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A mitologia grega conta que Hércules, para realizar um de seus doze trabalhos, precisou transpor um estreito marítimo.

Não dispondo de muito tempo, resolveu abrir o caminho com seus ombros, ligando assim o mar Mediterrâneo ao oceano Atlântico.

De um lado ficou o rochedo de Gibraltar, na África e do outro, o monte Musa, na Europa. Esses dois montes, assim separados, passaram a ser conhecidos como Colunas de Hércules.

Colunas lembram sustentação, fortaleza. E se pensarmos em nossas vidas, com certeza verificaremos que todos temos dessas colunas.

Colunas que são, verdadeiramente, o nosso sustentáculo, nesse mundo de provas e expiações.

São pais dedicados que nos conduzem à escola, que se esmeram em nos auxiliar nas dificuldades que as primeiras letras e cálculo nos trazem.

São eles que leem conosco, que nos ensinam uma vez, e outra, e outra. São eles que nos levam pela mão, para vencer o medo do desconhecido da escola, do mundo.

São professores que nos abrem o entendimento para o alfabeto, os números. Que nos indicam o valor de cada símbolo, seu significado específico em cada circunstância.

São amigos que nos ajudam, em determinados momentos, acolhendo-nos, ou que nos sugerem alternativas para nossa caminhada.

Recordamos que Andrea Bocelli, o tenor consagrado mundialmente, teve várias dessas colunas em sua vida.

Criança, parcialmente cego, teve o apoio incondicional de sua mãe e de seu pai. Aos seis anos, começou a aprender a tocar vários instrumentos musicais.

Na adolescência, formou uma amizade com um jovem com quem manteve parceria musical.

Amigo que o estimulou a cantar e a se apresentar.

Seu tio, Giovanni, lhe foi outra grande coluna. Ele o inscreveu em concursos de canto, e o incentivava, mesmo quando outros afirmavam o contrário.

Até mesmo um afinador de pianos, acostumado a ter contato com celebridades, foi-lhe uma voz indicadora para encontrar quem lhe foi o maior mestre.

Esse rapaz lhe falou de um excelente professor de canto, o maestro Luciano Bettarini, e para ele o encaminhou.

Foi graças ao treinamento vocal desse maestro que Andrea aprendeu técnicas de respiração, de preparo pessoal para se tornar o grande tenor de óperas.

Sonho, diga-se, que Andrea tinha desde que, criança, enquanto numa clínica, em recuperação de uma cirurgia ocular, ouvira um trecho de ópera, no quarto ao lado.

Sua mãe dizia que a música era o que lhe acalmava o desespero, depois de ter perdido totalmente a visão, aos doze anos de idade.

Colunas de sustentação. Todos as temos. Algumas bem próximas de nós, convivem conosco e de contínuo nos incentivam, estimulam.

São elas que nos levam a dar mais um passo. E outro ainda.

Outras, simplesmente passam pela nossa vida para nos indicar um caminho, para nos apontar um roteiro, acender uma luz.

Importante que estejamos atentos a essas pessoas que nos transmitem a voz de Deus, orientando-nos o melhor percurso.

Nossas colunas de sustentação. Pais, amigos, conhecidos. Quantas teremos? Prestemos atenção. E prossigamos nas lutas que nos competem.


Por: Momento Espírita, Redação do Momento Espírita, com Informações biográficas de Andrea Boccelli. Do site: http://momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=5831&stat=0


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