C.E.
Caminhos de Luz |
|
|
|
|
|
Oi Alma Irmã, nossas Fraternais
Saudações! |
Que esta MSG te encontre em Paz
e com Saúde!!! Bom final de
Semana! Obrigado pela
companhia! |
|
Quando João Rigueira
partiu da Terra,
ardia ele no ideal
de fazer o bem.
Espírito prestimoso,
não adquirira, no
entanto, merecimento
para grandes
alturas. Era preciso
trabalhar mais,
estudar mais...
Por isso, Nicésio, o
benfeitor que desde
muito o tutelara,
foi claro no
conselho, ao
recebê-lo no espaço:
- João, você, para
elevar-se, precisa
mais tempo entre os
homens.
- Para quê? –
indagou surpreso, o
recém-desencarnado,
que aspirava aos
cimos.
- A fim de
aprimorar-se,
através do serviço
em nome de Jesus –
falou o guia.
E acrescentou:
- Além disso, você
deixou no mundo a
filha pequenina.
Rosalva precisará de
você...
Lembrou Rigueira o
laço mais forte que
o prendia na Terra.
Sim, Rosalva... O
anjinho que a esposa
inconseqüente lhe
deixara nos braços,
quando seguira no
encalço de aventuras
inferiores... Desde
a separação da
companheira, entrara
ele em duras lições
de entendimento para
esquecer, mas ficara
a menina.
Recordava agora...
Antes de libertar-se
do corpo físico,
entregara-a aos
cuidados de pobre
amigo, que se
prontificou a
interná-la em
humilde orfanato.
Oh! Deus, como
poderia esquecer a
filhinha que deixara
mal saída do regaço
materno?!
Rigueira começou a
chorar; contudo,
Nicésio consolou-o:
- João, seja forte.
Você recomeçará aqui
suas tarefas, em
nome de Jesus. Tenho
um grupo de amigos
encarnados, junto do
qual permanecerá
você em atividade,
repartindo forças e
atenções, entre o
burilamento próprio
e o amparo à
criança.
- Sim, sim... –
acentuou o
interpelado em
pranto copioso -,
procurarei servir,
servir...
E realmente, desde
então, escolhendo a
legenda “em nome de
Jesus”, João
Rigueira passou a
ajudar em casa do
Dr. Vicentino de
Freitas, distinto
advogado que tentava
adaptar-se à
Doutrina Espírita. A
esposa, Dona
Guiomar, aquiescera
em formar uma equipe
doméstica para
estudos do
Evangelho, à qual se
juntara Dona Clélia,
uma cunhada viúva, e
seus dois filhos:
Martinho e Luís
Paulo.
Eram desse modo,
cinco aprendizes à
mesa, quando
Rigueira ocupou a
mediunidade de Dona
Clélia, pela
primeira vez,
dando-se a conhecer
como sendo o
mensageiro que
passaria a servir ao
conjunto, mais
diretamente.
Emocionou-se, chorou
e pediu a Inspiração
Divina... E, desde
aquele instante, foi
promovido pela
família confortada e
alegre ao posto de
“Irmão João”.
Duas vezes por
semana reunia-se o
grupo e o amigo
espiritual velava
fiel. Mas não só
isso. Era compelido
a trabalho diário.
Os serviços do Dr.
Vicentino
reclamavam-lhe
assistência, a saúde
de Dona Guiomar
pedia abnegação, os
problemas de Dona
Clélia
multiplicavam-se e
os rapazes não lhe
dispensavam apoio na
luta íntima.
Dois filhinhos de
Dona Guiomar
surgiram no berço.
Rigueira fora o
pagem vigilante,
desde os primeiros
dias da gestação,
amparando e
providenciando... Os
gêmeos, Jorge e
Jarbas, eram
seguidos por ele,
quais se lhe fossem
rebentos do coração.
Atalaia incansável.
Passes magnéticos e
rodo para que os
meninos se
ajustassem.
Enfermagem no
sarampo e auxílio na
coqueluche. Socorro
contínuo ao campo
orgânico de Dona
Guiomar, que
aleitava
difìcilmente.
Bálsamo invisível
nos nervos do Dr.
