C.E.
Caminhos de Luz |
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Oi Alma Irmã, nossas Fraternais
Saudações! |
Que esta MSG te encontre em Paz
e com Saúde!!! Obrigado pela
companhia! |
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Comentávamos o
problema da
compaixão, quando se
abeirou de nós
antigo orientador e
narrou, bem
humorado:
— Conheci um caso
interessante na
Idade Média. Em
pequenina aldeia do
Velho Mundo, que os
séculos já
transformaram, jovem
ferreiro
apaixonou-se pelo
rigor da justiça.
Integrando certa
facção política,
considerava todas as
pessoas que lhe não
esposassem os pontos
de vista por
inimigos a combater.
Atrabiliário e
sectarista,
imaginava os mais
difíceis processos
de perseguição aos
adversários. A
tolerância
representava para
ele grave delito. Se
alguém não rezasse
por sua cartilha,
ficava assinalado a
ponto escuro.
Disposto a
contendas, embora a
posição humilde que
desfrutava sabia
complicar a situação
dos desafetos,
urdindo intrigas e
ciladas contra eles.
Assim é que, certa
feita, procurou o
juiz que regia a
comuna com
benevolência e
equidade e
propôs-lhe a
reconstrução do
cárcere. A enxovia
desmoronava-se.
Qualquer malfeitor
provocava facilmente
a evasão. As grades
frágeis cediam ao
assalto de qualquer
um. Impossível o
trabalho da
detenção. Era
necessário sustar o
insulto à polícia.
Oferecia-se, desse
modo, para sanar o
problema. Daria novo
aspecto ao cubículo.
Prisão que fosse
prisão.
O magistrado, velho
experiente e
bondoso, observou :
— Meu filho, a
justiça deve ser
exercida com amor
para que se não
converta em
crueldade, porque lá
vem um dia em que
precisamos ser
justiçados por nossa
vez. O moço, porém,
insistiu. A cadeia
menosprezada não
merecia respeito.
Tanto reclamou que
atingiu o objetivo a
que se propunha.
Recebendo a
concessão para
reformar o cárcere,
esmerou-se quanto
pôde. Deu nova
feição às grades.
Criou um sistema de
cadeados, pelo qual
era impossível a
escapatória. E no
centro do acanhado
recinto levantou
pesada coluna de
ferro, com algemas
laboriosamente
trabalhadas,
impedindo a
movimentação de quem
fosse jungido a
semelhante
pelourinho.
A ideia foi bem
sucedida. O serviço
revelou-se tão
eficiente que o
jovem artífice foi
procurado por
autoridades de
outros recantos e
larga prosperidade
abriu-lhe as portas.
A novidade
ofereceu-lhe fama e
fortuna.
Durante vinte anos,
coadjuvado por
operários diversos,
o nosso ambicioso
amigo fabricou
prisões para
numerosas cidades do
seu tempo. Senhor de
vasto patrimônio
material, transferiu
residência do
vilarejo provinciano
para grande
metrópole e, certa
noite, supondo
defender-se, cometeu
leve falta que
inimigos gratuitos
se incumbiram de
solenizar.
O antigo ferreiro
foi preso, de
imediato. Internado,
mentalizou a ajuda
de companheiros que
o auxiliassem na
fuga, mas,
assombrado,
reconheceu, pela
marca dos ferros,
que fora trancafiado
num cárcere de sua
própria fabricação,
sofrendo rigorosa
pena que, começando
por acabrunhá-lo,
acabou por
infligir-lhe a
morte.
Terminada a história
rápida, fixou-nos de
maneira expressiva e
rematou:
— Somente a
compaixão pode
salvar-nos,
soerguendo-nos do
abismo de nossas
próprias faltas.
Qualquer punição
extremada que
receitarmos para os
outros será como a
prisão do ferreiro
intransigente. Os
laços que armarmos
contra o próximo
serão inevitável
flagelo para nós
mesmos.
Logo após, sem
dar-nos tempo para
qualquer indagação,
sorriu com
serenidade e seguiu
adiante. |
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pelo Espírito Neio
Lúcio |
Do livro: Ideias e
Ilustrações.
Médium: Francisco
Cândido Xavier. |
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