C.E.
Caminhos de Luz |
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Oi Alma Irmã, nossas Fraternais
Saudações! |
Que esta MSG te encontre em Paz
e com Saúde!!! Bom final de
semana!!! Obrigado pela
companhia! |
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Nas asas veludosas
do sono, chegou o
aprendiz ao Palácio
Resplandecente da
Grande Esfera.
Diante da luz que o
circundava, suas
vestes pareciam
constituir pesada
túnica de lodo
negro. Ofegante de
júbilo, encontrou um
mensageiro que o
aguardava,
atencioso, no
pórtico.
Deslumbrado,
ajoelhou-se e
exclamou em
lágrimas:
– Emissário dos
Céus, meu espírito
enlameado na carne
vive prisioneiro da
angústia sem
esperança. Em vão
procuro a felicidade
– mito dos mortais
que vagueiam na
Terra! Sonho com a
paz, desde os
albores da
existência,
entretanto, vivo na
luta incessante do
mal. Em derredor de
mim estende-se a
treva impenetrável
do sofrimento!...
Detesto a dor, mas
embalde lhe fujo aos
grilhões!
Atormento-me por
atender às
obrigações
espirituais que a fé
me conferiu nos
caminhos do mundo,
todavia, afronta-me
a adversidade em
toda parte. Os
homens não me
compreendem, as
circunstâncias
repelem-me e, em
todas as situações,
sinto o gume afiado
da zombaria alheia.
Ridicularizam-me os
maus, enquanto os
bons se
desinteressam de
minha sorte! os
ignorantes,
preguiçosos, em
demasia,
menosprezam-me o
concurso e os
sábios,
excessivamente
ocupados, não me
dispensam
consideração.
Perseguição por
dificuldades sem
conta, sinto-me
encarcerado em
pesadas correntes de
desespero. Ouço o
sublime convite do
Evangelho da Luz,
mas permaneço
sitiado nas sombra
pelos obstáculos e
tropeços de toda
sorte. Se, num
esforço supremo,
tento abraçar a
verdade, encontro
multidões de
exploradores cínicos
e de mentirosos sem
consciência!... No
círculo de meus
familiares, o
infortúnio e a
aflição constituem
a, recompensa aos
meus serviços. Sou,
talvez, uma peça
útil na maquinaria
doméstica pela
expressão econômica
de minha presença,
contudo, sinto frio
e sede porque
ninguém se recorda
de minha necessidade
de conforto!...
Nesse instante,
soluços angustiosos
escaparam-lhe do
peito opresso. E
porque o mentor
amigo continuasse em
silêncio, embora a
compaixão que lhe
transparecia do
olhar, o peregrino
continuou em pranto:
– Viverei assim todo
o tempo de minha
permanência na
carne? não terei
direito à paz, à
misericórdia?
caminharei como
condenado a tormento
infernal, quando há
tantas mãos que
abençoam e bocas que
sorriem nas estradas
humanas? que fazer
para remediar a
situação dolorosa e
terrível?
O emissário fixou
nele os olhos muito
lúcidos e respondeu
com serenidade:
– Não chores por
dificuldades
imaginárias e nem te
refiras a
ingratidões
inexistentes.
Chora por ti mesmo,
pela tua escolha
individual no campo
da luta! Cercou-te o
Senhor de dádivas
sublimes. Deu-te o
dia radiante de sol
e a noite iluminada
de estrelas, para
que busques a
libertarão, mas
preferes o
encarceramento no
escuro abismo da
primitiva
animalidade. Foste à
carne viver em nome
dÊle, Divino Doador
das Bênçãos,
contudo, teimas em
viver exclusivamente
em nome do teu velho
egoísmo. Queres
efetivamente a
felicidade? faze a
felicidade dos
outros. Procuras a
paz? começa por
apaziguar os
próprios desejos e
extinguir as paixões
inferiores que te
vibram no ser.
Falta-te a
colaboração alheia?
é que ainda não
cooperaste realmente
para o bem.
Pretendes que os
demais se afeiçoem
aos teus propósitos,
despreocupando-te
das necessidades
alheias.
A essa altura, o
mendigo terrestre
enxugava os olhos,
embora continuasse
genuflexo.
Parecia
surpreendido,
porquanto ao invés
de consolação
recebia
esclarecimento.
– A imponderação –
continuou o
mensageiro –, como
acontece a muita
gente, viciou-te o
dom da palavra.
Grande é a tua
eloquência para
exprimir a queixa e
profunda a sutileza
com que disfarças a
realidade de teu
mundo íntimo. Ainda
não ajudaste os
ignorantes, nem
respeitaste os
sábios. Ao contacto
com os primeiros, é
preciso exercer a
bondade e a
paciência, o
entendimento e o
perdão, e, no
convívio dos
segundos, é
necessário não
esquecer a humildade
e o aproveitamento,
a aplicação e o
serviço. E, se
choras no círculo da
família, muitas
vezes bebes o fel do
desespero, porque,
negando-te à
compreensão e ao
carinho fraternal,
ofereces recursos
materiais aos
companheiros no
sangue.
Talvez porque o
interpelado
revelasse extrema
perturbação no
rosto, o emissário
ofereceu lhe o braço
amigo e terminou:
– Volta ao serviço
terreno, meu irmão,
em nome de Nosso
Divino Senhor!
Perdoa e auxilia,
trabalha e espera,
praticando o bem e
esquecendo o mal.
O peregrino da Terra
estava confundido e
humilhado, mas o
mensageiro
amparou-o,
seguindo-lhe os
passos, no retorno
ao corpo físico.
Convidado,
acompanhei-os, com
emoção.
A manhã ensolarada
enchia-se de
cânticos festivos.
O nosso amigo
acordou, vestiu-se
e, ao café, uma
senhora simpática
indagou, humilde:
– Meu filho, que
direi aos
companheiros que te
pedem concurso para
os tuberculosos
desamparados?
– Nada! – resmungou
êle – estou farto de
gente má.
A respeitável
matrona voltou a
perguntar:
– E aos amigos de
nossas atividades
espiritualistas?
– Diga-lhes que não!
não estou disposto a
suportar
imbecilidades.
– Meu filho! meu
filho!... – exclamou
a senhora, com
inesquecível
inflexão de voz.
– Estou entediado,
minha mãe! não me dê
conselhos! –
replicou êle
agressivamente.
O generoso
orientador dispôs-se
ao regresso e
disse-me sem mágoa:
– Viu? Inúmeros
amigos encarnados
rogam, com
enternecimento, a
proteção divina, mas
fogem a ela com
indiferença e
brutalidade.
E num sorriso
sereno:
– Deixemo-los!
Tentamos ajudá-los
com a luz da verdade
e do amor, mas
preferem esperar
pelas trevas da dor
e da morte. |
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pelo Espírito Irmão
X |
Do livro: Lázaro
Redivivo. Médium:
Francisco Cândido
Xavier. |
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