C.E.
Caminhos de Luz |
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Oi Alma Irmã, nossas Fraternais
Saudações! |
Que esta MSG te encontre em Paz
e com Saúde!!! Bon final de
Semana!!! Obrigado pela
companhia! |
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Você pergunta, meu
amigo, pelas razões
que nos levam a
escrever tanto.
Não deveríamos
procurar a Corte
Celestial para
repouso? Teríamos
tamanha saudade da
tarefa humana, a
ponto de
reabsorver-lhe,
voluntariamente, as
angústias? A seu
ver, o sepulcro
seria o caminho
ideal para o
esquecimento
absoluto.
Até aí, sua
indagação se perde
no domínio do comum,
quanto aos motivos
que o compelem a
trabalhar pela
garantia da própria
felicidade.
Seu inquérito,
contudo, vai mais
além. Deseja saber
porque nos dedicamos
ao assunto
religioso.
– “Todos os
espíritos
desencarnados –
alega espantadiço –
se empenham na
difusão dos
princípios de fé e
caridade.
Emparelham-se com os
pregadores
insistentes do alto
dos púlpitos. Não
possuiremos
suficiente número de
ministros e padres
no mundo?”
Equivoca-se em
semelhante
generalização. Nem
todos os
desencarnados se
consagram, ainda, a
serviço tão nobre.
Milhões deles
permanecem imantados
à Crosta do Mundo,
impedindo o
progresso mental das
criaturas que lhes
são afins. Preferem
a discórdia e a
malícia, como
autênticos demônios
soltos, e, quando
podem, chegam a
destilar venenos
cruéis, através de
escritores
invigilantes. Mantêm
a ignorância de
muita gente, a
respeito da
eternidade, para
melhor se acomodarem
às reclamações da
inferioridade em que
se comprazem.
No entanto, não é
para comentar as
perturbações da
nossa esfera de ação
que lhe escrevo esta
carta.
Refere-se você à
religião, como se a
fé representasse
bolorento asilo para
espíritos inválidos.
Certamente envolvido
na onda
turbilhonaria que
agita o oceano de
nossa civilização
decadente, também
você penhorou o
raciocínio nas
ilusões do homem
econômico. Crê
possível a
regeneração do
mundo, de fora para
dentro, e dar-se-ia,
talvez, de bom
grado, a qualquer
renovador sedento de
sangue que
prometesse um mundo
reformado por
decretos que se vão
caducando, de cinco
em cinco anos.
Dentro de tal clima,
não pode compreender
o serviço religioso.
Admite que um pomar
se mantenha e
produza sem a
sementeira?
Persistiria a vida
humana sem o altar
da maternidade?
O castelo teórico e
o campo da
experimentação
pratica, em que se
assentam os
princípios
filosóficos e
científicos da
Terra, não se
sustentariam sem a
fonte oculta e
invisível da mística
religiosa. Somente o
ser privado de razão
consegue
movimentar-se sem
raízes na
espiritualidade
superior.
Os grandes
escritores,
supostamente
materialistas, que
você menciona com
indisfarçável
prazer, não foram
senão atletas do
pensamento em
conflito com as
imposições do
sacerdócio
organizado. Não
hostilizavam Deus,
objeto sagrado de
seus estudos e
cogitações.
Combatiam os
processos infelizes,
muita vez usados
pelos homens de má
fé, para situarem o
Eterno e Supremo
Senhor na ordem
política. No fundo,
identificavam a luz
divina, na própria
lâmpada de
intelectualidade que
lhes aclarava a
mente.
A religião é chama
sublime, congênita
na criatura. Todas
as noções de direito
no mundo nasceram à
sua claridade e
todas as secretarias
de justiça, nos mais
diversos países do
Globo, devem a ela,
sua procedência.
Quando o primeiro
selvagem compreendeu
que lhe competia
respeitar a taba do
irmão, tal
entendimento
ter-lhe-ia surgido,
à face da gloriosa
visão do céu,
recolhendo, através
da contemplação do
Sol e das estrelas,
da sombra e da
tempestade, a
primitiva idéia de
Deus.
Subtrair o
pensamento religioso
da experiência
humana seria o mesmo
que desidratar o
corpo da Terra. Sem
a água divina da
espiritualidade,
qualquer construção
planetária se
destina a
irremediável secura.
Conseguiria você
viver exclusivamente
no deserto?
O homem poderá rir
com Voltaire,
estudar com Darwin,
filosofar com
Spinoza, conquistar
com Napoleão,
teorizar com
Einstein, ou mesmo
fazer teologia com
São Tomás;
entretanto, para
viver a existência
digna, há que
alimentar-se
intimamente de
princípios
santificantes,
tanto, quanto
entretém o corpo à
custa de pão. Quem
não dispõe do divino
combustível para uso
próprio, recorre
inconscientemente às
reservas alheias,
porquanto, não
existe idealismo
superior que não
tenha nascido da
atividade espiritual
e, sem ele, o
conceito de
civilização redunda
em grossa mentira.
Não sorria, pois,
usando o sarcasmo,
perante aqueles que
consagram o tempo ao
ministério
religioso.
Com os cientistas
modernos, vocês
poderão entrevistar
o átomo, fotografar
a célula e positivar
a curvatura do
espaço... Há muita
gente na América que
já pensa em pedir às
autoridades
administrativas da
política dominante a
reserva de terrenos
na Lua, considerando
o desenvolvimento
dos veículos a
jato...
Poderão cogitar de
tudo isto, mas não
deslocarão a idéia
religiosa em um
milímetro, sequer,
de rota. A fé
representa claridade
de um sol que
ilumina o espírito
humano, por dentro,
e, sem essa
claridade no
caminho, o Planeta
poderia perder, em
definitivo, a
esperança num futuro
melhor.
Quanto ao fato de
demorar-me, por
algum tempo, na
atualidade, entre
admiráveis amigos
que cogitam de
servir, depois da
morte, ao
Cristianismo
renascente, creia
que isto ocorre por
gentileza deles e
não por merecimento
de minha parte. Não
sou nenhum
Livingstone em
Áfricas do “outro
mundo”. Quem define
o meu caso, com
paciência, é o nosso
velho sábio
Shakespeare. Disse
ele, certa vez, que
“quando Deus nos vê
endurecidos no mal,
cerra-nos os olhos
para a imundície e
nos obscurece o
juízo, de modo que
chegamos a adorar os
nossos desvarios e a
zombar de nós
mesmos, caminhando,
cheios de cegueira e
de orgulho, para a
perdição”. Segundo
depreende, sou um
enfermo à procura de
melhoras.
Embora desencarnado,
não posso saber se
você guarda saúde
integral. Creio,
porém, que, se algum
dia atingir a
infelicidade a que
cheguei, não deixará
de fazer conforme
estou fazendo. |
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pelo Espírito Irmão
X |
Do livro: Luz Acima.
Médium: Francisco
Cândido Xavier. |
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