Na Conduta de Cristo

Basta deseje e qualquer um pode comprovar nos versículos evangélicos, que nos três anos de vida messiânica, Jesus:

Em tempo algum duvidou do Pai;

Nenhuma vez operou em proveito próprio;

Não recusou a cooperação dos trabalhadores menos respeitáveis que as circunstâncias lhe ofereciam;

Jamais deixou de atender às solicitações produtivas e nem chegou a relacionar as requisições irrefletidas que lhe deram endereçadas;

Não discriminou pessoas ou recintos para prestação de auxílio;

Nada fez de inútil;

Nada fugiu de regular o ensinamento da verdade conforme a capacidade de assimilação dos ouvintes;

Nunca foi apressado;

Nada fez em troca de recompensa alguma, nem mesmo na expectativa de considerações quaisquer.

Realmente, se Jesus não fez isso, por que faremos?

Aplicada a conduta de Cristo à mediunidade, compreenderemos facilmente que se possuímos a fé raciocinada é impossível vacilar em matéria de confiança no auxilio espiritual; que tarefeiro a deslocar-se para ações de benefício próprio figura-se lâmpada que enunciasse o despropósito de acreditar-se brilhante sem o suprimento da usina; que devemos atender às petições de concurso fraterno que nos sejam encaminhadas dentro dos nossos recursos, sem a presunção de tudo saber e fazer, quando o próprio sol não pode substituir o trabalho de uma vela, chamada a servir no recesso da furna; que o aprendiz da sabedoria interessado em carregar inutilidades e posses estéreis lembra um pássaro que ambicionasse planar nos céus, repletando a barriga com grãos de ouro.

Na mediunidade com Cristo, principalmente, faz-se preciso reconhecer que a pressa não ajuda a ninguém, que ele, o Mestre, nada exigiu e nada fez a toque de força, e nem transformou situações ou criaturas, através de empresas milagrosas, porque todo trabalhador sem paciência assemelha-se ao cultivador dementado que arrancasse, diariamente, do seio da terra, a semente viva, nela depositada, para verificar se já germinou.


André Luiz