Alegria - Benéfico Elixir

Vós, que desejais o bem, ficai sabendo que há muitas maneiras de realizá-lo de forma permanente. Os pensamentos, os sentimentos são contagiosos, como vêdes por exemplo, nos grande agrupamentos, como crescem de intensidade. O entusiasmo de alguns se espalha como fogo em fôlha sêca, tornando-se até perigoso, desvirtuando.
As emoções em conjunto aumentam, intensificam-se, provocando até revoluções, lutas fratricidas. Se um ri, outro se sente inclinado a rir também, pelos motivos fúteis, estabelecendo-se uma cadeia nesse sentido. Pelo contrário, muitas vêzes a pessoa se encontra disposta, porém, em contato com outra cujos pensamentos são cheios de tristeza, êsse sentimento negativo pode envolver em suas malhas a outra pessoa e torná-la partícipe do negro panorama interior. Somos, portanto, responsáveis, e bem responsáveis, pelo teor alegre ou triste do ambiente de que fazemos parte e isto é um bem ou mal que praticamos.
A tristeza, que não é encarada por muitos como prejudicial, assim é e muito, levando a atos verdadeiramente maus, como o do suicídio e outros.
É, pois, caridade, ser alegre e cuidar de transmitir bom ânimo, na certeza de doar, assim, um elixir poderoso, superior aos demais medicamentos.
Tudo aquilo que cultivamos de bom, de virtuoso, se irradia de nós, atingindo aos que conosco convívem ou que, mesmo distantes, se acham ligados a nós, porque nossa família espiritual se estende ao infinito.
Quando na matéria, nossas percepções são tão acanhadas, é tão limitado o nosso campo de ação, tão pouco vislumbramos, que nos restringimos aos que conosco convívem como membros familiares, porém, desprendidos da carne, verificamos quão longa é a cadeia de ente queridos que vibram na mesma atmosfera espiritual que nós.
A solidão faz parte da curta vida material onde, muitas vezes, não encontramos afinidades, pontos de contatos, nos que nos cercam. No espaço, os Espiritos se ligam sempre pelas preferências e ninguém se sente isolado, porque encontra logo quem o compreenda e sinta da mesma forma.
Solidão é, pois, outra provação terrena que termina ao regressar do Espírito à verdadeira Pátria. Não falamos, é claro, dos Espiritos ainda atrasados, que não sentem nem gozam as sutilezas da espiritualidade, mas se prendem por grosseira materialidade aos mundos carnais; falamos daqueles que, como vós, procuram, embora ainda na matéria, desprender-se e pairar acima das necessidades físicas, para vibrar em sintonia com o mundo espiritual e que encontrarão paz e felicidade por haverem preparado, assim, o seu regresso.
Fazei o bem, contagiando a todos da alegria sã e pura que se irradiará de vós, penetrando-os como benéfico e medicamentoso elixir.


Estevão