C.E.
Caminhos de Luz |
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Oi Alma Irmã, nossas Fraternais
Saudações! |
Que esta MSG te encontre em Paz
e com Saúde!!! Bom final de
Semana!!! Obrigado pela
companhia! |
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Depois do ato de
humildade extrema,
de lavar os pés de
todos os discípulos,
Jesus retomou o
lugar que ocupava à
mesa do banquete
singelo e, antes de
se retirarem, elevou
os olhos ao céu e
orou assim,
fervorosamente,
conforme relata o
Evangelho de João:
Pai santo, eis que é
chegada a minha
hora! Acolhe-me em
teu amor, eleva o
teu filho, para que
ele possa elevar-te,
entre os homens, no
sacrifício supremo.
Glorifiquei-te na
Terra, testemunhei
tua magnanimidade e
sabedoria e consumo
agora a obra que me
confiaste. Neste
instante, pois, meu
Pai, ampara-me com a
luz que me deste,
muito antes que este
mundo existisse!...
E fixando o olhar
amoroso sobre a
comunidade dos
discípulos, que,
silenciosos, lhe
acompanhavam a
rogativa, continuou:
Manifestei o teu
nome aos amigos que
me deste; eram teus
e tu mos confiaste,
para que recebessem
a tua palavra de
sabedoria e de amor.
Todos eles sabem
agora que tudo
quanto lhes dei
provém de Ti! Neste
instante supremo,
Pai, não rogo pelo
mundo, que é obra
tua e cuja perfeição
se verificará algum
dia, porque está nos
teus desígnios
insondáveis; mas,
peço-Te
particularmente por
eles, pelos que me
confiaste, tendo em
vista o esforço a
que os obrigará o
Evangelho, que
ficará no mundo
sobre os seus ombros
generosos. Eu já não
sou da Terra; mas
rogo-te que os meus
discípulos amados
sejam unidos uns aos
outros, como eu sou
um Contigo! Dei-lhes
a Tua palavra para o
trabalho santo da
redenção das
criaturas; que,
pois, eles
compreendam que,
nessa tarefa
grandiosa, o maior
testemunho é o do
nosso próprio
sacrifício pela Tua
causa, compreendendo
que estão neste
mundo, sem
pertencerem às suas
ilusórias
convenções, por
pertencerem só a Ti,
de cujo amor viemos
todos para regressar
à Tua magnanimidade
e sabedoria, quando
houvermos edificado
o bom trabalho e
vencido na luta
proveitosa. Que os
meus discípulos,
Pai, não façam da
minha presença
pessoal o motivo de
sua alegria
imediata; que me
sintam sinceramente
em suas aspirações,
a fim de
experimentarem o meu
júbilo completo em
si mesmos. Junto
deles, outros
trabalhadores do
Evangelho
despertarão para a
tua verdade. O
futuro estará cheio
desses operários
dignos do salário
celeste. Será, de
algum modo, a
posteridade do
Evangelho do Reino
que se perpetuará na
Terra, para
glorificar a Tua
revelação!
Protege-os a todos,
Pai! Que todos
recebam a tua
bênção, abrindo seus
corações às
claridades
renovadoras! Pai
justo, o mundo ainda
não te conheceu; eu,
porém, te conheci e
lhes fiz conhecer o
Teu nome e a tua
bondade infinita,
para que o amor com
que me tens amado
esteja neles e eu
neles esteja!.
Terminada a oração,
acompanhada em
religioso silêncio
por parte dos
discípulos, Jesus se
retirou em companhia
de Simão Pedro e dos
dois filhos de
Zebedeu para o Monte
das Oliveiras, onde
costumava meditar.
Os demais
companheiros se
dispersaram,
impressionados,
enquanto Judas,
afastando-se com
passos vacilantes,
não conseguia
aplacar a tempestade
de sentimentos que
lhe devastava
coração.
O crepúsculo
começava a cair
sobre o céu claro.
Apesar do sol
radioso da tarde a
iluminar a paisagem,
soprava o vento em
rajadas muito frias.
Daí a alguns
instantes, o Mestre
e os três
companheiros
alcançavam o monte
povoado de árvores
frondosas que
convidavam ao
pensamento
contemplativo.
Acomodando os
discípulos em bancos
naturais que as
ervas do caminho se
incumbiam de
adornar, falou-lhes
o Mestre, em tom
sereno e resoluto:
Esta é a minha
derradeira hora
convosco! Oral e
vigiai comigo, para
que eu tenha a
glorificação de Deus
no supremo
testemunho!
Assim dizendo,
afastou-se, a
pequena distância,
onde permaneceu em
prece, cuja
sublimidade os
apóstolos não podiam
observar. Pedro,
João e Tiago estavam
profundamente
tocados pelo que
viam e ouviam. Nunca
o Mestre lhes
parecera tão solene,
tão convicto, como
naquele instante de
penosas
recomendações.
Rompendo o silêncio
que se fizera, João
ponderou:
Oremos e vigiemos,
de acordo com a
recomendação do
Mestre, pois, se ele
aqui nos trouxe,
apenas nós três, em
sua companhia, isso
deve significar para
o nosso espírito a
grandeza da sua
confiança em nosso
auxílio.
Puseram-se a meditar
silenciosamente.
Entretanto, sem que
lograssem explicar o
motivo, adormeceram
no decurso da
oração.
Passados alguns
minutos, acordavam,
ouvindo o Mestre que
lhes observava:
Despertai! Não vos
recomendei que
vigiásseis? Não
podereis velar
comigo, um minuto?
João e os
companheiros
esfregaram os olhos,
reconhecendo a
própria falta.
