Segue-me

“Habitualmente, quando as tarefas de uma equipe consagrada ao serviço do bem parecem devidamente estabilizadas a crise explode. Desequilibra-se o clima das obras e a tempestade ruge. Desentendem-se irmãos na sombra da discórdia quando mais necessária se faz a luz da harmonia. Edificações que se figuravam consolidadas apresentam brechas arrasadoras. Todo o esquema das realizações em andamento se mostra superficialmente comprometido. Afastam-se companheiros de posições importantes deixando claros difíceis de preencher. Esses são dias de exame, em que a ventania da crítica esbraveja em torno de nós, experimentando-nos a segurança da construção. E esses são, igualmente, os dias para a serenidade maior. Diante deles, nada de irritação, nem desânimo. (...)”

Um livro comemorativo
O trecho acima transcrito é parte integrante do capítulo Grupo em crise, constante do livro Segue-me..., ditado pelo Espírito Emmanuel ao médium Chico Xavier. A obra, lançada pela Casa Editora O Clarim no início da década de 70, é comemorativa da outorga de Cidadania Paulistana ao citado e conhecido médium, pela Câmara Municipal de São Paulo em 19 de maio de 1973. 

Sublime conteúdo
Com mais de 80 capítulos, todos com a sabedoria do autor espiritual Emmanuel, em páginas concisas e altamente espiritualizadas, o livro reúne páginas selecionadas pelo então editor Wallace Leal V. Rodrigues, que organizou a seqüência e composição da obra, além de prefaciá-la com o brilhante texto O misterioso poder, em pouco mais de 20 páginas iluminadas com seu inconfundível e incomparável estilo. Sobre Wallace (1924 – 1988), sugiro aos leitores pesquisarem sua biografia no site www.useregionaljau.com.br , cuja riqueza intelectual e artística do biografado fornece dimensão exata do trabalho exercido em favor do bem e da divulgação espírita. 

Do capítulo em destaque
Do capítulo com que iniciamos a presente abordagem, destacamos ainda o pensamento do Espírito autor: “(...) Reunirmo-nos mais estreitamente uns aos outros na fidelidade ao trabalho, a fim de conjurar perigos maiores, é o nosso dever. Urge consertar a máquina de ação, como pudermos, dentro de todos os recursos lícitos, à maneira dos ferroviários que restauram a locomotiva descarrilada e, depois de colocá-la em condições de serviços nos trilhos justos, seguir para a frente. Nem acusações, nem lamentos. Trabalhar com mais ardor, esquecendo o mal e lembrando o bem. Restabelecer a união e avançar adiante. Compreender que as horas para a fé não são aquelas do Sol rutilando no firmamento azul, mas, precisamente, aquelas outras em que as nuvens despejam ameaças de algum lugar do céu. Todos encontramos dificuldades no caminho em que transitamos. (...)”

Obra de muito valor
O livro, pois, de Emmanuel, é de grande valor para todos nós. Indicamo-lo com entusiasmo, pois se trata de autêntico tesouro de espiritualidade e ensinamentos. Breve análise do índice já indica a oportunidade e validade dos capítulos elencados. Para concluir, motivando o leitor, transcrevo o final da mensagem que destacamos na presente abordagem. Conclui Emmanuel: “(...) Sempre que chamados a servir é forçoso recordar que estamos carregando encargos que a Divina Providência nos confiou, no bem de todos. E, cuidando de satisfazer aos desígnios de Deus, sejam quais forem os riscos e tropeços com que sejamos defrontados, estejamos convencidos de que Deus cuidará de nós.”.


Orson Carrara