C.E.
Caminhos de Luz |
|
|
|
|
|
Oi Alma Irmã, nossas Fraternais
Saudações! |
Que esta MSG te encontre em Paz
e com Saúde!!! Obrigado pela
companhia! |
|
 |
PRECIOSIDADE
ESQUECIDA
EM A
GÊNESE |
|
|
|
|
Convenhamos com
honestidade. Ficamos
nos batendo em
tantas questões
absolutamente
dispensáveis e
medíocres e
esquecemos o
essencial. O
conhecimento
espírita, sempre
disponível e com
ampla facilidade de
consulta –
ressaltando-se a
qualidade expressiva
de muitos conteúdos
– remete-nos
naturalmente a uma
intensa alegria e
gratidão à vida por
tantas oportunidades
de aprendizado.
Um texto esquecido,
como tantos outros,
está em A Gênese, no
capítulo VI –
Uranografia Geral,
exatamente no item
2, abordando a velha
questão do tempo.
Transcrevo na
íntegra (o texto não
é longo),
estimulando o leitor
à leitura, dada a
grandeza do texto e
a reflexão de
entusiasmo a que
remete. Sugiro
leitura atenta. O
texto é muito
precioso.
“2. Como a palavra
espaço, tempo é
também um termo já
por si mesmo
definido. Dele se
faz ideia mais
exata,
relacionando-o com o
todo infinito. O
tempo é a sucessão
das coisas. Está
ligado à eternidade,
do mesmo modo que as
coisas estão ligadas
ao infinito.
Suponhamo-nos na
origem do nosso
mundo, na época
primitiva em que a
Terra ainda não se
movia sob a divina
impulsão; numa
palavra: no começo
da gênese. O tempo
então ainda não
saíra do misterioso
berço da natureza e
ninguém pode dizer
em que época de
séculos nos achamos,
porquanto o balancim
dos séculos ainda
não foi posto em
movimento.
Mas, silêncio! soa
na sineta eterna a
primeira hora de uma
Terra insulada, o
planeta se move no
espaço e desde então
há tarde e manhã.
Para lá da Terra, a
eternidade permanece
impassível e imóvel,
embora o tempo
marche com relação a
muitos outros
mundos. Para a
Terra, o tempo a
substitui e durante
uma determinada
série de gerações
contar-se-ão os anos
e os séculos.
Transportemo-nos
agora ao último dia
desse mundo, à hora
em que, curvado sob
o peso da vetustez,
ele se apagará do
livro da vida para
aí não mais
reaparecer.
Interrompe-se então
a sucessão dos
eventos; cessam os
movimentos
terrestres que
mediam o tempo e o
tempo acaba com
eles. Esta simples
exposição das coisas
que dão nascimento
ao tempo, que o
alimentam e deixam
que ele se extinga,
basta para mostrar
que, visto do ponto
em que houvemos de
colocar-nos para os
nossos estudos, o
tempo é uma gota d’água
que cai da nuvem no
mar e cuja queda é
medida.
Tantos mundos na
vasta amplidão,
quantos tempos
diversos e
incompatíveis. Fora
dos mundos, somente
a eternidade
substitui essas
efêmeras sucessões e
enche tranquilamente
da sua luz imóvel a
imensidade dos céus.
Imensidade sem
limites e eternidade
sem limites, tais as
duas grandes
propriedades da
natureza universal.
O olhar do
observador, que
atravessa, sem
jamais encontrar o
que o detenha, as
incomensuráveis
distâncias do
espaço, e o do
geólogo, que remonta
além dos limites das
idades, ou que desce
às profundezas da
eternidade de faces
escancaradas, onde
ambos um dia se
perderão, atuam em
concordância, cada
um na sua direção,
para adquirir esta
dupla noção do
infinito: extensão e
duração. Dentro
desta ordem de
ideias, fácil nos
será conceber que,
sendo o tempo apenas
a relação das coisas
transitórias e
dependendo
unicamente das
coisas que se medem,
se tomássemos os
séculos terrestres
por unidade e os
empilhássemos aos
milheiros, para
formar um número
colossal, esse
número nunca
representaria mais
que um ponto na
eternidade, do mesmo
modo que milhares de
léguas adicionadas a
milhares de léguas
não dão mais que um
ponto na extensão.
Assim, por exemplo,
estando os séculos
fora da vida etérea
da alma, poderíamos
escrever um número
tão longo quanto o
equador terrestre e
supor-nos
envelhecidos desse
número de séculos,
sem que na realidade
nossa alma conte um
dia a mais. E
juntando, a esse
número indefinível
de séculos, uma
série de números
semelhantes, longa
como daqui ao Sol,
ou ainda mais
consideráveis, se
imaginássemos viver
durante uma sucessão
prodigiosa de
períodos seculares
representados pela
adição de tais
números, quando
chegássemos ao
termo, o
inconcebível
amontoado de séculos
que nos passaria
sobre a cabeça seria
como se não
existisse: diante de
nós estaria sempre
toda a eternidade.
O tempo é apenas uma
medida relativa da
sucessão das coisas
transitórias; a
eternidade não é
suscetível de medida
alguma, do ponto de
vista da duração;
para ela, não há
começo, nem fim:
tudo lhe é presente.
Se séculos de
séculos são menos
que um segundo,
relativamente à
eternidade, que vem
a ser a duração da
vida humana?!”
Que reflexão
belíssima! Dá mesmo
para continuar
batendo a cabeça com
preocupações ou
pretensões vãs? Não
é melhor concentrar
os interesses no que
realmente importa? |
|
|
|
por Orson Carrara |
Texto enviado pelo
autor para
publicação em nosso
site. |
|
|
|
PERDEU ALGUMA
MENSAGEM? |
Acesse todas as
mensagens enviadas
em nossa Newsletter. |
|
|
|
|
|