodados. E nem
percebemos que
também podemos nos
colocar na condição
de servidores, como
uma pia... que
serve...
continuamente, sem
reclamar,
sujeitando-se à
disciplina, limpeza
ou organização do
habitante daquela
residência.
Assim como nas pias
de indústrias,
restaurantes,
banheiros
individuais ou
coletivos, a
utilidade é a mesma:
sempre a disposição
de servir. Em
silêncio e com
presença
perseverante,
assemelhando-se a
alguém disposto a
socorrer ou pronto
para servir.
Assim como é um
tanto desanimador
ver uma pia de
cozinha após um
almoço familiar aos
domingos, que merece
até uma foto para a
rede social com os
dizeres: “Coragem,
vamos lá!”, é
preciso também
coragem diante dos
desafios diários.
Levantar a cabeça,
prosseguir e guardar
consigo aquela
diretriz da vida:
“Em que e como posso
ser útil agora?”
A vida material é um
estágio
valiosíssimo, nunca
deve ser desprezada.
Temos muitas
vantagens sobre uma
pia. Esta está lá,
fixa, presa na
parede, mas mesmo
assim serve sem
cessar. Nós podemos
nos movimentar,
somos capazes de
pensar e sentir e
buscar alternativas
na solução dos
desafios. A pia não
tem outra
alternativa: ela
deve servir de base
para tudo que
precisa ser
higienizado,
estrutura-se com
água encanada,
vale-se dos
detergentes e
direciona seus
detritos para o lixo
ou para o esgoto,
sempre sob ação
humana. Ação humana
que pode abandoná-la
à sujeira, entupi-la
ou enfeia-la por
descuido e aí se
abrem imensos outros
ângulos de abordagem
que deixo à
imaginação do
leitor.
Pensando, pois, em
tais benefícios,
especialmente da
companhia útil,
silenciosa, discreta
e servidora de uma
pia, mas também nos
descuidos para com
ela sob ação humana
negligente, que
tenhamos sempre o
discernimento de
cuidar de nós mesmos
e também daqueles
que convivem
conosco.
Sim, para que não
sejamos “torneiras”
que “pingam”
reclamações ou
palavrões a todo
instante ou não
sejamos detritos que
“entopem” nossos
entes queridos com
acusações ou
agressividades
dispensáveis (aliás
acusações e
agressividades são
sempre dispensáveis)
ou fiquemos a
“vazar” maledicência
ou revolta,
contaminando os
ambientes.
Muito melhor a
discrição, a boa
vontade, a
disposição, o desejo
de ser útil no
ambiente onde
estamos. Afinal,
aproveitando a mesma
figura ilustrativa,
se a louça ali está
para ser lavada,
levantemos e vamos
ao trabalho,
servindo sempre!
Esse texto nasceu
hoje ao observar a
pia durante o café
da manhã. |
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|
por Orson Carrara |
Texto enviado pelo
autor para
publicação em nosso
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