C.E. Caminhos de Luz |
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Oi Alma Irmã, nossas Fraternais Saudações! |
Que esta MSG te encontre em Paz
e com Saúde!!! Maior alegria em
estar no Brasil na presente
encarnação! Obrigado pela companhia! |
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O mundo político e
social do Ocidente
encontrava-se
exausto.
Desde as pregações
de Pedro, o Eremita,
até a morte do Rei
Luís IX, diante de
Túnis, acontecimento
que colocara um dos
derradeiros marcos
nas guerras das
Cruzadas, as sombras
da idade medieval
confundiram as
lições do Evangelho,
ensangüentando todas
as bandeiras do
mundo cristão.
Foi após essa época,
no último quartel do
século XTV, que o
Senhor desejou
realizar uma de suas
visitas periódicas à
Terra, a fim de
observar os
progressos de sua
doutrina e de seus
exemplos no coração
dos homens.
Anjos e Tronos lhe
formavam a corte
maravilhosa. Dos
céus à Terra, foi
colocado outro
símbolo da escada
infinita de Jacob,
formado de flores e
de estrelas
cariciosas, por onde
o Cordeiro de Deus
transpôs as imensas
distâncias,
clarificando os
caminhos cheios de
treva. Mas, se Jesus
vinha do coração
luminoso das esferas
superiores, trazendo
nos olhos
misericordiosos a
visão dos seus
impérios
resplandecentes e na
alma profunda o
ritmo harmonioso dos
astros, o planeta
terreno lhe
apresentava ainda
aquelas mesmas
veredas escuras,
cheias da lama da
impenitência e do
orgulho das
criaturas humanas, e
repletas dos
espinhos da
ingratidão e do
egoísmo.
Embalde seus olhos
compassivos
procuraram o ninho
doce do seu
Evangelho; em vão
procurou o Senhor os
remanescentes da
obra de um de seus
últimos enviados à
face do orbe
terrestre. No
coração da Umbria
haviam cessado os
cânticos de amor e
de fraternidade
cristã. De Francisco
de Assis só haviam
ficado as tradições
de carinho e de
bondade; os pecados
do mundo, como novos
lobos de Gúbio,
haviam descido outra
vez das selvas
misteriosas das
iniqüidades humanas,
roubando às
criaturas a paz e
aniquilando-lhes a
vida.
— Helil — disse a
voz suave e meiga do
Mestre a um dos seus
mensageiros,
encarregado dos
problemas
sociológicos da
Terra — meu coração
se enche de profunda
amargura, vendo a
incompreensão dos
homens, no que se
refere às lições do
meu Evangelho. Por
toda parte é a luta
fratricida, como
polvo de infinitos
tentáculos, a
destruir todas as
esperanças;
recomendei-lhes que
se amassem como
irmãos, e vejo-os em
movimentos
impetuosos,
aniquilando-se uns
aos outros como
Cains desvairados.
— Todavia — replicou
o emissário
solícito, como se
desejasse desfazer a
impressão dolorosa e
amarga do Mestre —
esses movimentos,
Senhor,
intensificaram as
relações dos povos
da Terra,
aproximando o
Oriente e o
Ocidente, para
aprenderem a lição
da solidariedade
nessas experiências
penosas; novas
utilidades da vida
foram descobertas; o
comércio progrediu
além de todas as
fronteiras, reunindo
as pátrias do orbe.
Sobretudo, devemos
considerar que os
príncipes cristãos,
empreendendo as
iniciativas daquela
natureza, guardavam
a nobre intenção de
velar pela paisagem
deliciosa dos
Lugares Santos.
Mas — retornou
tristemente a voz
compassiva do
Cordeiro — qual o
lugar da Terra que
não é santo? Em
todas as partes do
mundo, por mais
recônditas que
sejam, paira a
bênção de Deus,
convertida na luz e
no pão de todas as
criaturas. Era
preferível que
Saladino guardasse,
para sempre, todos
os poderes temporais
na Palestina, a que
caísse um só dos
fios de cabelo de um
soldado, numa guerra
incompreensível por
minha causa, que, em
todos os tempos,
deve ser a do amor e
da fraternidade
universal. E, como
se a sua vista
devassasse todos os
mistérios do porvir,
continuou:
— Infelizmente, não
vejo senão o caminho
do sofrimento para
modificar tão
desoladora situação.
Aos feudos de agora,
seguir-se-ão as
coroas poderosas e,
depois dessa
concentração de
autoridade e de
poder, serão os
embates da ambição e
a carnificina da
inveja e da felonia,
pelo predomínio do
mais forte.
A amargura divina
empolgara toda a
formosa assembléia
de querubins e
arcanjos. Foi quando
Helil, para renovar
a impressão
ambiente, dirigiu-se
a Jesus com brandura
e humildade:
— Senhor, se esses
povos infelizes, que
procuram na grandeza
material uma
felicidade
impossível, marcham
irremediavelmente
para os grandes
infortúnios
coletivos, visitemos
os continentes
ignorados, onde
espíritos jovens e
simples aguardam a
semente de uma vida
nova. Nessas terras,
para além dos
grandes oceanos,
poderíeis instalar o
pensamento cristão,
dentro das doutrinas
do amor e da
liberdade.