Então, Jesus, cujo
olhar parecia
iluminado por
estranho fulgor,
lhes contou que fora
visitado por um anjo
de Deus, que o
confortara para o
martírio supremo.
Mais uma vez lhes
pediu que orassem
com o coração e
novamente se
afastou. Contudo, os
discípulos,
insensivelmente,
cedendo aos
imperativos do corpo
e olvidando as
necessidades do
espírito, de novo
adormeceram em meio
da meditação.
Despertaram com o
Mestre a lhes
repetir:
Não conseguistes,
então, orar comigo?
Os três discípulos
acordaram
estremunhados. A
paisagem desolada de
Jerusalém mergulhava
na sombra.
Antes, porém, que
pudessem justificar
de novo a sua falta,
um grupo de soldados
e populares
aproximou-se, vindo
Judas à frente.
O filho de
Iscariotes avançou e
depôs na fronte do
Mestre o beijo
combinado, ao passo
que Jesus, sem
denotar nenhuma
fraqueza e deixando
a lição de sua
coragem e de seu
afeto aos
companheiros,
perguntou:
Amigo, a que vieste?
Sua interrogação,
todavia, não recebeu
qualquer resposta.
Os mensageiros dos
sacerdotes
prenderam-no e lhe
manietaram as mãos,
como se o fizessem a
um salteador vulgar.
Depois das cenas
descritas com
fidelidade nos
Evangelhos,
observamos as
disposições
psicológicas dos
discípulos, no
momento doloroso.
Pedro e João foram
os últimos a se
separarem do Mestre
bem-amado, depois de
tentarem fracos
esforços pela sua
libertação.
No dia seguinte, os
movimentos
criminosos da turba
arrefeceram o
entusiasmo e o
devotamento dos
companheiros mais
enérgicos e
decididos na fé. As
penas impostas a
Jesus eram
excessivamente
severas para que
fossem tentados a
segui-lo. Da Corte
Provincial ao
palácio de Ântipas,
viu-se o condenado
exposto ao insulto à
zombaria. Com
exceção do filho de
Zebedeu, que se
conservou ao lado de
Maria até ao
instante derradeiro,
todos os que
integravam o
reduzido colégio do
Senhor debandaram.
Receosos da
perseguição, alguns
se ocultaram nos
sítios próximos,
enquanto outros,
trocando as túnicas
habituais, seguiam,
de longe, o
inesquecível
cortejo, vacilando
entre a dedicação e
o temor.
O Messias, no
entanto, coroando a
sua obra com o
sacrifício máximo,
tomou a cruz sem uma
queixa, deixando-se
imolar, sem qualquer
reprovação aos que o
haviam abandonado na
hora última.
Conhecendo que cada
criatura tem o seu
instante de
testemunho, no
caminho de redenção
da existência,
observou às piedosas
mulheres que o
cercavam, banhadas
em lágrimas: “Filhas
de Jerusalém, não
choreis por mim;
chorai por vós
mesmas e por vossos
filhos. ."
Exemplificando a sua
fidelidade a Deus,
aceitou serenamente
os desígnios do céu,
sem que uma
expressão menos
branda
contradissesse a sua
tarefa purificadora.
Apesar da
demonstração de
heroísmo e de
inexcedível amor,
que ofereceu do cimo
do madeiro, os
discípulos
continuaram
subjugados pela
dúvida e pelo temor,
até que a
ressurreição lhes
trouxesse
incomparáveis hinos
de alegria.
João, todavia, em
suas meditações
acerca do Messias,
entrou a refletir
maduramente sobre a
oração do Horto das
Oliveiras,
perguntando a si
próprio a razão
daquele sono
inesperado, quando
desejava atender ao
desejo de Jesus,
orando em seu
espírito até o fim
das provas ríspidas.
Por que dormira ele,
que tanto o amava,
no momento em que o
seu coração amoroso
mais necessitava de
assistência e de
afeto? Por que não
acompanhara Jesus
naquela prece
derradeira, onde sua
alma parecia
apunhalada por
intraduzível
angústia, nas mais
dolorosas
expectativas? A
visão do Cristo
ressuscitado veio
encontrá-lo absorto
nesses amargurados
pensamentos. Em
oração silenciosa,
João se dirigia
muitas vezes ao
Mestre adorado,
quase em lágrimas,
implorando-lhe
perdoasse o seu
descuido da hora
extrema.
Algum tempo passou,
sem que o filho de
Zebedeu conseguisse
esquecer a falta de
vigilância da
véspera do martírio.
Certa noite, após as
reflexões
costumeiras, sentiu
ele que um sono
brando lhe
anestesiava os
centros vitais. Como
numa atmosfera de
sonho, verificou que
o Mestre se
aproximava. Toda a
sua figura se
destacava na sombra,
com divino
resplendor.
Precedendo suas
palavras do sereno
sorriso dos tempos
idos, disse lhe
Jesus:
João, a minha
soledade no horto é
também um
ensinamento do
Evangelho e uma
exemplificação! Ela
significará, para
quantos vierem em
nossos passos, que
cada espírito na
Terra tem de
ascender sozinho ao
calvário de sua
redenção, muitas
vezes com a
despreocupação dos
entes mais amados do
mundo. Em face dessa
lição, o discípulo
do futuro
compreenderá que a
sua marcha tem que
ser solitária, uma
vez que seus
familiares e
companheiros de
confiança se
entregam ao sono da
indiferença!
Doravante, pois,
aprendendo a
necessidade do valor
individual no
testemunho, nunca
deixes de orar e
vigiar!... |
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|
pelo Espírito de
Humberto de Campos |
Do livro: Boa Nova.
Médium: Francisco
Cândido Xavier. |
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