Vicentino. E, no
setor de Dona
Clélia, concurso
incessante.
Mas, na esfera
sentimental dele
mesmo, o pobre
Espírito de João
Rigueira acompanhava
agoniado os
padecimentos da
filha. Rosalva
despedira-se do
orfanato, já
crescida, para
servir na copa de
família abastada e,
aos catorze anos de
idade, já sofria
vexames.
O primogênito da
casa perseguia e
injuriava a mocinha.
Muitas vezes, o
Irmão João
comparecia às preces
e estudos, no lar
dos Freitas, de alma
em frangalhos; no
entanto, nunca
faltava.
Os filhos do
Dr.Vicentino
cresceram. Luís
Paulo e Martinho
conquistaram
diplomas nobres. E
Rigueira, no
batente, alentando a
cada um.
À vista de tamanho
devotamento, toda a
família
condecorava-lhe o
nome com referências
especiais.
- O Irmão João é o
herói da caridade
que conhecemos –
dizia Dona Clélia,
entusiasta.
- Espírito algum nos
ensinou a prática da
virtude, tanto
quanto ele –
rematava Dona
Guiomar, fazendo
gesto confirmativo
com a cabeça.
Estimulado por
semelhante carinho,
Rigueira, certo dia,
tomou decisiva
resolução. Insistiu
mentalmente com a
filha para sair da
luzida residência em
que se achava na
bica de grave queda
moral.
Rosalva, na
primavera dos vinte
anos, estava
desfigurada,
abatida... E tão
atormentada se via
na trama dos
pensamentos
inferiores, que não
resistiu, de modo
algum, às sugestões
do Espírito paterno.
Pôs-se a deambular,
rua a fora,
acompanhada de perto
por ele, que a
conduziu,
mecânicamente, para
o lar do Dr.
Vicentino de
Freitas, estuante de
otimismo e ternura.
A família, à
noitinha, aguardava
o momento exato do
Evangelho, quando a
jovem tocou a
campainha.
Recebida no
caramanchão de
acesso, falou
inspirada por
Rigueira. Via-se
abandonada, pedia
trabalho honesto,
era órfão,
sozinha... Mas o Dr.
Vicentino, algo
ríspido, explicou
que não precisava de
empregada. Dona
Guiomar esclareceu
que não dispunha de
possibilidade par
examinar a proposta.
E Dona Clélia, mais
generosa, deu-lhe
vinte cruzeiros para
um lanche,
recomendando-lhe
fosse à casa da
esquina próxima,
onde, segundo ouvira
dizer, necessitavam
de cozinheira.
Rosalva retirou-se
em lágrimas e, além
do portão, ouviu
Dona Guiomar que
comentava severa:
- Deve ser uma
perdida qualquer...
Ao que Dona Clélia
ajuntou com
sarcasmo:
- De moça que se
oferece, Deus me
livre!
Transcorrida meia
hora, os componentes
do círculo
reuniam-se à mesa.
Todos reverentes, em
atitude submissa.
Finda a prece de
abertura, foi lido e
minuciosamente
interpretado formoso
trecho sobre a
beneficência. Em
seguida, o amigo
espiritual
incorporou-se em
Dona Clélia para o
serviço do passe
curativo;
entretanto, como
jamais acontecera no
curso de quase vinte
anos, o benfeitor
guardava silêncio,
mostrando sinais de
imensa amargura.
- Que houve irmão
João? – perguntou o
Dr. Vicentino. –
Você, triste?
Rigueira, porém, fez
um sorriso
desapontado e
respondeu paciente:
- Não se preocupe
meu amigo. Tudo vai
bem...
E concluiu:
- Continuemos
trabalhando...em
nome de Jesus. |
|
|
|
pelo Espírito
Irmão X |
Do Livro: Contos
Desta e Doutra Vida. Médium:
Francisco Cândido
Xavier. |
|
|
|
NOVIDADES NO SITE |
Reformulamos nosso
site, agora
totalmente amigável
para smartphones e
tablets. Ajude-nos a
divulgar essas
mensagens e
reenvie-a aos seus
contatos. |
|
|
|
|
|