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O sol em brasa se espraia pela Terra neste abençoado dia, emoldurando a natureza com seus raios multicores, vitalizando-a e fortalecendo-a. Idosa senhora, de olhar arguto e porte nobre caminha pelas alamedas de vetusto parque, deixando-se aquecer pelos raios benfazejos do astro-rei. Gratificada, reflete na bondade do Criador, recordando-se de um ensinamento grafado em seu diário: “O Sol do amor divino brilha incessantemente. A forma como se encontrarem as janelas de nossas intenções espirituais, morais e mentais, dirá do que preferimos: luz ou sombra, alegria ou dissabor...” Um bem-te-vi faz sua festa na copa de uma árvore. Faminto pedinte dirige-se à senhora, rogando-lhe esmola. Sacia-lhe, então, a fome. O belo Espírito Scheilla (1), outrora, registrou: “Tudo é caridade no amor, quando o sol da solidariedade cristã aquece a alma”. Que belo dia ensolarado aquele. Senta-se num banco e inicia a leitura de um livro espírita. Absorta, deixa que sua mente se satisfaça com seu conteúdo. Maravilha-se. Ditou o Espírito Joana de Ângelis (2), um dia: O livro espírita que te liberta da ignorância e da superstição é o amigo incondicional da tua lucidez, oferecendo-te pão e lume, agasalho e remédio para as horas difíceis de prova de tua jornada atual”. Ar balsâmico perpassa-lhe o corpo. As árvores generosas balouçam ao som dos ventos perfumados, em doce canção. Volve o olhar a registra o caminhar de entristecido jovem. Batuíra (3), Espírito vem-lhe à mente: “Façamos a operação aritmética da paz interior, diminuindo as desilusões, somando as bênçãos recebidas do Alto, multiplicando as nossas energias na atividade edificantes e dividindo constantemente com os nossos irmãos do caminho os frutos de nossa tranqüilidade, em base de trabalho e entendimento.” Beija-flores pairam nos ares na busca frenética do néctar das flores. Um religioso segue por entre os arvoredos, acompanhado de uma plêiade de jovens, ministrando-lhes conhecimentos sobre a natureza e a excelcitude Divina. Instruindo com sabedoria, o Espírito Joana de Ângelis (4) diz: “Enquanto brilhe o sol da oportunidade terrena, desempenha as tuas tarefas, qual aluno atencioso na escola do aprimoramento, tendo em mente que o curso sofrerá interrupção e deverás retornar.” Pássaros pipilam pelos arredores. O sol já começa a desaparecer, deixando sua luz de tons avermelhados colorir as nuvens no horizonte. Medita a senhora nas horas ali passadas. Agradece a Deus, em pensamento. É hora de se reunir com seus familiares para a oração em conjunto. Faz, então, o caminho de retorno, e dos porões de seu subconsciente emerge maravilhoso conceito: “O Culto do Evangelho no Lar é como a chuva, que não encolhe a lavoura onde cai; é qual o sol, que aquece a todos sem perguntar; é como o ar, que beneficia a todos sem excluir raça, cor ou títulos; beija todos os reinos com seus recursos, na mesma fraternidade de seus valores.”

Referências:
1 – Scheilla – Sementes de Vida Eterna
2 – De Ângelis, Joana – Espírito e vida
3 – Batuíra – Mais Luz
4 – De Ângelis, Joana – No rumo da Felicidade


Por: Daltro Vianna, Caso tenha ou possua, envie-nos a referência desse texto.


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