C.E. Caminhos de Luz |
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Oi Alma Irmã, nossas Fraternais Saudações! |
Que esta MSG te encontre em Paz
e com Saúde!!! Obrigado pela companhia! |
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Depois das primeiras
prédicas de Jesus,
respeito aos
trabalhos ingentes
que a edificação do
reino de Deus exigia
dos seus discípulos,
esboçou-se na
fraterna comunidade
um leve movimento de
incompreensão. Quê?
pois a Boa Nova
reclamaria tamanhos
sacrifícios? Então o
Senhor, que sondava
o íntimo de seus
companheiros
diletos, os reuniu,
uma noite, quando a
turba os deixara a
sós e já
algumas horas haviam
passado sobre o pôr
do Sol.
Interrogando-os
vivamente, provocou
a manifestação dos
seus pensamentos e
dúvidas mais
íntimas. Após
escutar-lhes as
confidências simples
e sinceras, o Mestre
ponderou:
Na causa de Deus, a
fidelidade deve ser
uma das primeiras
virtudes. Onde o
filho e o pai que
não desejam
estabelecer, como
ideal de união, a
confiança integral e
recíproca? Nós não
podemos duvidar da
fidelidade do Nosso
Pai para conosco.
Sua dedicação nos
cerca os espíritos,
desde o primeiro
dia. Ainda não o
conhecíamos e já ele
nos amava. E, acaso,
poderemos desdenhar
a possibilidade da
retribuição? Não
seria repudiarmos o
título de filhos
amorosos, o fato de
nos deixarmos
absorver no
afastamento,
favorecendo a
negação?
Como os discípulos o
escutassem atentos,
bebendo-lhe os
ensinos, o Mestre
acrescentou:
Tudo na vida tem o
preço que lhe
corresponde. Se
vacilais receosos
ante as bênçãos do
sacrifício e as
alegrias do
trabalho, meditai
nos tributos que a
fidelidade ao mundo
exige. O prazer não
costuma cobrar do
homem um imposto
alto e doloroso?
Quanto pagarão, em
flagelações íntimas,
o vaidoso e o
avarento?
Qual o preço que o
mundo reclama ao
gozador e ao
mentiroso?
Ao clarão alvacento
da Lua, como pai
bondoso rodeado de
seus filhinhos,
Jesus reconheceu que
os discípulos,
diante das suas
cariciosas
perguntas, haviam
transformado a
atitude mental, como
que iluminados por
súbito clarão.
Timidamente, Tiago,
filho de Alfeu,
contou a história de
um amigo que
arruinara a saúde,
por excessos nos
prazeres
condenáveis.
Tadeu falou de um
conhecido que,
depois de ganhar
grande fortuna, se
havia tornado
avarento e mesquinho
a ponto de privar-se
do necessário, para
multiplicar o número
de suas moedas,
acabando assassinado
pelos ladrões.
Pedro recordou o
caso de um pescador
de sua intimidade,
que sucumbira
tragicamente, por
efeito de sua
desmedida ambição.
Jesus, depois de
ouvi-los,
satisfeito,
perguntou:
Não achais enorme o
tributo que o mundo
exige dos que se
apegam aos seus
gozos e riquezas? Se
o mundo pede tanto,
por que não poderia
Deus pedir-nos
lealdade ao coração?
Trabalhamos agora
pela instituição
divina do seu reino
na Terra; mas, desde
quando estará o Pai
trabalhando por nós?
As interrogativas
pairavam no espaço
sem resposta dos
discípulos, porque,
acima de tudo, eles
ouviam a que lhes
dava o próprio
coração.
Do firmamento
infinito os reflexos
do luar se
projetavam no lençol
tranqüilo do lago,
dando a impressão de
encantador caminho
para o horizonte,
aberto sobre as
águas, por entre
deslumbramentos de
luz.
Enquanto os
companheiros
meditavam no que
dissera Jesus, Tiago
se lhe dirigiu,
nestes termos:
Mestre, tenho um
amigo, de Corazim,
que vos ouviu a
palavra santificante
e desejava
seguir-vos; porém,
asseverou-me que o
reino pregado pela
vossa bondade está
cheio de numerosos
obstáculos,
acrescentando que
Deus deve mostrar-se
a nós outros somente
na vitória e na
ventura. Devo
confessar que
hesitei ante as suas
observações, mas,
agora, esclarecido
pelos vossos
ensinamentos, melhor
vos compreendo e
afirmo-vos que nunca
esquecerei minha
fidelidade ao
reino!...
A voz do apóstolo,
na sua confissão
espontânea, se
revelava tocada de
entusiasmo doce e
amigo e o Senhor,
aproveitando a hora
para a semeadura
divina, exclamou,
bondoso:
Tiago, nem todos
podem compreender a
verdade de uma só
vez. Devemos
considerar que o
mundo está cheio de
crentes que não
entendem a proteção
do céu, senão nos
dias de
tranqüilidade e de
triunfo. Nós, porém,
que conhecemos a
vontade suprema,
temos que lhe seguir
o roteiro. Não
devemos pensar no
Deus que concede,
mas no Pai que
educa; não no Deus
que recompensa, sim
no Pai que
aperfeiçoa. Daí se
segue que a nossa
batalha pela
redenção tem de ser
perseverante e sem
trégua...
