C.E.
Caminhos de Luz |
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Oi Alma Irmã, nossas Fraternais
Saudações! |
Que esta MSG te encontre em Paz
e com Saúde!!! Obrigado pela
companhia! |
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Acredita você que
tenhamos perdido o
fio da inspiração,
se é que o possuímos
em algum tempo, e
acentua que, na
condição de espírito
desencarnado,
assemelhamo-nos hoje
a outra pessoa,
inidentificável e
distante, para não
dizer idiota e
pueril. Declara que
sente falta de
graça, em nossas
crônicas atuais,
“insulsas e vagas”,
qual se houvéssemos
perdido o contacto
com a Terra e com os
homens, esquecendo a
literatura e
acriançando o
pensamento.
Queria você que nos
detivéssemos nos
chamados assuntos
palpitantes do
mundo, efetuando o
“strip-tease” desse
ou daquele
escândalo, no palco
da imprensa, com
objetivos de
regeneração dos
costumes, como se
não conhecêssemos, e
de sobra, o
picadeiro da
pilhéria humana,
onde, por mal de
nossos pecados, já
desempenhamos a
função de palhaço.
Afirma, ainda, que
teríamos olvidado a
Mitologia e o gosto
das citações para
nos acomodarmos “tão
somente ao estilo
trivial dos que
ensaiam frases
comoventes para
conforto de
estivadores e
lavadeiras”, como se
lavadeiras e
estivadores não
fossem gente igual a
nós.
Que não desfrutamos
competência para a
arte da redação, é
coisa vulgarmente
sabida. Se há o que
estranhar em sua
carta é a impressão
de que nos
acharíamos
presentemente
modificados, o que,
em verdade, não
sucede. Sou o mesmo
jornalista
desenxabido, sem a
ilusão de estar
servindo caviar no
cardápio das letras,
quando apenas dispõe
de algum refogado
pobre para oferecer
aos amigos.
Em socorro do que
asseveramos, basta
recorrer às
informações do nosso
colega Eloy Pontes,
quando escrevia as
suas impressões em
“O Globo”, de há
bons trinta anos.
Esse distinto
crítico de nossa
lavoura livresca, em
páginas saborosas,
que se transferiram
do jornal para a sua
primeira série de
“Obra Alheia”,
assegurou a nosso
respeito: “Lida uma
das crônicas atuais
do Sr..........
estão lidas todas.
Ele é
monocórdio...”.
E acrescenta noutro
passo da mencionada
apreciação, em se
referindo a nós:
“Ele não tira coisa
alguma de si. Não é
o que se denomina,
geralmente, um
inspirado. É um
paciente. Os velhos
assuntos bíblicos,
os antigos elementos
das lendas
orientais, os
pretextos cediços de
símbolos que o tempo
impôs, formam a
arquitetura do
volume. O
Sr...........
pertence ao número
dos que escrevem
porque leram. Não
descobrimos, ao
longo destas
páginas, nenhum
sinal de emoção
própria. As emoções
aqui são de
reminiscências. De
resto, recapitulando
os volumes que vêm
enfileirados na
bibliografia do
autor, sentimos que
sua obra em prosa
também se fez de
alinhavos, de
remendos, de
chiffons”.
Não nos reportamos
aos apontamentos do
estimado
companheiro, com a
idéia de lançar
pimenta no assunto,
mas para confirmar,
com sinceridade, que
ele se expressava,
desse modo, com
plena razão.
Francamente, meu
caro, o que
produzimos hoje,
através de um
médium, é tão sem
originalidade agora
quanto antes.
Carregando o carro
enxundioso da vida
física ou
envergando o
envoltório mais leve
do plano espiritual,
mu cérebro é a mesma
lamparina de
artesão, com que
lavro a canivete a
preciosa madeira do
vernáculo, que
tantos filigranam
com o buril da
inteligência,
inflamado a fogo
sagrado de
inspiração.
Não inculpe, assim,
as antenas
medianímicas, com
relação à minha
pobreza intelectual.
Se nos exprimimos,
na situação de
escriba anônimo da
verdade, cada vez
mais
despretensiosamente,
creia que nunca é
tarde a fim de
reconhecer que o
jornalista ou o
escritor, por mais
insignificantes,
qual acontece em meu
caso, são chamados
pela vida a escrever
para os outros e não
para si mesmos. E,
atingindo semelhante
conhecimento de
posição, é imperioso
anotar o que estamos
fazendo com os
poderes mágicos do
alfabeto.
Escrever, sim, mas
escrever com
proveito,
entendendo-se que a
pena é o instrumento
da palavra e a
palavra edifica e
destrói, tanto
quanto rebaixa ou
santifica.
Isso é o que, em sã
consciência, nos
sentimos na
obrigação de
explicar-lhe. Quanto
a estarmos
funcionando, no
domínio das letras,
“tanto tempo depois
de morto”, qual
proclama você,
supomos que isso
ocorre à face de
caridosa concessão
da Misericórdia
Divina, de vez que
não escondo a
alegria de poder
trabalhar com as
palavras, embora
isso, no fundo, deva
constituir
igualmente uma
provação. Esteja
certo, entretanto,
de que aspiramos,
profundamente,
agora, a lidar com
as letras, no
terreno do espírito,
com a cautela de um
lavrador que se
esmerasse em
cultivar batatas,
depois de muita
desilusão com as
plantas empregadas
na valorização dos
entorpecentes.
Isso, meu prezado
amigo, é o que vamos
atualmente
procurando aprender
e fazer, desejando,
porém, que você, ao
chegar aqui, venha a
conseguir coisa
melhor. |
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pelo Espírito Irmão
X |
Do livro: Cartas e
Crônicas.
Médium: Francisco
Cândido Xavier. |
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