C.E.
Caminhos de Luz |
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Oi Alma Irmã, nossas Fraternais
Saudações! |
Que esta MSG te encontre em Paz
e com Saúde!!! Obrigado pela
companhia! |
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Reajustado, notei
que podia enfrentar
os conflitos da
hora, sem embaraços
de vulto.
O Irmão Andrade
acentuou que, livre
dos últimos
remanescentes do
corpo carnal, eu
conseguiria
aproximar-me dos
amigos, sem choques
de maior
importância,
aconselhando, porém,
a não me avizinhar
em demasia das
vísceras
cadavéricas, em cuja
contemplação, talvez
fosse acometido por
impressões
desequilibrantes.
As novidades
sucediam-se umas às
outras.
Aquinhoado por visão
mais segura, reparei
estupefado, que
desencarnados em
grande número se
apinhavam ao redor.
Entidade menos
simpática, quase
rente a nós, dizia
para outra que lhe
era semelhante:
-O enterro é do
velho Jacob, aquele
mesmo, que nos
doutrinou, há
tempos. Não se
recorda?
-Perfeitamente –
respondeu o
interlocutor,
gargalhando -, daria
tudo para ver lhe a
“cara’”.
Riram-se
gostosamente.
Memória funcionando
sem empecilhos,
registrando-lhes os
apontamentos
sarcásticos,
localizei-os na
lembrança.
Eram perseguidores
de uma jovem
internada numa casa
de nervos. Evoquei
as particularidades
da reunião em que me
havia entendido com
eles. Achava-me
sumamente
enfraquecido. Mesmo
assim, gostaria de
responder-lhe.
Rememorei o
interesse com que eu
recebera a descrição
da médium vidente,
em relação a ambos,
e confirmava,
admirado, por mim
mesmo, os informe
com que fora
presenteado.
Sacrificaria muita
coisa para
interpela-los,
fazendo-lhes sentir
o erro em que
laboravam, e
dispunha-me a
interferir, quando o
Irmão Andrade me
controlou, os
impulsos,
acrescentando:
-Não faça isso!
Provocaria contenda
desagradável e
inútil. Além do
mais, eles não nos
vêem. Respiram
noutra faixa
vibratória.
Realmente, procediam
como se nos não
vissem. Permaneciam
junto de nós, sem
perceber-nos, tanto
quanto noutro tempo
me movimentava, por
minha vez, ao pé das
entidades
desencarnadas, sem
notar-lhes a
presença.
-Haverá tempo –
frisou o amigo,
bondoso e calmo.
Observando-me o
encorajamento,
conduziram-me os
três à vizinhança
imediata do corpo
hirto.
Não obstante as
melhoras de que me
sentia possuído, não
consegui atravessar
a onda de força que
se improvisara ao
longo dos veículos.
Desejava
ardentemente
penetrar o recinto
doméstico e,
sobretudo, espargir,
sobre os entes
amados que ficariam
distantes, os meus
pensamentos de amor,
reconhecimento e
esperança. Bezerra,
porém, avisou
prudentemente:
-Não insistamos. É
desaconselhável por
agora, a perda de
reservas.
Contentei-me,
buscando avistar
amigos nos
automóveis.
Grupinho de
conhecidos atraiu-me
a atenção. Avancei
para eles, mas fui
constrangido a
afastar-me,
decepcionado.
Comentavam a
política, em
agressiva atitude.
Mergulhavam a mente
em disputas
desnecessárias.
Pela primeira vez,
verifiquei que os
Espíritos inferiores
não se comunicam
somente nas sessões
doutrinárias. A
palestra, apesar de
desenvolver-se
discreta,
apresentava notas de
intercâmbio com o
plano invisível, em
cujos domínios
ingressava eu,
receoso e encantado.
Um amigo
expressava-se quanto
os problemas da
vereança municipal,
perfeitamente
entrosado com uma
entidade menos digna
que, ali ante meus
olhos espantados, o
subjugava quase que
por completo,
obrigando-o a
proferir sentenças
desrespeitosas e
cruéis.
Retrocedi,
instintivamente.
-Você, Jacob – falou
Bezerra, em tom
grave -, por
enquanto ainda não
pode suportar estes
dardos mentais.
Encaminhamo-nos,
então, para outro
ângulo da rua.
Descobri nova
agremiação de
pessoas às quais me
afeiçoara
profundamente.
Busquei-lhes a
companhia, ansioso,
seguido de perto
pelos benfeitores;
contudo, outra
desilusão me
aguardava. Falava-se
em voz baixa, sobre
as despesas
prováveis com o
enterramento dos
meus despojos.
Emitia-se julgamento
apressado,
envolvendo-me o nome
em impressões
desarmoniosas e
rudes.
Recuei, como já o
fizera.
Bezerra abraçou-me,
compreensivo, e
receitou paciência.
Abeirava-me de
profundo desalento,
quando não longe, em
certo veículo,
observei a formação
de lindos círculos
de luz.
O Irmão Andrade,
atendendo-me à
indagação
silenciosa,
esclareceu:
-Naquele carro,
temos a claridade da
oração sincera.
Pedi aos protetores
me auxiliassem a
procurar semelhante
abrigo, mais
depressa.
Alcancei-o e
rejubilei-me. Alguns
companheiros
ofertavam-me os
recursos da prece
santificante.
Tamanho dói o meu
contentamento que
quase me ajoelhei,
feliz.
Aquela rogativa que
formulava a Jesus,
em benefício de
minha paz,
constituía dádiva
celeste. Do pequeno
conjunto emanava
energia confortadora
que me penetrava à
maneira de chuva
balsâmica.
A oração
influenciara-me
docemente.
Creio que os
recém-desencarnados
quase sempre
necessitam do
pensamento fraterno
dos que se demoram
no círculo carnal.
Explicou Bezerra que
os recém-libertos
comumente precisam
do socorro
espiritual dos entes
queridos para se
desembaraçarem sem
delonga dos liames
que ainda os prendem
à experiência
material.
Com o auxílio dos
que ficam, aqueles
que partem seguem
mais livremente ao
encontro do porvir. |
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pelo Espírito Irmão
Jacob |
Do livro: Voltei.
Médium: Francisco
Cândido Xavier. |
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