Perdão das Ofensas: Uma Atitude Inteligente

Cientistas ligados à área do comportamento humano ressaltam a necessidade de se observar algumas regras essenciais, se o intuito for a saúde integral e o bom relacionamento com os semelhantes.
O que mais se valoriza no presente momento, quando se trata de avaliar a potencialidade psicossocial do ser, é determinar a capacidade individual de interagir com os circunstantes de uma forma equilibrada e amistosa. O chamado Quoeficiente de Inteligência, segundo às pesquisas modernas, não é mais considerado condição essencial, se o portador de elevado Q.I. demonstrar dificuldade em se ajustar ao trabalho de equipe e em conviver harmoniosamente com os demais.
Estamos na era da valorização da Inteligência Espiritual, pois de acordo com os postulados espiritistas, a inteligência é o atributo da alma responsável pelos fenômenos psíquicos que se estruturam na zona consciencial do campo físico. E se do espírito partem as energias diretoras da vida é lógico que se entenda a inteligência como fator disciplinador do comportamento diante das reações emocionais.
A propósito, faz-se oportuno um certo esclarecimento. A atual valorização do comportamento inteligente, na verdade, não passa de assunto milenar já discutido pelo Sublime Terapeuta, quando de sua visita ao nosso Planeta, como veremos mais adiante.
A psiconeuroimunologia, moderna expressão do conhecimento científico, tem investigado, em campo experimental, as relações de causa e efeito entre a mente e o metabolismo hormonal. Chegou-se, desse modo, à conclusão de que posturas mentais de mágoa e ódio, se muito prolongados, afetam o sistema imunológico, reduzindo as defesas e precipitando enfermidades graves.
Um dos exemplos mais flagrantes relaciona-se com o sentimento de mágoa cultivado por um tempo mais extenso, senão vejamos. Eventos corriqueiros do tipo: discussão acalorada, injustiça sentida, rotura sentimental ou perda significativa podem impregnar intensamente o perispírito de algumas pessoas com cargas energéticas desarmônicas absorvidas em conseqüência da manutenção do ressentimento. Tais estados de espírito influenciam o campo físico, chegando mesmo a impedir a liberação de fatores antitumorais, e o conseqüente bloqueio da própria capacidade reativa, predispondo o organismo ao desenvolvimento de neoplasias malignas. Quantos casos de câncer decorrem destes mecanismos sutis, sem que o paciente se aperceba do processo de auto-aniquilação a que se encontra submetido.
Daí a sugestão de não se alimentar por longos períodos, situações emocionais desarmônicas, sob pena da criatura ser acometida por enfermidades de difícil solução. É preciso entender que indignação temporária seguida do esquecimento sincero é uma coisa, todavia, mágoa interminável é outra bem diferente.
Hoje, entendemos a sugestão incisiva de Jesus, ao sugerir o perdão em todas as circunstâncias, tantas vezes quantas forem necessárias e de uma forma incondicional. O querido Médico de nossas almas sabia das terríveis conseqüências das mágoas prolongadas e não trabalhadas pela capacidade de perdão (inteligência espiritual).
A vivência plena do perdão é uma atitude evangélica perfeitamente compatível com os conhecimentos da ciência atual, e o Evangelho do Cristo em seu aspecto renovador do comportamento humano é ciência pura despida de pieguismo ou conotações místicas.


Vitor Ronaldo Costa