C.E.
Caminhos de Luz |
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Oi Alma Irmã, nossas Fraternais
Saudações! |
Que esta MSG te encontre em Paz
e com Saúde!!! Obrigado pela
companhia! |
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IMPRESSÕES
DO
ÚLTIMO
DIA
TERRESTRE |
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Meu caro Dirceu:
Escrevo-lhe esta
carta para dizer que
não morri. Jamais
supus me fosse
possível endereçar
notícias a você,
depois de afastar-me
do corpo terrestre.
Algumas vezes, vira
o enterro de
crianças e pessoas
grandes, da janela
grande de nosso
quarto, quando
observávamos, em
silêncio, o carro
triste, enfeitado de
flora, conduzindo
alguém que nunca
voltava...
Recorda-se da morte
de Osório, o nosso
colega do grupo
escolar? Nunca me
esqueci do quadro
enternecedor. Dona
Margarida, a
mãezinha em
lágrimas,
conduziu-nos a
vê-lo. Osório,
brincalhão e
bondoso, estava mudo
e gelado. Parecia
dormir, imóvel sob
um montão de rosas e
saudades.
Quando ouvi dizer
que ele jamais
voltaria, meu
coração bateu forte
e empalideci.
Nosso velho Tomás, o
porteiro da escola
que assistia à cena,
percebeu o que se
passava e afastou-me
depressa.
Nesse dia, não comi
e passei a noite
assustado.
Atormentei o papai
com toda a espécie
de perguntas sobre a
morte e arrepiava-me
todo, recebendo-lhe
as respostas. Por
fim, ele reconheceu
a minha inquietação
e aconselhou-me a
evitar o assunto.
Muito tempo passou,
mas a experiência
ficou guardada no
meu coração.
Foi por isso,
talvez, que fiquei,
durante o período de
minha enfermidade,
impaciente e aflito.
E, para falar
francamente a você,
tive medo, muito
medo, ao perceber
que tudo ia
acabar-se, pois
sempre ouviria dizer
que a morte do corpo
é o fim de todas as
coisas.
Agora, porém, posso
afirmar que isso não
é verdade.
Lembra-se do último
dia que passei em
casa?
Mamãe chorava
tanto!...
Papai, muito sério,
ia de um lado para
outro, na sala
contígua ao nosso
quarto.
O Doutor Martinho,
nosso bom amigo,
segurava-me as mãos,
e você, Dirceu,
sentado na poltrona
de vovó, olhava-me
ansioso e
entristecido.
Quis falar, mas não
pude. Estava cansado
sem saber o motivo.
Faltava-me o ar,
como se eu fosse um
peixe fora dágua.
Esforçava-me para
dizer alguma coisa,
pelo menos para
tranqüilizar a
mamãe; entretanto,
havia um peso
enorme, oprimindo-me
a garganta e a boca.
Foi então que parei
meu olhar em seus
olhos e chorei
muito, com receio de
ficar mudo e gelado
como o Osório, e
partir para nunca
mais regressar.
Não consegui mover
os lábios, mas, em
pensamento, rezei as
orações que mamãe me
ensinara. Lembrei-me
de Deus e esperei o
sono com indizível
angústia...
Queria dormir,
dormir muito, no
entanto, era tão
grande o meu temor
de dormir sem
acordar, que, se eu
pudesse, teria
gritado
intensamente, com
toda a força de meus
pulmões, pedindo ao
Doutor Martinho que
não me deixasse
morrer. |
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pelo Espírito Neio
Lúcio |
Do livro: Mensagens
do Pequeno Morto.
Médium: Francisco
Cândido Xavier. |
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