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Alma querida, por vezes,
No conforto que te asila,
Exclamas, de voz tranqüila,
Quase sempre a perguntar:
- “Que posso fazer no mundo,
Com legítimo proveito
Se tudo parece feito
Com tanta luz a brilhar?”

E contentas-te fitando,
No esplendor a que te entrosas,
As máquinas primorosas
Na escalada de apogeus...
Sabes que tudo é progresso,
Sob vantagens em bando,
E tens razão afirmando
Que a vanguarda vem de Deus.

Mas do caminho enfeitado
Em que o cérebro procura
os ápices da cultura
Na elevação a transpor,
Ante a força que te exalta,
Lembremos a alma querida,
Que Deus também pede à vida
Esperança, paz e amor.

Ao lado de tanto brilho,
No campo em que te renovas,
Olha a fieira das provas,
Nas mágoas em que se vão,
Os companheiros que trazem,
Sob a névoa que os invade,
A dor da necessidade
E o frio do coração

Junto à penúria que chora,
Pensa no lar em tumulto,
Medita no pranto oculto
Dos que padecem a sós;
Procura sentir de perto
A luta que te acompanha,
Perceberás a montanha
Das grandes dores sem voz.

Raciocínio sem amor,
Pode ser, o mais profundo
Desequilíbrio no mundo
Em trágico frenesi...
Alma boa, não perguntes,
Confia, trabalha e ama,
Eis que a Terra te conclama:
O Cristo espera por ti.


Por: Maria Dolores, Do Livro: Momentos de Ouro, Médium: Francisco Cândido Xavier


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