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Feliz de ti se choras e bendizes
A angustia que te oprime e dilacera,
Guardando a luz da , viva e sincera,
No coração marcado a cicatrizes!

Ditosa a crença que não desespera
No turbilhão das horas infelizes,
Entrelaçando as fúlgidas raízes
No País da Divina Primavera!

Suporta a sombra que precede a aurora,
Louva a pedrada que nos aprimora,
Trabalha e espera ao temporal violento!...

E, um dia, sem a carne em que te abrasas,
Remontarás ao Céu com as próprias asas,
Purificadas pelo sofrimento.


Por: Auta de Souza, Do livro: Relicário de Luz, Médium: Francisco Cândido Xavier


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