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O domingo era de sol e muitas crianças estavam no zoológico, trazidas pelas mãos dos pais.

Um artista armou sua pequena tenda e logo uma fila enorme de crianças se formou, aguardando que ele pintasse nos seus rostos patinhas de tigre.

Uma avó se aproximou com a netinha, cujo rosto era todo salpicado de sardas vermelhas e brilhantes. Um menino olhou para ela e gritou:

Você tem tantas sardas que ele não vai ter onde pintar! – Amenina abaixou a cabeça.

A avó se ajoelhou para ficar à altura da garota e disse:

Adoro suas sardas.

Mas eu detesto, falou a pequena, com os olhos quase a derramar lágrimas e os lábios querendo fazer beicinho de choro.

A senhora passou o dedo pela face da neta e continuou:

Quando eu era menina, sempre quis ter sardas. Sardas são tão bonitas!

De verdade? Perguntou a menina, levantando o rosto.

Claro. Confirmou a avó. Quer ver? Diga-me uma coisa mais bonita que sarda.

A garotinha, olhando para o rosto sorridente da avó, respondeu suavemente: Rugas.

O singelo diálogo, na tarde ensolarada, foi uma declaração de amor entre duas gerações. Avós são criaturas especiais. Repassemos juntos o que as crianças pensam a respeito:

Avós ajudam você a lavar a louça, quando é sua vez de fazer a tarefa. E fazem com tanta alegria e espontaneidade, que você passa a aguardar, ansioso, a sua vez, no rodízio familiar, de realizar a tarefa novamente, para gozar daquela presença tão especial.

Avós são as únicas babás que não cobram extra depois da meia-noite. Ou melhor, nunca cobram nada, nem antes, nem depois da meia-noite. E ainda se oferecem para ficar com os netos no feriado, no final de semana, na noite de estreia de um filme, uma peça de teatro.

Avós são criaturas que chegam três horas mais cedo na sua apresentação de dança, na sua formatura, no seu casamento, porque querem se sentar num lugar de onde possam ver tudo, sem perder nada.

Eles têm a capacidade de fingir que não o reconhecem quando está fantasiado para a peça da escola, só para você achar graça da ingenuidade deles.

Avó é uma pessoa especial que coloca suéter em você quando ela mesma está com frio, vai alimentá-lo quando ela estiver com fome e procurará colocá-lo na cama quando ela estiver cansada.

Avós vão emoldurar o desenho que você fez e colocá-lo num lugar de destaque na sua sala de visitas.

Avós são pessoas que ajudam você com seus botões, laços de sapatos e zíperes, e não têm nenhuma pressa em ver você crescer.

Quando você é um bebê, os avós vão ver se você está chorando quando está no maior sono.

E quando um netinho diz: Vovó, como é que pode você ser tão bacana e não ter nenhum filho? - ela disfarça e segura a vontade de chorar.

Avós são pais e mães que se reprisam. Só que com mais doçura, que o tempo, a maturidade e o conforto da idade lhes conferem.

Se você goza da ventura de ter avós ao seu lado, ame-os.

E se não os possui, ame os avós de quaisquer netos, essas criaturas serenas que Deus mantém no mundo para testificar que amor com açúcar faz muito bem para a alma de quem está reiniciando a vida, neste imenso planeta de tantas lutas e dificuldades.


Por: Momento Espírita, Redação do Momento Espírita, com base no cap. Mais bonitas do que sardas, de Sue Monk Kidd e no cap. O amor são as avós, de Erma Bombeck, do livro Histórias para aquecer o coração das mulheres, de Jack Canfield, Mark Victor Hansen, Jennifer Read Hawthorne e Marci Shimoff, ed. Sextante. Do site: http://momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=4368&stat=0


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