C.E.
Caminhos de Luz |
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Oi Alma Irmã, nossas Fraternais
Saudações! |
Que esta MSG te encontre em Paz
e com Saúde!!! Obrigado pela
companhia! |
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Como houvesse o
Senhor recomendado
nas instruções do
dia muita cautela no
julgar, a
conversação em casa
de Pedro se
desdobrava em
derredor do mesmo
tema.
— É difícil não
criticar — comentava
Mateus, com lealdade
—, porque, a todo
instante, o homem de
mediana educação é
compelido a emitir
pareceres na
atividade comum.
— Sim — concordava
André, muito franco
—, não é fácil agir
com acerto, sem
analisar
detidamente.
Depois de vários
depoimentos, em
torno do direito de
observar e corrigir,
interferiu Jesus sem
afetação:
— Inegavelmente,
homem algum poderá
cumprir o mandato
que lhe cabe, no
plano divino da
vida, sem vigiar no
caminho em que se
movimenta, sob os
princípios da
retidão. Todavia, é
necessário não
inclinar o espírito
aos desvarios do
sentimento, para não
sermos vitimados por
nós mesmos. Seremos
julgados pela medida
que aplicarmos aos
outros. O rigor
responde ao rigor, a
paciência à
paciência, a bondade
à bondade...
E, transcorridos
alguns instantes,
contou:
— Quando Israel
vivia sob o governo
dos grandes juízes,
existiu um
magistrado austero e
violento, em
destacada cidade do
povo escolhido, que
imprimiu o terror e
a crueldade em todos
os serventuários sob
a sua orientação.
Abusando dos poderes
que a lei lhe
conferia, criou
ordenações tirânicas
para a punição das
mínimas faltas.
Multiplicou
infinitamente o
número dos soldados,
edificou muitos
cárceres e inventou
variados
instrumentos de
flagelação.
O povo, asfixiado
por estranhas
proibições, devia
movimentar-se
debaixo de severa
fiscalização, qual
se fora rebanho de
bravios animais.
Trabalharia,
descansaria e
adoraria o Senhor,
em horas
rigorosamente
determinadas pela
autoridade, sob pena
de sofrer
humilhantes
castigos, nas
prisões, com pesadas
multas de toda
espécie.
Se bem mandava o
juiz, melhor agiam
os subordinados,
cheios de natural
malvadez.
Assim foi que, certa
feita, dirigindo-se
o magistrado, alta
noite, à casa de um
filho enfermo, foi
aprisionado, sem
qualquer
consideração, por um
grupo de guardas
bêbedos e inconscientes que o
conduziram a escura
enxovia que ele
mesmo havia
inaugurado, semanas
antes. Não lhe
valeram a
apresentação do nome
e as honrosas
insígnias de que se
revestia. Tomado por
temível ladrão, foi
manietado, despojado
dos bens que trazia
e espancado sem
piedade, afirmando
os sentinelas que
assim procediam,
obedecendo às
instruções do grande
juiz, que era ele
próprio.
Somente no dia
imediato foi
desfeito o equívoco,
quando o infeliz
homem público já havia sofrido a
aplicação das penas
que a sua autoridade
estabelecera para os
outros.
O legislador
atribulado
reconheceu, então,
que era perigoso
transmitir o poder a
subalternos
brutalizados e
ignorantes,
percebendo que a
justiça construtiva
e santificante é
aquela que retifica
ajudando e educando,
na preparação do
Reinado do Amor
entre os homens.
Desde a singular
ocorrência, a cidade
adquiriu outro modo
de ser, porque o
juiz reformado,
embora prosseguisse
atento às funções
que lhe competiam,
ergueu, sobre o
tribunal, a
benefício de todos,
o coração de pai
compreensivo e
amoroso.
Lá fora, brilhavam
estrelas, retratadas
nas águas serenas do
grande lago. Depois
de longa pausa, o
Mestre concluiu:
— Somente aquele que
aprendeu
intensamente com a
vida, estudando e
servindo, suando e
chorando para
sustentar o bem,
entre os espinhos da
renúncia e as flores
do amor, estará
habilitado a exercer
a justiça, em nome
do pai. |
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pelo Espírito Neio
Lúcio |
Do livro: Jesus no
Lar. Médium:
Francisco Cândido
Xavier. |
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