Nesse ínterim, todos
os companheiros de
apostolado,
manifestando o
interesse que os
esclarecimentos da
noite lhes causavam,
se puseram a
perguntar, com
respeito e carinho:
Mestre exclamou um
deles —, não seria
melhor exigirmos do
mundo para viver na
incessante
contemplação do
reino?...
Que diríamos do
filho que se
conservasse em
perpétuo repouso,
junto de seu pai que
trabalha sem cessar,
no labor da grande
família? respondeu
Jesus.
Mas, de que modo se
há de viver como
homem e como
apóstolo do reino de
Deus na face deste
mundo?
inquiriu Tadeu.
Em verdade
esclareceu o Messias
—, ninguém pode
servir,
simultaneamente, a
dois senhores. Fora
absurdo viver ao
mesmo tempo para os
prazeres condenáveis
da Terra e para as
virtudes sublimes do
céu.
O discípulo da Boa
Nova tem de servir a
Deus, servindo à sua
obra neste mundo.
Ele sabe que se acha
a laborar com muito
esforço num grande
campo, propriedade
de seu Pai, que o
observa com carinho
e atenta com amor
nos seus trabalhos.
Imaginemos que esse
campo estivesse
cheio de inimigos:
por toda parte,
vermes asquerosos,
víboras peçonhentas,
tratos de terra
improdutiva. É certo
que as forças
destruidoras
reclamarão a
indiferença e a
submissão do filho
de Deus; mas, o
filho de coração
fiel a seu Pai se
lança ao trabalho
com perseverança e
boa-vontade. Entrará
em luta silenciosa
com o meio,
sofrer-lhe-á os
tormentos com
heroísmo espiritual,
por amor do reino
que traz no coração
plantará uma flor
onde haja um
espinho; abrirá uma
senda, embora
estreita, onde
estejam em confusão
os parasitos da
Terra; cavará
pacientemente,
buscando as
entranhas do solo,
para que surja uma
gota dágua onde
queime um deserto.
Do íntimo desse
trabalhador brotará
sempre um cântico de
alegria, porque Deus
o ama e segue com
atenção.
Qual a primeira
qualidade a cultivar
no coração perguntou
um dos filhos de
Zebedeu —, para que
nos sintamos
plenamente
identificados com a
grandeza espiritual
da tarefa?
Acima de todas as
coisas respondeu o
Mestre é preciso ser
fiel a Deus.
A pequena assembléia
parecia altamente
enlevada e
satisfeita; mas,
André inquiriu:
Mestre, nestes
últimos dias,
tenho-me sentido
doente e receio não
poder trabalhar como
os demais
companheiros. Como
poderei ser fiel a
Deus, estando
enfermo?
Ouve! - replicou o
Senhor com certa
ênfase. Nos dias de
calma, é fácil
provar-se fidelidade
e confiança. Não se
prova, porém,
dedicação,
verdadeiramente,
senão nas horas
tormentosas, em que
tudo parece
contrariar e
perecer. O enfermo
tem consigo diversas
possibilidades de
trabalhar para Nosso
Pai, com mais altas
probabilidades de
êxito no serviço.
Tateando ou
rastejando,
busquemos servir ao
Pai que está nos
céus, porque nas
suas mãos divinas
vivem no Universo
inteiro!...
André, se algum dia
teus olhos se
fecharem para a a
luz da Terra, serve
a Deus com a tua
palavra e com os
ouvidos; se ficares
mudo, toma, assim
mesmo, a charrua,
valendo-te das tuas
mãos. Ainda que
ficasses privado dos
olhos e da palavra,
das mãos e dos pés,
poderias servir a
Deus com a paciência
e a coragem, porque
a virtude é o verbo
dessa fidelidade que
nos conduzirá ao
amor dos amores!
O grupo dos
apóstolos calara-se,
impressionado, ante
aquelas
recomendações. O
luar esplendia sobre
as águas
silenciosas. O mais
leve ruído não traía
o silêncio augusto
da hora.
André chorava de
emoção, enquanto os
outros observavam a
figura do Cristo,
iluminada pelos
clarões da Lua,
deixando entrever um
amoroso sorriso.
Então, todos,
impulsionados por
soberana força
interior, disseram,
quase a um só tempo:
Senhor, seremos
fiéis!..
Jesus continuou a
sorrir, como quem
sabia a intensidade
da luta a ser
travada e conhecia a
fragilidade das
promessas humanas.
Entretanto, do
coração dos
apóstolos jamais se
apagou a lembrança
daquela noite
luminosa de
Cafarnaum, aureolada
pelo ensinamento
divino. Humilhados e
perseguidos,
crucificados na dor
e esfolados vivos,
souberam ser fiéis,
através de todas as
vicissitudes da
Natureza, e,
transformando suas
angústias e seus
trabalhos num
cântico de
glorificação, sob a
eterna inspiração do
Mestre, renovaram a
face do mundo. |
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pelo Espírito
Humberto de Campos |
Do Livro:
Boa Nova, Médium:
Francisco Cândido
Xavier. |
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