E a caravana
fulgurante, deixando
um rastro de luz na
imensidade dos
espaços,
encaminhou-se ao
continente que
seria, mais tarde, o
mundo americano.
O Senhor abençoou
aquelas matas
virgens e
misteriosas.
Enquanto as aves lhe
homenageavam a
inefável presença
com seus cantares
harmoniosos, as
flores se inclinavam
nas árvores
ciclópicas,
aromatizando-lhe as
eterizadas sendas. O
perfume do mar
casava-se ao
oxigênio agreste da
selva bravia,
impregnando todas as
coisas de um
elemento de força
desconhecida. No
solo, eram os
silvícolas humildes
e simples,
aguardando uma era
nova, com o seu
largo potencial de
energia e bondade.
Cheio de esperanças,
emociona-se o
coração do Mestre,
contemplando a
beleza do sublimado
espetáculo.
— Helil — pergunta
ele — onde fica,
nestas terras novas,
o recanto planetário
do qual se enxerga,
no infinito, o
símbolo da redenção
humana?
— Esse lugar de
doces encantos,
Mestre, de onde se
vêem, no mundo, as
homenagens dos céus
aos vossos martírios
na Terra, fica mais
para o sul. E,
quando no seio da
paisagem repleta de
aromas e de
melodias,
contemplavam as
almas santificadas
dos orbes felizes,
na presença do
Cordeiro, as
maravilhas daquela
terra nova, que
seria mais tarde o
Brasil, desenhou-se
no firmamento,
formado de estrelas
rutilantes, no
jardim das
constelações de
Deus, o mais
imponente de todos
os símbolos.
Mãos erguidas para o
Alto, como se
invocasse a bênção
de seu Pai para
todos os elementos
daquele solo
extraordinário e
opulento, exclama
então Jesus:
— Para esta terra
maravilhosa e
bendita será
transplantada a
árvore do meu
Evangelho de piedade
e de amor. No seu
solo dadivoso e
fertilíssimo, todos
os povos da Terra
aprenderão a lei da
fraternidade
universal. Sob estes
céus serão entoados
os hosanas mais
ternos à
misericórdia do Pai
Celestial.
Tu, Helil, te
corporificarás na
Terra, no seio do
povo mais pobre e
mais trabalhador do
Ocidente;
instituirás um
roteiro de coragem,
para que sejam
transpostas as
imensidades desses
oceanos perigosos e
solitários, que
separam o velho do
novo mundo.
Instalaremos aqui
uma tenda de
trabalho para a
nação mais humilde
da Europa,
glorificando os seus
esforços na oficina
de Deus.
Aproveitaremos o
elemento simples de
bondade, o coração
fraternal dos
habitantes destas
terras novas, e,
mais tarde,
ordenarei a
reencarnação de
muitos Espíritos já
purificados no
sentimento da
humildade e da
mansidão, entre as
raças oprimidas e
sofredoras das
regiões africanas,
para formarmos o
pedestal de
solidariedade do
povo fraterno que
aqui florescerá, no
futuro, a fim de
exaltar o meu
Evangelho, nos
séculos gloriosos do
porvir. Aqui, Helil,
sob a luz
misericordiosa das
estrelas da cruz,
ficará localizado o
coração do mundo!
Consoante a vontade
piedosa do Senhor,
todas as suas ordens
foram cumpridas
integralmente.
Daí a alguns anos, o
seu mensageiro se
estabelecia na
Terra, em 1394, como
filho de D. João I e
de D. Filipa de
Lencastre, e foi o
heróico Infante de
Sagres, que operou a
renovação das
energias
portuguesas,
expandindo as suas
possibilidades
realizadoras para
além dos mares. O
elemento indígena
foi chamado a
colaborar na
edificação da pátria
nova; almas
bem-aventuradas
pelas suas renúncias
se corporificaram
nas costas da África
flagelada e oprimida
e, juntas a outros
Espíritos em prova,
formaram a falange
abnegada que veio
escrever na Terra de
Santa Cruz, com os
seus sacrifícios e
com os seus
sofrimentos, um dos
mais belos poemas da
raça negra em favor
da humanidade.
Foi por isso que o
Brasil, onde
confraternizam hoje
todos os povos da
Terra e onde será
modelada a obra
imortal do Evangelho
do Cristo, muito
antes do Tratado de
Tordesilhas, que
fincou as balizas
das possessões
espanholas, trazia
já, em seus
contornos, a forma
geográfica do
coração do mundo. |
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pelo Espírito
Humberto de Campos |
Do livro: Brasil,
Coração do Mundo,
Pátria do Evangelho.
Médium: Francisco
Cândido Xavier. |
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