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É comum ouvir dizer que espíritos "baixam" nos Centros Espíritas. Esta afirmação sempre provém de quem desconhece o que sejam espíritos e o processo pela qual eles se comunicam, gerando a errada expressão "baixam".
Eles, os espíritos, não "baixam". Primeiro porque convivem conosco, lado a lado, participando de nossas idéias, ideais, alegrias, tristezas, desejos e conquistas. Eles, os espíritos, são apenas os seres humanos antes ou depois da vida no planeta. E não "baixam"! Apenas se comunicam conosco através do pensamento. Sugerem e nos acompanham caso aceitemos suas sugestões. 
Se forem bons, inspirarão bons pensamentos, bons sentimentos. Se estiverem ainda com padrões mentais e morais de baixo nível, inspiram o ciúme, a inveja, os maus pensamentos e influenciam negativamente.
Mas, repetimos, não "baixam". Apenas comparecem nas reuniões, como comparecem em qualquer lugar e mediante a possibilidade do uso da palavra, utilizam os médiuns para transmitirem o que estão sentindo. Se sofrem, buscam ajuda. Se estão bem, procuram ajudar e caso alimentem sentimentos de ódio ou vingança, apresentam-se agressivos e portanto, necessitados de esclarecimento. Aliás, estão por toda parte influenciando a vida humana e se comunicam de inúmeras formas. Apenas não são reconhecidos. Porém, nas reuniões mediúnicas espíritas, a oportunidade da palavras lhes é oferecida. Nada mais que isso.
O fenômeno em si está distante de algo ou alguém que vem de cima, "toma o corpo" de uma pessoa e age desta ou daquela forma. Para entender o assunto, é preciso estudar... 
Julgar que os espíritas se reúnem para vulgaridades é no mínimo desrespeitoso. Pela seriedade da Doutrina Espírita, que motiva pessoas sérias e honestas a se comprometerem com a caridade e com o amor ao próximo, como nivelá-la a tão ridícula expressão?
O Espiritismo está no mundo para ajudar as criaturas a entender as razões do sofrimento, explicando a origem, natureza e destinação dos filhos de Deus. Jamais comparece como quem impõe, mas aponta a melhora moral como único caminho para a legítima felicidade.
Portanto, é hora de desvincular o Espiritismo dessas comparações sem fundamentos.
Para adotarmos certas expressões, é preciso conhecer a que se referem. Usá-las sem discernimento ou desconhecendo sua origem gera interpretações nem sempre recomendáveis.
Referindo-se ao Espiritismo, aos espíritas e aos espíritos, estejamos atentos no uso de certas expressões, pelo menos em respeito à seriedade desta Doutrina que ensina o amor e convida a todos, como bandeira de suas ações, ao respeito às crenças alheias.
E já que o tema solicita estudar para conhecer, sugiro ao leitor conhecer O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, que é fonte segura de informações e que ensejou o surgimento de diversos outros livros sobre o assunto, como por exemplo, Conversando sobre Mediunidade e Médiuns e Mediunidades, editados pela Editora O Clarim. Este último, autoria de Cairbar Schutel.


Por: Orson Carrara, Texto enviado pelo próprio autor para publicação em nosso site


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