C.E.
Caminhos de Luz |
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Oi Alma Irmã, nossas Fraternais
Saudações! |
Que esta MSG te encontre em Paz
e com Saúde!!! Bom final de
semana!!! Obrigado pela
companhia! |
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A história parece
brejeira, mas o fato
é autêntico.
Rafael Provenzano
escutava os grandes
comentaristas do
Evangelho, entre
despeitado e
infeliz. Atormentado
de inveja. Queria
também falar às
massas, comover a
multidão. Nada lhe
fulgia tanto aos
olhos como a
tribuna. E
aguardava, ansioso,
o dia em que pudesse
alcançar aquele
ponto saliente no
espaço, de onde a
sua voz conseguisse
impressionar
centenas de ouvidos.
Embora fixado à
semelhante ambição,
era empregado de
singela sapataria. E
a sua especialidade
era bater pinos em
sola.
Bastas vezes,
surpreendia-se no
trabalho,
mentalizando público
enorme e ele a
falar, a falar sob
aplausos.
Talvez por isso
fôsse ranzinza.
Conflito permanente
entre a vocação e a
profissão. A família
e os companheiros
pagavam a diferença.
A esposa e as quatro
filhinhas, em casa,
sofriam lhe a
teimosia e o
desespero.
Irritadiço por dá
aquela palha,
classificava-se à
conta de tirano
doméstico. Apurava
com esmero o hábito
de chacoalhar e
ferir. A tensão não
se limitava ao
círculo mais íntimo.
A parentela toda
aguentava
espancamentos
morais. Entre amigos
era temido na
condição de crítico
impertinente. Apesar
de tudo isso, a
paixão de Rafael era
pregar solenemente a
verdade cristã nos
templos espíritas.
Certa noite, quando
falava Martinho, o
orientador
espiritual da
reunião mediúnica de
que era
participante, Rafael
consultou o
comunicante a
respeito de seus
velhos propósitos.
Sim, meu filho –
comentou o
benfeitor, através
do médium -, você
poderá ensinar, mais
tarde, das tribunas.
Agora, porém, é
cedo. Convém
estudar,
preparar-se,
aprender a servir...
E prosseguiu
explicando que a
banca de solador era
também lugar santo.
Podia demonstrar fé
e abnegação pelo
exemplo, edificar,
inspirar,
auxiliar...
Provenzano ouviu
paciente, mas saiu
desapontado.
Decorridas algumas
semanas, o grupo se
aprestava à reunião,
em sala adequada.
Conversa amena. Uma
hora faltando para o
início das orações.
Rafael chega,
alegre. Participa
que deseja expor ao
estimado Martinho o
estudo de um belo
sonho e contou aos
circunstantes que,
na noite anterior,
se vira
espiritualmente,
fora do corpo
físico. Sentira-se
volitando, leve qual
pluma ao vento. E
contemplara aos céus
um cartaz com seis
letras
“A.D.P.S.B.P.”, em
projeção radiante.
Tomara nota de tudo
ao despertar.
Dona Emília, que
supunha nos sonhos
um constante veículo
para grandes
ensinamentos,
inquiriu dele,
quanto à conclusão a
que chegara.
Pois a senhora não
compreende?
Rafael explanou para
o auditório
interessado:
Segundo a minha
intuição, as letras
querem dizer: “agora
deves pregar sem
bater pinos”.
E acentuou que,
apesar de algum
sacrifício para a
família, se dispunha
a tentar outro
emprego. Precisava
de tempo livre. Se
isso redundasse em
privações e
provações, afirmava
se pronto para o que
desse e viesse. Por
fim, declarou-se
cansado de bater
couro de boi para
calçados. Aspirava a
posição diferente.
No horário justo, a
pequena assembléia
se entregou às
tarefas que, naquela
noite, se vinculavam
à desobsessão.
Atividades
preparatórias.
Preces. E começou
movimentado socorro
às entidades
enfermas.
Martinho ocupava o
médium esclarecedor,
que, de quando em
quando, orientava os
serviços, dava
idéias.
Rafael pediu vez
para conversar. O
instrutor, contudo,
recomendou-lhe
esperasse.
Necessário
desincumbir-se de
obrigações mais
urgentes.
Entender-se-iam no
fim. Com efeito, ao
término das
atividades, Martinho
convidou-o à
palavra.
Algo tímido,
Provenzano narrou o
sonho, referiu-se às
letras luminosas que
descobrira no
firmamento, como que
brilhando
especialmente para
ele, e reasseverou
os antigos desejos.
Queria ser grande
conferencista e
prometia
consagrar-se, de
corpo e alma, aos
ensinamentos
públicos do
Evangelho.
O amigo espiritual,
sereno, perguntou
sobre a
interpretação que
ele, o interessado,
dera às letras.
Rafael repetiu,
impávido: “agora
deves pregar sem
bater pinos”.
O benfeitor
espiritual, todavia,
pintou expressão de
complacência no
rosto do médium e
observou:
Efetivamente,
Rafael, você esteve
fora do corpo de
carne e viu, de
fato, a mensagem do
plano espiritual...
Mas, engana-se,
quanto ao que julga
ter lido. As letras
querem dizer,
simplesmente: “antes
de pregar seja bom
primeiro”. |
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pelo Espírito Irmão
X |
Do livro: Cartas e
Crônicas. Médium:
Francisco Cândido
Xavier. |
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