A Mulher no seu Meio

Na caminhada evolutiva em que os Espíritos se encontram, não podem ser desconsideradas as participações efetivas dos que palmilham na condição de semelhantes, que são o próximo, que cada vez mais se avizinham do companheiro de jornada, ainda que impelidos por estranha força que, na Terra, agrega os afins.

São necessárias várias etapas na jornada evolutiva para que as afinidades se estabeleçam definitivamente, mormente quando no passado as criaturas se desajustaram em relacionamentos infelizes.

Mas, quando os reajustes são restabelecidos pelo esforço comum, ou a afinidade se evidenciou nos primeiros relacionamentos, são formados os grupos que caminham juntos, atuando sob a orientação dos Espíritos que ajudam a humanidade a crescer.

Junto aos lares em atividades que conduzem ao progresso, os amigos que a eles estão ligados são de fundamental importância, influindo positivamente na consolidação do instituto familiar, favorecendo os planejamentos redentores a que estão sujeitos os seus componentes.

No caso da mulher na função de mãe e de esposa, é inestimável a participação sincera das amigas encarnadas, principalmente quando os valores de que são portadoras são aqueles que educam e instruem, que elevam e dão entendimento à verdade, que libertam e estimulam à caridade.

Todavia, no círculo de amizade de cada um, convivemos, é natural, com pessoas que ainda se comprazem em posicionamentos conflitantes com os preceitos morais que marcam a cadência do homem com evidentes tendências para o bem.

A estes nos compete entender e ajudá-los nas suas limitações, oferecendo-lhes exemplos de vida reta. A verdadeira amizade sincera é aquela que somente ajuda.

Porém, no concurso fraterno não pode faltar a vigilância para que o mal se torne hóspede permanente nos lares em formação, colocando em risco a estabilidade moral já adquirida pelo conjunto. Nem tudo o que ocorre na intimidade do lar pode ou deve ser relatado, devendo o bom senso nortear o nível do relacionamento, a fim de que a treva não encontre brechas na muralha da fortaleza doméstica.

A mãe evangelizada é um livro ao qual os filhos sempre recorrem nas horas difíceis. O lar é a primeira escola de Deus, aberta para os seus componentes, na suavidade do amor; a mãe, a sua primeira professora.

Entretanto, ele se estende mais adiante, tendo o poder de acolher também a quem se afeiçoa, abrindo as portas a quem queira se aperfeiçoar, sendo a mulher a mãe para o futuro que compreende o amor de Deus para com todos.

A mulher pode ser mãe sem ter gerado, por amor a quem busca a luz. Agindo por seu intermédio, educando e favorecendo a todos que estejam ligados ao lar, tem função de encaminhar aqueles que buscam o crescimento.

Nesse relevante mister, é imprescindível a presença de Jesus no lar, na função de seu Evangelho, fazendo luz nos corações e nas mentes, como força de vida imortal para os homens que estão na Terra, buscando merecimento para desfrutar da felicidade nos planos mais elevados da vida.

A seleção é uma realidade em todas as faixas de vida. A seleção dos amigos é fator de segurança dos alicerces do edifício familiar.


Maria Nunes